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Ucrânia, OTAN e EUA recuam sob a ameaça russa de reconhecer a autodeterminação de Donbass

Humberto Rodrigues



Parece que as tensões refluíram momentaneamente na fronteira ucraniana. A grande mídia ocidental, que fez uma campanha histérica, alardeando que a Rússia iria invadir a Ucrânia a todo instante, tenta vender o distencionamento como mero recuo das tropas russas. Isso é tão verdadeiro quanto a autopropaganda de Bolsonaro para seus bolsominions proclamando que foi ele quem assegurou a paz mundial com sua visita a Putin.

A Ucrânia não vai entrar na OTAN agora. Kiev seria o maior perdedor em uma conflagração militar. Mas parece que a determinação decisiva para esse novo momento de distensionamento foi gestado na Duma da Rússia, que aprovou o reconhecimento, como Estados independentes da Ucrânia, das Repúblicas Populares de Lugansk (RPL) e Donetsk (RPD), a chamada Novarússia.

A câmara baixa do Parlamento russo votou a favor de um apelo ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre o reconhecimento das repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk. "Os deputados consideram que o reconhecimento da República Popular de Lugansk [RPL] e da República Popular de Donetsk [RPD] criará fundamentos para obter garantias de segurança e a proteção dos moradores destas repúblicas de ameaças externas, além de fortalecer a paz internacional e estabilidade regional, conforme os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, iniciando o processo de reconhecimento internacional de ambos os Estados", afirmou o presidente da Duma de Estado (Parlamento) da Rússia Vyacheslav Volodin. A câmara baixa do Parlamento russo votou a favor de um apelo ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre o reconhecimento das repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk. (Câmara baixa do Parlamento russo vota projeto para reconhecer Lugansk e Donetsk)

O apelo a Putin aprovado pela Duma foi apresentado acertadamente pelo Partido Comunista da Federação Russa, PCFR, nas palavras de seu dirigente histórico G. Zyuganov:

"Desde 2014, pedimos de forma consistente e constante o reconhecimento oficial do DNR e do LNR. A voz de milhões de seus habitantes foi claramente expressa em um referendo em maio de 2014. E ele deve ser ouvido! Os governos ocidentais e seus asseclas em Kiev pisotearam os acordos de Minsk. Neste momento extremamente alarmante e crucial da nossa história, apelamos aos deputados da Duma Estatal, independentemente da filiação partidária, para que demonstrem a sua vontade e apoiem a nossa iniciativa de reconhecimento oficial das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk pela Federação Russa." (G.A. Zyuganov: "O reconhecimento da DPR e da LPR deve ser a resposta firme da Rússia às provocações dos EUA!", 14/02/2022)

Na Duma, foram 351 votos a favor do projeto da PCFR, 16 votos contra, 1 abstenção, 310 votos a favor do projeto Rússia Unida, 0 votos contra, 0 abstenção. Agora, a decisão final cabe ao mandatário russo.

Putin, aliado na luta antiimperialista, mas que usa autodeterminação de Donbass como mera moeda de troca

Putin ameaça agora com o reconhecimento de autodeterminação das repúblicas de Donbass. Isso deveria ter sido realizado há oito anos. Mas, esse reconhecimento não foi feito pela capitulação russa aos acordos de Minsk (criados para conter o avanço das milícias populares de Donbass contra o governo golpista nazista de Kiev). Acordos que não foram cumpridos pelo próprio imperialismo, como todos os acordos realizados com o imperialismo, como o de 1990, que a OTAN não se expandiria para o oriente para além da Alemanha Oriental anexada; o acordo nuclear entre Obama e o Irã, não cumprido por Trump nem por Biden...

