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Memória: Um chamado à juventude para a construção da frente anti-imperialista e antifascista


Reproduzimos abaixo a profética Contribuição da Frente Comunista dos Trabalhadores, nome que a Liga Comunista assumiu entre agosto de 2015 e dezembro de 2021, para o 54° Congresso da União Nacional dos Estudantes, ocorrida entre 3 a 7 de junho de 2015, em Goiânia-GO. Apoiadas na crítica da geopolitica e da economia política imperialistas, as teses claramente anteviam o Golpe de Estado contra a Dilma que viriam a ocorrer no ano seguinte (2016) e explicavam que nenhuma medida de capitulação do governo do PT iria conter a ofensiva golpista que era e continua sendo parte da política de reação imperialista contra sua superação pela China e Rússia na nova guerra fria. 
Hoje, em meio ao conflito mundial que tem como epicentro a Ucrânia, cujo regime ucronazi foi imposto pelo Golpe de Estado de 2014 e é armado pela OTAN desde então, chamar a juventude para a construção da frente anti-imperialista e antifascista é ainda mais urgente e atual que há 7 anos.

Greve Geral contra a terceirização, as MPs 664 e 665, a redução da maioridade penal, o “ajuste fiscal” contra a educação, ... Frente Única contra a direita golpista e o imperialismo!

Existe uma onda golpista promovida pelo imperialismo contra governos mais alinhados com a China e a Rússia do que com o Ocidente. Honduras (2009), Equador (2010), Líbia (2011), Paraguai (2012), Egito (2013), Ucrânia (2014),... No governo Obama, a CIA realizou um Golpe de Estado por ano. O Brasil pode ser a bola da vez.

E não adianta a Dilma ceder às pressões, fazer um “ajuste fiscal” contra a população e a juventude trabalhadora, como fez cortando das verbas da educação, para sobrar mais dinheiro para o grande capital. Estamos em uma nova guerra fria entre Ocidente e Oriente e não é a política econômica nacional, mas a economia política mundial quem predomina na disputa do destino das nações.

A FCT faz uma análise mais ampla e profunda da conjuntura no Brasil, baseada na geopolítica e na economia política internacional.

A crise capitalista de 2008, que teve como epicentro os EUA e Europa, abriu uma nova situação mundial. A recessão nas metrópoles abriu espaço para a projeção comercial da China e Rússia, duas economias capitalistas cujas tarefas nacionais burguesas foram resolvidas por revoluções sociais e implantação de ditaduras proletárias. Dispondo de gigantes recursos energéticos e humanos, as burguesias destes dois países avançam sobre o recuo econômico dos EUA e UE, atingidos pela recessão e aspiram converter-se em potências imperialistas.

O imperialismo reage a expansão comercial do bloco Eurásico, manipulando o descontentamento popular sem direção revolucionária (como ocorreu nas jornadas de junho de 2013, no Brasil, depois que a mídia resolveu “apoiá-las”), contra os efeitos da crise capitalista para articular Golpes de Estado contra governos semicoloniais e expandir seu parasitismo como fez na Líbia, Paraguai, e Ucrânia, cujos governos estreitavam suas relações comerciais com China e Rússia.

Mas não basta o Brasil se associar aos BRICS, a China e a Rússia para reverter a tendência histórica da queda da taxa de lucro do capital instalado no Brasil.

Graças aos altos preços dos commodities e a parceria comercial do governo do PT com a China, a partir de 2009, aliado aos ganhos de produtividade derivados da taxa de exploração, a crise capitalista mundial de 2008 teve baixo impacto no Brasil. Mas, a partir de 2011, a queda dos preços dos commodities e a desaceleração da economia chinesa fizeram com que a economia agroindustrial brasileira, inteiramente dependente das grandes economias mundiais, entrasse em crise.

Os mecanismos que livraram o Brasil dos efeitos da crise mundial, no final dos anos 10, não contiveram a tendência da queda da taxa de lucro do capital no Brasil, que despencou a partir de 2004,contiveram caindo em 8% em 2008, principalmente com o crescimento dos salários que provocou a queda de 25% na taxa de exploração, produto das greves dos últimos anos.

Para recuperar a taxa de lucro, o capital ameaça realizar ataques brutais aos direitos da juventude e da população trabalhadora, como a terceirização e a redução da maioridade penal. A direita é um pit bull do imperialismo contra as massas. A instauração de governos títeres de direita e com elementos fascistas, como na Ucrânia, para obrigar as massas, pela via do terror, (como realizada por Beto Richa contra os professores paranaenses) a se submeterem a planos de austeridades, ajustes fiscais, perda de conquistas, demissões, arrocho salarial, precarização do trabalho que permitam ao imperialismo extrair superlucros dos trabalhadores.

Para derrotar esta ofensiva e virar a mesa, a juventude precisa impulsionar, a partir deste 54º CONUNE uma unidade de ação da CUT, UNE, MST, MTST, se opondo firmemente a perseguição da direita ao PT, PCdoB, à esquerda e ao comunismo, mas sem defender politicamente o governo Dilma, o PT e suas políticas contra a juventude e a classe trabalhadora. Lutar por um programa pela estatização e expropriação, sob o controle dos trabalhadores e usuários da população trabalhadora da mídia burguesa, educação, saúde, transportes. Pelas reformas urbana e agrária, pela revolução agrária contra a agroindústria. Pela dissolução de todo aparato repressivo policial.

A FCT luta por uma Frente Única Anti-imperialista, unindo BRICS, bolivarianos, Estados Operários remanescentes, nacionalismo islâmico e Irã, africanos e “terceiromundistas” - sempre que estiverem sob ataque, e/ou em contradição com o imperialismo.

Lutamos pela Greve Geral contra a terceirização e a direita golpista, tendo como estratégia a construção da OPOSIÇÃO OPERÁRIA E COMUNISTA AO GOVERNO DILMA-LEVI e de um partido para lutar pela revolução e o socialismo.


Caderno de Teses – 21

Assina essa Tese:

FRENTE COMUNISTA DOS TRABALHADORES (FCT)
T.B.B.G. – Engenharia Elétrica, PUC-RIO





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