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A destruição da educação é um projeto: a corrupção, o detalhe


Nesses anos de governo Bolsonaro, o Brasil retrocedeu em vários aspectos econômicos, sociais e políticos. Houve uma orientação para inviabilizar desenvolvimentos na Educação, Ciência e Tecnologia. Isso não foi algo fortuito. Mas, resultado da convergência da crise capitalista, da opressão imperialista e de um projeto obscurantista neofascista.

Nunca devemos esquecer quais os objetivos das classes dominantes: intensificar a exploração da força de trabalho, saquear os recursos nacionais, aumentar as taxas de lucro e reprimir a revolta dos trabalhadores. Para acobertar tudo isso, muita mentira e distorções ideológicas: livre mercado, anticomunismo, discurso religioso, patriotismo e enaltecimento da ditadura militar (1964-1985), um dos piores períodos da história do Brasil.

Um bom exemplo nos é dado pelos recentes escândalos no Ministério da Educação. Cinco ministros - Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub, Antonio Paulo Vogel (interino), Carlos Decotelli, anunciado, mas não empossado, e, o mais santo de todos, o pastor presbiteriano Milton Ribeiro. Esse homem de bem e de “deus” revelou o funcionamento das conexões entre setores do clero fundamentalista protestante e os mecanismos do Estado. Grupo de pastores que não integravam a equipe do MEC, levavam pedidos particulares para serem atendidos. Liberação de verbas em troca da construção de igrejas, propinas pagas em ouro e licitação fraudulenta de ônibus escolares.

Tudo isso é só o confeito do bolo. Tal corrupção é típica de camadas burocráticas sem controle popular como o clero, as forças armadas e o sistema judiciário.

A questão central é a destruição da educação pública brasileira, do ensino infantil às universidades. Isso tem como consequência a desestruturação de qualquer projeto nacional de ciência e tecnologia. Significa um projeto de recolonização: um povo faminto, superexplorado, sem sistema público de saúde e de educação, sem direitos democráticos sob um regime político policial, dominado pelo capital financeiro nacional e internacional.

As classes dominantes não querem que os trabalhadores e seus filhos tenham escola e consciência do que está acontecendo. Por isso, combatem a ciência, a educação pública e favorecem a superstição.

A corrupção e o desmonte da educação pública são elementos de um plano maior. Os trabalhadores devem ficar em alerta e organizar Comitês Populares de Luta por bairro, local de trabalho e estudo. Todos devem levantar suas reivindicações: emprego, saúde, educação, aposentadoria, alimentação, terra, moradia... Não se deve esquecer de votar em LULA, mas com um programa dos trabalhadores. Um programa contra os golpistas, a burguesia e o imperialismo.

É assim que se defende a educação e todos os direitos que são negados.

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