Um vez que o Ocidente e a Ucrânia não cumpriram com os acordos, a Rússia também não seria obrigada a respeitá-los. Essa justa demanda democrática das duas repúblicas populares de Donbass foi apoiada por nossa corrente internacional, o CLQI, desde 2014, quando criticamos o governo russo como um vascilante aliado temporário na luta contra o imperialismo:
"A TÁTICA DA FUA: NENHUMA CONFIANÇA EM ALIADOS TEMPORÁRIOS

Ao mesmo tempo que não alimentamos qualquer confiança política das massas nas direções de Assad na Síria, Maduro na Venezuela ou Putin, na Rússia, nós reconhecemos que, a fim de lutar por sua própria revolução socialista internacional, a classe trabalhadora é obrigada a formar uma Frente única Anti-imperialista (FUA) com todos aqueles que estão lutando contra o imperialismo hoje. Mas uma FUA não significa que fechemos os olhos para a natureza de classe e para covardia política de nossos aliados temporários.

No dia 17 de abril, a “Declaração de Genebra sobre a Ucrânia” concordou que as partes se abstivessem do uso da "violência, intimidação ou ações provocativas" e que todos "os grupos armados ilegais serão desarmados". Os EUA, a UE e os golpistas de Kiev conseguiram um compromisso com a Rússia de que esta última iria trair os heroicos combatentes no leste da Ucrânia justamente quando a luta precipitava-se por atingir proporções revolucionárias. Denis Pushilin, chefe da República Popular de Donetsk rejeitou os termos do acordo: "Lavrov não assinou nada por nós, ele assinou em nome da Federação Russa". Claro que Pushilin é um famoso vigarista que contribuiu com o Esquema MMM Ponzi (variação do Golpe da Pirâmide financeira) na Rússia, que enganou a entre 5 a 40 mil pessoas em cerca de US $ 10 milhões, em 1990.

Isso reforça o nosso alerta aos trabalhadores de que devem estar bastante atentos para seus aliados na FUA, porque todas as direções burguesas são, em definitivo, ladras (na Ucrânia o são todos os oligarcas que se apossaram do que antes pertencia ao Estado operário), ainda que não sejam definitivamente gangsteres. Os trabalhadores são obrigados a aliar-se momentaneamente a direções que agora estão dispostos a fazê-lo mas que também se vendem para o imperialismo quando lhes é oferecida uma negociação mais favorável. Estamos bem conscientes de que Putin é um corrupto político burguês assim como também o é o primeiro-ministro da China, Li Keqiang.

Nossa oposição aos EUA, chefe do imperialismo mundial não implica no apoio acrítico ou político para todos os seus oponentes ou vítima, implica em táticas de frentes com nações, partidos e organizações operárias reformistas nos países imperialistas e Frentes anti-imperialistas com a burguesia nacional no mundo semi-colonial a fim de enfrentar o inimigo principal, os EUA que dominam o capital financeiro global.

Só assim conseguiremos a atenção das massas, que, instintivamente, identificam o inimigo principal (recorde que na Revolução Iraniana de 1979 foi na guerra contra o "Grande Satã" que as massas iranianas identificavam os EUA, embora em termos religiosos?) e necessitam supererar as direções nacionalistas burguesas regionais como Gaddafi, Assad, Putin ou as forças islâmicas anti imperialistas como o Hezbollah no mundo semi- colonial.

Neste sentido, nós nos solidarizamos com a Organização Borotba, que está dirigindo uma luta anti- fascista na Ucrânia. A imprensa relatou a brutal repressão estatal auxiliada por gangues de saqueadores armados de criminosos fascistas que estão agora se espalhando terror no leste da Ucrânia e importantes membros da Borotba foram presos." (DIA INTERNACIONAL DO PROLETARIADO 2014 - CLQI - Saudação do Comitê de Ligação pela Quarta Internacional aos trabalhadores do mundo, 01/05/2014)

O avanço da OTAN em direção ao oriente, cooptando 14 novos países para a aliança e convertendo os ex-estados operários do leste europeu e as ex-republicas sovieticas em títeres do imperialismo é, em primeiro lugar, resultado tanto da contrarrevolução social ocorrida nos processos de 1989-1991. Mas também as seguidas capitulações do Kremlin mesmo depois de Ieltsin, através da resistência vacilante de Putin.

