tag:blogger.com,1999:blog-32794757739525934852024-03-28T20:29:46.166-07:00Folha do TrabalhadorUnknownnoreply@blogger.comBlogger378125tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-77427318285301783732023-09-19T21:15:00.002-07:002023-09-19T21:15:25.724-07:00Marxismo e a Guerra Fria após a contrarrevolução<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEQ0vGamm8Cx1jtiGbfZrEMcJ_ldnlA_4msp1DgpZ6CiKQCacrP9AB7TGUo2l_KoQR7hBxJxXxtYuFeHASKcwvEIFrjyKNFD_y6HRJM7nRqbCTH8Ikz3i1DUnl3ztk2AP4S6mjqXf0sUnBd_aiH5cwAm-N5tkr2wZPX4RsPlZvlZP4tvxF8D_XbVFcvf1y/s960/97110b592d6d400b2652dc44e8ec0536ca3361f9-960x640.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEQ0vGamm8Cx1jtiGbfZrEMcJ_ldnlA_4msp1DgpZ6CiKQCacrP9AB7TGUo2l_KoQR7hBxJxXxtYuFeHASKcwvEIFrjyKNFD_y6HRJM7nRqbCTH8Ikz3i1DUnl3ztk2AP4S6mjqXf0sUnBd_aiH5cwAm-N5tkr2wZPX4RsPlZvlZP4tvxF8D_XbVFcvf1y/s1600/97110b592d6d400b2652dc44e8ec0536ca3361f9-960x640.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">No centro da África, manifestantes levantam bandeiras da Rússia e do Níger</span><br style="text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><br /><div><span style="font-size: large;">O declínio do Imperialismo e a ascensão na Rússia e na China de um capitalismo não-imperialista, deformado por décadas de desenvolvimento não-capitalista</span></div><div>Documento do CLQI<br /><div><br /></div><div><p class="MsoNormal">A série de golpes militares nacionalistas nas ex-colónias
francesas, agora neocolônias, no Norte e Oeste de África, no Níger e agora no
Gabão, e a expansão do bloco econômico dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China
e África do Sul), para incluir 6 novos membros (Argentina, Egito, Etiópia,
Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) a partir de 1 de Janeiro de
2024, são ambos produtos de uma nova situação criada pela longa, brutal e
claramente perdida guerra por procuração do Ocidente contra a Rússia na Ucrânia.
A guerra na Ucrânia foi preparada por provocações imperialistas, “revoluções
coloridas” (golpes), terror de extrema-direita apoiado pelo Ocidente contra os
ucranianos de língua russa e ameaçou a expansão da OTAN na Ucrânia,
supostamente enfraqueceria a Rússia e causaria o colapso.</p>
<p class="MsoNormal">Mas, o tiro saiu pela culatra. As sanções fortaleceram, não
enfraqueceram, a Rússia relativamente aos seus antagonistas imperialistas, que
sofreram um declínio maior nas suas economias do que a própria Rússia, devido
aos efeitos nefastos econômicos. Na verdade, a Rússia está a recuperar
rapidamente o terreno econômico perdido desde a intensificação maciça das
sanções desde o início da Operação Militar Especial (SMO) em Fevereiro de 2022.
Está a um passo de recuperar a sua posição no PIB antes desse ponto e sem
dúvida o fará. E fará isso em breve. E na própria Ucrânia, o regime nazi enviou
400.000 dos seus próprios soldados para a morte em “moedores de carne”,
tentando destruir a população do Donbass. Agora está claro que a Ucrânia não é
capaz de derrotar essa população e as tropas russas que os defendem, e a
fachada de propaganda imperialista está dando sinais de rachaduras.</p>
<p class="MsoNormal">A arrogância com que o Ocidente coletivo (ou seja, os
imperialistas) exigiu que os países semicoloniais do Sul Global “sacrifiquem”
as suas economias e os meios de subsistência do seu povo pelas sanções impostas
ao petróleo, ao gás e a outras mercadorias e exportações russas, causou uma
reação popular contra o imperialismo em geral, e antagonizou muitas camadas
governantes burguesas semicoloniais, que subitamente viram a possibilidade de
se libertarem das algemas do “mundo unipolar” e da chantagem econômica
ocidental e do comércio diferencial (exploração). O crescimento dos BRICS de 5
para 11 membros no próximo dia 1º de janeiro significará que cerca de 47% dos
recursos energéticos mundiais terão origem nos países BRICS. No próximo ano,
prevê-se com segurança a adesão de mais 10 países, incluindo a Argélia e a
Venezuela, o que elevará a participação dos BRICS nos recursos energéticos
mundiais para cerca de 70%.</p>
<p class="MsoNormal">A fila para aderir ao BRICS é uma manifestação desta revolta
