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Liga Socialista: Porque decidimos participar do Comitê de Ligação

 

A Liga Socialista foi durante aproximadamente cinco anos a seção brasileira da Liga pela 5ª Internacional. Rompemos com essa por não concordarmos com decisão do Secretariado Internacional em relação às eleições presidenciais no Brasil. Após meses de discussão e leitura de textos de Trotsky, a conclusão foi que os trotskystas genuínos nunca devem prestar qualquer tipo de apoio a uma frente popular. Sendo assim, no caso do Brasil, nós deveríamos fazer campanha pelo voto nulo. Porém, no debate interno na seção brasileira (LS) chegamos à conclusão de que deveríamos fazer o apoio crítico a Lula, devido à ilusão das massas e à sua liderança. O voto nulo acabaria por nos afastar politicamente da classe trabalhadora e de setores das massas que depositavam em Lula a esperança de defesa da “democracia” e de uma política para a classe trabalhadora. Como não houve acordo, a ruptura com Liga pela 5ª Internacional foi inevitável.

Para nós, da LS, não havia mobilização da esquerda no país para o enfrentamento necessário ao movimento fascista que está se organizando. Portanto, o que estava em jogo não era apenas uma vitória eleitoral, mas sim, a tática a ser usada para mobilizar as massas. Foi exatamente o que aconteceu no segundo turno das eleições. Lula, ao perceber a possibilidade real de uma derrota eleitoral chama as massas às ruas e a partir de então muda-se o cenário da luta de classes no Brasil. Mesmo após as eleições, após a vitória e posse de Lula, a luta de classes está aberta.

Continuamos com nossa organização mesmo sem uma ligação internacional. Após as eleições, tivemos contato com a Liga Comunista e a partir de um diálogo fraterno aceitamos a proposta de fazer parte do Comitê de Ligação que até então era composto pela Liga Comunista (LC) e Partido Comunista do Povo Brasileiro (PCPB).

Para nós, a participação no Comitê de Ligação, com a proposta de fusão dessas organizações, representa um avanço em nossa militância no país pois passaremos a debater nossa política com outros militantes vindos de organizações de diferentes origens e de diferentes regiões do país.

Estamos dispostos a trabalhar juntos para construirmos uma organização revolucionária no país, sem perder a perspectiva do internacionalismo.

Saudações revolucionárias,

Liga Socialista.

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