Na ausência de uma forte organização internacional antiimperialista dos trabalhadores revolucionários, muitos militantes de esquerda em todo o mundo tem em Putin um grande estadista na luta contra os EUA. Todavia, sua resistência é limitada pelo caráter de classe de seu governo e pelo cálculo da diplomacia burguesa, o que coloca a Rússia na defensiva (salvo exceções como na Síria), a mercê da ofensiva imperialista.

Mais de 600 mil moradores da DPR e LPR já receberam a cidadania da Federação Russa que se torna diretamente responsável por sua segurança e pelas suas vidas. Mas se a cartada da Rússia não passar de um blefe e continuar não reconhecendo as repúblicas populares continuará favorecendo o avanço da OTAN e aumentando o cerco à Rússia. Já em 2015 apoiamos a luta pela autodeterminação dos lutadores de Donbass e criticamos a conveniência militar de Putin:

"se trata de uma ofensiva imperialista golpista (como na Líbia e Síria) que impulsionou o reacionário e pró-UE movimento Euromaidan e impôs pela força do terror fascista um golpe de Estado e um governo dirigido por fascistas em Kiev, obrigando as populações da Crimeia e do Leste ucraniano a fazerem referendos por sua autodeterminação contra a OTAN e a UE [ 4 ], onde saíram esmagadoramente vitoriosos os desejos da população de maioria proletária destas regiões por serem incorporadas a Rússia. Desejos que, diga-se de passagem, não foram plenamente atendidos pelo regime burguês de Moscou, que reunificou a Crimeia ao seu território, onde se localiza a importante base naval de Sebastopol, mas se negou a fazer o mesmo com as repúblicas da região do Leste, o Donbass (onde se encontram os oblasts, províncias, de Donetsk e Lugansk), por conveniência militar de manter um cinturão de terra intermediário entre suas fronteiras e as tropas da OTAN. (Combate ao Sectarismo pró-imperialista, 15/06/2015)

Essa ameaça parece ser a principal carta diplomática russa: se ameaçarem com a entrada da Ucrânia na OTAN, reconhecemos a proclamação da independência do Donbass.

Por isso, o ucro-nazi governo ucraniano, temendo a ameaça russa, tentou fazer no dia 17 de fevereiro um demagógico Dia da Unidade ucraniana, mesmo após ter perseguido, boicotado bombardeado a população do Donbass perversamente desde o golpe de 2014, apesar de que todas essas ações foram proibidas pelos acordos de Minsk. Assim como se comprovou ser uma farsa a suposta invasão da Ucrânia pela Rússia anunciado pela mídia imperialista no dia 16 de fevereiro, também as comemorações pelo suposto Dia Unidade foram um fiasco, como relatou a Al Jazeera:

Bandeiras foram hasteadas acima da via principal da cidade, mas poucos transeuntes pareciam notar. Dois homens em ternos elegantes andavam pelas ruas em alto astral, bebendo garrafas de champanhe. Eles estavam comemorando? “Não, é meu aniversário”, respondeu um.
Um pequeno grupo de pessoas envoltas em bandeiras se reuniu na Praça da Liberdade da cidade, tirando fotos e gritando “Glória à Ucrânia”, onde ficava um monumento ao ex-líder soviético Lenin. A maioria dos envolvidos parecia ser do exército... O presidente Volodymyr Zelenskyy declarou o dia 16 de fevereiro como 'Dia da Unidade' em uma tentativa de recuperá-lo para os ucranianos, depois que alguns meios de comunicação ocidentais o informaram como a data potencial de uma invasão russa... Semanas de pânico e confusão, vistas principalmente nas primeiras páginas dos jornais ocidentais enquanto Moscou negava repetidamente os planos de ataque, poderiam ter causado danos significativos à economia da Ucrânia, desencorajando o investimento estrangeiro em um país que já luta para atraí-lo. O chefe do partido Servo do Povo de Zelenskyy, David Arakhamia, disse à mídia local que reportagens “falsas” da mídia custaram ao país “US$ 2 a 3 bilhões por mês”.
(Muitas bandeiras, mas pouco entusiasmo pelo 'Dia da Unidade' da Ucrânia, 16/02/2022)