dos países do Sul Global. Os golpes de estado na África do Norte e Central, que
derrubaram os clássicos regimes fantoches pseudodemocráticos franceses, são
outra manifestação da mesma revolta. O aumento do preço do urânio pelo novo
governo do Níger, de 0,01 euros para 200 euros por kg, é um exemplo clássico. A
França estava a deitar as mãos ao urânio nigerino pelo primeiro preço, enquanto
o último ( € 200) é o preço normal cobrado pelos países imperialistas que exportam
urânio, como o Canadá. (https://spectacle.com.ng/2023/09/03/niger-increases-price-of-uranium-from-e0-8-kg-to-e200-kg/)
Não é de admirar que a própria França tenha ameaçado com uma ação militar e
tentado incitar a organização fantoche neocolonial CEDEAO (Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental) a fazer o seu trabalho por ela.</p>
<p class="MsoNormal">Mas isto foi tornado enormemente mais difícil pelas
promessas de solidariedade de governos como o do Mali, Bukina Faso e Chade, já
seriamente em desacordo com a França, que basicamente disseram que tratarão um
ataque ao Níger como sendo um ataque a si próprios. E tudo foi ainda mais
difícil pelo golpe que se seguiu no Gabão, que expulsou do poder outro notório
regime títere francês. A França, nesta situação, atua como representante do
Ocidente imperialista. Portanto, as consequências disto estão a dar origem a
uma grande crise do imperialismo e da hegemonia dos EUA. O facto de os BRICS
estarem à procura de meios de comércio alternativos ao anteriormente
todo-poderoso dólar é outro grande problema para a hegemonia dos EUA.</p>
<p class="MsoNormal">Os EUA estão a tentar reagir a este desafio à sua hegemonia
na América do Sul em particular, com o seu apoio óbvio aos candidatos da
extrema-direita nas próximas eleições argentinas. Agindo como o vassalo
brasileiro Bolsonaro, na contramão da desdolarização da economia, propõem
redolarizar a Argentina, o que significaria um ataque massivo aos padrões de
vida da sua classe trabalhadora e dos pobres. Estão a surgir lutas contra isso
e as eleições de outubro serão um forte confronto sobre esta questão. Se
conseguirem isto, outro golpe contra Lula no Brasil seria o próximo passo
lógico.</p>
<p class="MsoNormal">A derrota iminente está a polarizar a própria burguesia dos
EUA, exacerbando a guerra de camarilhas entre Trumpianos e Neocons no Partido
Republicano, e deu origem à candidatura de Robert F. Kennedy Jr. nos
Democratas. É altamente provável que possa haver um ou dois candidatos de
“terceiros partidos” nas próximas eleições presidenciais de 2024, com ambas as
máquinas partidárias a tentar marginalizar tanto os críticos da extrema direita
como os “liberais” do fiasco da Ucrânia. Esta fragmentação da política dos EUA
poderia muito possivelmente resultar no colapso das eleições do próximo ano no
caos, o que seria certamente um símbolo do declínio imperial.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgpj0x-U8lObLornETz-OquXUDy2ERLXIEG10-zXUca9VhqhIwNSjYewvQhPbCVbF2iFBlxQQcx_jNN8jQk0cPqsxraJdkLAaTC_ijZMxbpuQKJkO_F17o7Y1aolwT7ZesFzmN5xYiu2bmoOCJxhpBqKqvzNfWcF0nIbg7dqAmIiJuCNQXiHUmL_nW7Ma/s1600/skynews-russian-flag-niger_6235235.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgpj0x-U8lObLornETz-OquXUDy2ERLXIEG10-zXUca9VhqhIwNSjYewvQhPbCVbF2iFBlxQQcx_jNN8jQk0cPqsxraJdkLAaTC_ijZMxbpuQKJkO_F17o7Y1aolwT7ZesFzmN5xYiu2bmoOCJxhpBqKqvzNfWcF0nIbg7dqAmIiJuCNQXiHUmL_nW7Ma/w640-h360/skynews-russian-flag-niger_6235235.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Em Niamey (Níger) a população rebelada cerca e apedreja a embaixada francesa</span><br style="text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><br /></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Contrarrevolução e a
Nova Guerra Fria</b></p>
<p class="MsoNormal">A guerra na Ucrânia tem as suas origens na problemática
sustentabilidade da contrarrevolução que se instalou na URSS, e mais
centralmente na Rússia, em Agosto de 1991. Embora tenha destruído a URSS e
fraturado o aparelho cuja principal função durante décadas foi manter a
propriedade estatal dos principais meios de produção, não resultou no
desmembramento e destruição da Federação Russa, componente central da URSS.
