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(PCPB/LC) Um Só Partido

João Bourscheid - PCPB

Nos dias 09, 10 e 11 de setembro, estiveram reunidos em Campinas (SP), as organizações do PCPB e Liga dos Comunistas, para dar sequência as discussões anteriores, visando a fusão das organizações; sendo que essa era a primeira reunião de forma presencial. Nosso entendimento é de que a dispersão ideológica marca o período atual das várias organizações revolucionárias em nosso país, as quais pretendemos uni-las em um grande partido político, essencial para dirigir a transformação Social em nosso país.

Essa pretensão é cobrada intermitentemente como necessidade para uma ação prática, de comando, que possa direcionar o proletariado ao caminho da Soberania Popular e do Socialismo. Para isso, nos propomos aprofundar o partido Marxista/Leninista no Brasil, única teoria e prática capaz de conduzir a esta tarefa histórica de ser o interprete consciente de um movimento inconsciente.

Nesse sentido, as duas organizações se propõe á atualização de um programa revolucionário para o Brasil, da retomada da internacional Socialista e da luta contra toda a Social Democracia internacional e nacional. Para tanto, avaliação dos erros que levaram a dispersão histórica no movimento comunista internacional que é a base para a dispersão nacional, a primeira conduziu a segunda. As revoluções que se viabilizaram pós a dispersão internacional, também não conseguiram a retomada da unidade do movimento comunista no mundo, pois elas próprias são produtos da luta ideológica no seio do movimento internacionalista. Cada um conduziu o seu processo interno, seus êxitos podem ser expressivos do ponto de vista da luta de classes particular, porém limitados do ponto de vista político geral de classes, o qual é a essência do Marxismo/Leninismo.

Por fim, estamos estudando os processos que levaram a dispersão do movimento, pois eles são  as práticas do oportunismo e do esquerdismo  na qual  lideranças que até então eram incontestáveis na defesa da Revolução,  transformaram-se em defensores do evolucionismo, do economicismo, da conciliação de classes, da social Democracia que levou ao liquidacionismo em geral no mundo, ao revisionismo; tornando-se refém do Fascismo, teoria essa que é de extrema direita burguesa que é mil vezes inferior a concepção científica do Socialismo. O espaço ao crescimento do fascismo e do oportunismo em geral, só foi possível por que a Teoria Revolucionária se atrasou ou não foi desenvolvida na velocidade das necessidades das lutas de classes. Em outras palavras, a burguesia imperialista triunfou momentaneamente, pelo rebaixamento da Teoria Revolucionária.

Nessa perspectiva, o primeiro passo dessas duas organizações, foi o de colocar os seus dois Órgão Central OC,  no desenvolvimento desse programa revolucionário para o Brasil, com o intuito de democratizar essas informações para as demais organizações que tenham o mesmo intuito que o nosso; que  possam criticar, desenvolver e aprofundar essa luta essencial para que o movimento comunista seja capaz de retomar e dirigir o proletariado brasileiro. A realização de um Congresso para 2023 para a formação de um Partido Comunista Revolucionário no Brasil, está nas nossas prioridades imediatas. Como diz Lênin: “Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário”. O materialismo histórico foi paulatinamente perdendo a força para o dogma; a dialética foi compreendida como se sua base fosse a mesma do ecletismo e o materialismo foi por fim mecanizado e conduzido para o pragmatismo e a metafísica.

A denúncia da Social Democracia como instrumento do imperialismo ou da liquidação da Revolução, do Socialismo, em nada diminuiu seu acesso nos movimentos de esquerda e na traição do proletariado. Suas ideias continuaram sempre a ter acesso e eram sem grandes esforços pulverizadas e dominavam na esquerda. Conseguiram com facilidade isolar os seus detratores e torna-los esquerdistas. Esses, sem força, tornavam-se apenas grupos, círculos de discussão, seitas e partidos que por vezes para se consolidar no cenário abraçavam o caminho da vala comum e se tornavam novos velhos Sociais Democratas. A aparência ditava a essência, que para seguir em frente, necessitavam de mudar a concepção.

O investimento na Social Democracia pelo imperialismo não é uma grande descoberta e nem mesmo seu papel de traidor na história. A questão toda é porque suas ideias são assimiladas tão facilmente no movimento internacional levando a destruição ou desvios do movimento proletário onde quer que se organize. Sem dúvida, foi o abandono do Marxismo/Leninismo, mas isso também embora seja importante, é preciso dizer que, sob quais condições foi permitido uma queda violenta na teoria, digamos, um verdadeiro salto para trás, de uma teoria que já estava calejada por ter vencido os inimigos teoricamente na trincheira e os inimigos externos. Mesmo dizendo-se marxista-leninistas revolucionários; não o eram.

Que a burguesia assimilou mais da teoria marxista/Leninista que o próprio proletariado, há indícios forte neste sentido pois as 800 bases militares colocadas ao redor do mundo nos dão prova desta concepção. O investimento de parte da mais valia para a luta ideológica chega a ser surpreendente. Mas, nem isso consegue explicar, pois os detentores da teoria mais avançada, não poderiam ser surpreendidos pelo movimento da classe contra revolucionária. Claro está que esse movimento contra revolucionário cresceu como erva daninha. e enquanto A questão toda era de inverter a lógica:  as forças organizadas do movimento proletário e superiores do ponto de vista histórico e político deveriam estar um passo a frente de todo o oportunismo  colocando em desespero os contra revolucionários. Mas não estavam, tudo poderia ser mais simples se o Movimento Revolucionário tivesse abortado ficções encaradas como “verdades científicas”.

O movimento que estamos construindo tem a pretensão de que a Social Democracia se desespere diante da múltiplas formas com que o movimento revolucionário ocupe todos os poros da luta de classes. Que suas antigas atitudes, de conciliação, evolução e de sabotagem, nada mais causem a não ser risadas no movimento transformador, tal qual virou Kautky, em determinado momento histórico.

Não subestimamos o imperialismo. Sabemos que não cairá tão facilmente. Mas o mais importante é que se compreenda profundamente que o futuro pertence ao proletariado, que o Socialismo é inevitável, e para tanto, é preciso estudar, estudar, estudar sempre, pois um movimento avançado teoricamente produzirá uma prática qualitativamente superior.

Hora de nos unificarmos para a luta de Partido, este é o chamamento que fizemos a todos os revolucionários dispersos e organizações atomizadas, pois só assim, poderemos contribuir para organizar e dirigir o proletariado em nosso país.

Fora Bolsonaro, Mourão e suas corjas

Abaixo o Fascismo.

Em Defesa de um Programa Soberano popular e Socialista para o Brasil

Lula Presidente.

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