Cartaz da LC convocando um ato político contra o Golpe de Estado de 2014 na Ucrânia


Ato político convocado pela Liga Comunista e outras organizações no Consulado da Ucrânia de São Paulo em 16/07/2014

O apelo da Duma a Putin fez com que imediatamente o imperialismo recuasse o debate diplomático a varios movimentos antes das tensões atuais de ingresso da Ucrânia na OTAN e voltasse a reivindicar que a Rússia cumprisse os acordos de Minsk que o próprio imperialismo e seus títeres como o governo de Kiev, haviam rasgado. Parecendo ameaçar a Rússia mas na verdade recuando muito com as pretensões imperialistas, o Secretário de Estado dos EUA declarou:
"Para ser claro: a aprovação do Kremlin Blinken afirmou que caso a aprovação do Kremlin para o reconhecimento das repúblicas avance, tal movimento "exigirá uma ação rápida e firme como resposta dos Estados Unidos em plena coordenação com nossos aliados e parceiros"." deste apelo equivaleria à rejeição total do governo russo de seus compromissos sob os acordos de Minsk, que descrevem o processo para a reintegração política, social e econômica completa das partes da região de Donbass da Ucrânia controlada pela Rússia, forças lideradas e representantes políticos desde 2014... a promulgação desta resolução prejudicaria ainda mais a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, constituiria uma violação grosseira do direito internacional, questionaria ainda mais o compromisso declarado da Rússia de continuar a se envolver na diplomacia para alcançar uma resolução pacífica desta crise...
Todavia, nos parece que Washington conseguiu avançar em outros objetivos, não manifestos, mas mais importantes em sua geopolítica antieurásica:

1. Provocar um distanciamento energético e mercantil da União Europeia em relação a Rússia e a China, respoectivamente e

2) Aproveitar o momentâneo acirramento das tensões com a Rússia para incrementar o tráfico de armas, mísseis e soldados em suas bases militares nos vários países do leste europeu contra a Rússia, como parte da guerra de posição preparatória para um futuro movimento de conflagração mais decisivo contra os inimigos eurásicos. 

Sobre o primeiro ponto, o economista marxista Michael Hudson foi categórico:

"A Cortina de Ferro das décadas de 1940 e 1950 foi ostensivamente projetada para isolar a União Soviética da Europa Ocidental – para impedir a entrada da ideologia comunista e da penetração militar. O regime de sanções de hoje é voltado para dentro, para impedir que a OTAN dos EUA e outros aliados ocidentais abram mais comércio e investimentos com a Rússia e a China. O objetivo não é tanto isolar a Rússia e a China, mas manter esses aliados firmemente dentro da própria órbita econômica dos Estados Unidos. Os aliados devem renunciar aos benefícios da importação de gás russo e produtos chineses, comprando GNL dos EUA com preços muito mais altos e outras exportações, limitadas por mais armas dos EUA..." (Michael Hudson: os verdadeiros adversários da América são seus aliados europeus e outros, 07/02/2022)
Um terceiro objetivo político da atual campanha ofensiva atlantista está na busca por desgastar Putin para colocar outro Ieltsin em seu lugar. Mas, parece que no âmbito imediato, Putin levou a melhor. Apesar de nossas diferenças políticas com o governo Putin, nos opomos a histeria imperialista (como retratada na charge que ilustra esse artigo) que ameaça com nos arrastar para uma grande conflagração militar, a qual nos opomos, todavia, em caso de guerra defendemos a Rússia e as repúblicas populares do Donbass contra a OTAN e seus aliados, bem como repetimos as palavras da declaração que assinamos em 2020:

Sabemos que os combatentes das milícias populares de Donbas e Lugansk estão fazendo sacrifícios diários nas trincheiras da linha de frente e que civis - mulheres e homens, crianças e idosos - são mortos e feridos todos os dias em ataques da Ucrânia armados forças e as brigadas fascistas. Em nosso trabalho de solidariedade para os antifascistas na Ucrânia, também enfrentamos as mentiras e provocamos a histeria contra a Federação Russa e Vladimir Putin, que continuam há quase uma década. Não temos ilusões sobre a natureza capitalista e oligárgica da Federação Russa, mas rejeitamos as tentativas de retratá-la como totalmente antidemocráticas, e pedimos o fim das sanções comerciais, a constante interferência ocidental projetada para instabilidade econômica e provocação de protestos. (SOLIDARIEDADE A LUTA ANTIFASCISTA EM DONBASS: Os comunistas da Grã-Bretanha, América Latina e Estados Unidos apoiaram o apelo do PCUS atentos as hostilidades que se desenvolvem no Donbass, 14/04/2020)


Também seguem corretas as palavras da seção britânica do CLQI em 2014:

"A Terceira Guerra Mundial já chegou até nós e o menor erro de cálculo pode levar a Europa e, possivelmente, o mundo a ser engolido por uma guerra nuclear. Somente a classe trabalhadora pode evitar a extinção de nossa espécie e construir uma sociedade socialista de paz e cooperação. Agora, neste momento crucial na história, a atual direção da classe trabalhadora nos trai mais uma vez, como em 1914.

Temos de organizar a nossa classe para exigir dos líderes do movimento operário o apoio à resistência contra o fascismo, na Ucrânia, e isso significa a formação de uma Frente Única Antiimperialista com as nações oprimidas sob a ameaça do imperialismo, sobretudo na crise da Síria e Rússia. Na luta contra o fascismo e o imperialismo, os trabalhadores na Ucrânia têm interesses comuns com a classe dominante russa e por isso a classe trabalhadora está disparando no mesmo sentido contra o mesmo inimigo.

Isso não significa que nós devamos permitir a subordinação política dos trabalhadores conscientes aos capitalistas russos, mas que com eles devemos marchar separadamente e lutar juntos. De fato, nenhuma classe capitalista pode ser confiável, já vimos Putin tentar acomodar a imperialismo americano e alemão sem resultados para mostrar, exceto o agravamento da crise humanitária no leste da Ucrânia e ainda a demonização de si mesmo e da Rússia pela mídia ocidental.

Os EUA são o principal inimigo da classe trabalhadora mundial. Oligarcas, como Putin, são inimigos secundários. Muitos na esquerda e no movimento operário apresentam-os como inimigos iguais ou piores para a classe trabalhadora. Por uma igualdade entre eles e se recusar a tomar uma posição de princípios pela derrota do imperialismo é uma posição típica de liberais e não de revolucionários.

A luta contra o imperialismo e a luta pela revolução socialista exigem da classe trabalhadora uma aliança temporária com as forças que combatem as aspirações do capital financeiro ianque por dominar o planeta. Também temos de reconhecer a necessidade de formar alianças temporárias com as atuais organizações de massas dos trabalhadores, apesar de sua direção pró-capitalista, exigindo deles demandas que minam as bases do capital financeiro...

Devemos construir uma solidariedade moral e material com a classe trabalhadora da Ucrânia Oriental, lutando contra o fascismo e o imperialismo do FMI e com as forças do governo da Síria, que também lutam contra os lacaios do imperialismo, que também incluem o ISIS agora perigosamente fora de controle de seus mestres americanos, e exigir a retirada da Grã Bretanha da OTAN.

Em última análise, devemos expor o papel traidor da direção da classe trabalhadora e impulsionar uma nova direção revolucionária capaz de derrubar o capitalismo americano dominante no mundo. Luta Socialista como uma seção do Comitê de Ligação pela Quarta Internacional luta pela reconstrução da Quarta Internacional, o Partido Mundial da Revolução Socialista."  
(Declaração do Socialist Fight para a cúpula da OTAN sobre a Ucrânia, 30/08/2014).

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