Fraturar o Estado não é o mesmo que destruir os seus componentes
administrativos e especialmente produtivos. Muitos elementos importantes
sobreviveram, embora em alguns casos com títulos diferentes. Mas, em muitos
casos, preservaram atitudes em relação à propriedade e aos vários componentes e
classes da sociedade russa que eram simplesmente habituais e tinham funcionado
durante muitas décadas, quase como um reflexo automático.</p>
<p class="MsoNormal">Este é o contexto do paradoxo da nova Guerra Fria de hoje. A
força motriz da Guerra Fria original foi o antagonismo de classes e a luta de
classes: em 1917, levada além da resistência pela primeira Guerra Mundial
imperialista, a classe trabalhadora do Império Russo, apoiada pelo campesinato
pobre dentro e fora de uniforme do exército, tomou o poder como classe e
iniciou a tarefa de abolir o capitalismo. A onda revolucionária de que isto
fazia parte, apesar de ter convulsionado grande parte da Europa, só foi
vitoriosa na Rússia. E isso foi depois de lutar contra a invasão de 13
exércitos estrangeiros, principalmente imperialistas - tentativa de contrarrevolução
vinda de fora, em aliança com o estado-maior da "Guarda Branca" do
czar executado. Eles lutaram por toda a extensão da Rússia, da Europa ao
Extremo Oriente.</p>
<p class="MsoNormal">Em nenhum outro lugar os jovens Partidos Comunistas
conseguiram tomar o poder. Este isolamento da revolução criou uma nova situação
até então desconhecida na história e não totalmente prevista pelos primeiros
marxistas clássicos. O proletariado estava no poder num país materialmente
atrasado, rodeado por Estados capitalistas-imperialistas mais avançados, mais
produtivos e, em última análise, mais poderosos. Esta situação significou que o
proletariado, no poder, mas isolado, foi sujeito a uma nova forma de opressão
por parte do seu poder estatal, simplesmente em virtude das circunstâncias
materiais opressivas de privação material, bloqueio e cerco. Durante um período
de vários anos, esta opressão levou à atrofia dos órgãos diretos do domínio da
classe trabalhadora, os sovietes, e à cristalização de uma burocracia laboral
privilegiada no Estado operário. Esta degeneração fez com que o proletariado
perdesse qualquer controlo real do Estado criado pela revolução e consolidou
uma camada privilegiada de burocratas operários sobre a classe trabalhadora no
poder.</p>
<p class="MsoNormal">O cerco econômico e militar é uma arma crucial do
imperialismo contra um Estado operário em tais circunstâncias. Se a revolução
mundial demorar demasiado tempo, a restauração capitalista começa, de uma forma
molecular. Primeiro, com a cristalização de camadas privilegiadas que começam a
defender a conciliação com o inimigo de classe, racionalizando o isolamento
nacional numa “teoria” de que o socialismo pode ser construído dentro das
fronteiras nacionais, abandonando a revolução mundial como objetivo. Continua
com a dissolução formal das organizações internacionais e com a cristalização
gradual e adicional da burocracia proletária de camadas mais abertamente aburguesadas.
Estes agitam politicamente o “socialismo de mercado” e coisas do género, e
gradualmente corroem o planejamento <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>econômico
que a revolução criou, procurando uma maior “liberdade” económica, na realidade
para ganhar dinheiro. Então, por sua vez, isto dá origem, nas gerações
seguintes, como se viu, a uma classe capitalista aspirante que inevitavelmente
viria a derrubar o Estado operário se os trabalhadores não conseguissem detê-la.</p>
<p class="MsoNormal">Este tipo de preparação molecular para a restauração
capitalista levou várias décadas na URSS. Devido às profundas raízes sociais
entre as massas que a revolução estabeleceu, ela só pôde cristalizar-se muito
lentamente. Enquanto isto se cristalizava, a URSS, sob uma liderança
burocrática deste tipo, lutou contra o gigantesco ataque imperialista de 1941
da Alemanha nazi, e depois suportou o bloqueio militar e econômico de décadas
ao imperialismo estadunidense, expresso através da OTAN desde 1949. Mas a saúde
da revolução mundial depende da classe trabalhadora organizada politicamente à
escala internacional, isto é, à escala global, liderada pela sua vanguarda
política mais consciente de classe e de pensamento claro. Uma vez que isso for
perdido, se não for recuperado pela ação consciente das massas, a restauração
capitalista nas mãos das várias camadas privilegiadas analisadas acima se torna
praticamente inevitável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Assim, não existiam forças políticas com autoridade de
massas capazes de defender a URSS em Agosto de 1991: apenas um remanescente
decrépito do próprio regime burocrático anterior tentou preservá-la contra os piratas
vorazes, perfilados atrás de Gorbachev e especialmente de Yéltsin. Eram, de
facto, um grupo fraco e quando o seu esforço de golpe de três dias falhou, a
URSS foi aparentemente varrida com rapidez quando Yeltsin, o antigo chefe do
Partido Comunista de Moscou, assumiu o controlo da Rússia e logo dissolveu o Estado
central, embarcando em uma ofensiva privatizante, e um “tratamento de choque”
econômico que forçou milhões de pessoas à fome, ao desespero e à morte, à
medida que os seus padrões de vida eram rapidamente destruídos. A esperança de
vida caiu cerca de 5 anos sob Gorbachev e Yeltsin no início da década de 1990,
algo que só foi igualado em tempos de paz durante a década de 20 do século
passado pela coletivização forçada da agricultura por Stalin, no rescaldo da revolta
Kulak de 1929 (depois da burocracia, na sua própria fase inicial de
mercantilização, ter encorajado as camadas camponesas soviéticas mais ricas a
“enriquecerem-se”). Ambos os eventos mataram vários milhões. Mas só a fome
estalinista é explorada pelo imperialismo e pelos seus agentes para culpar o
“comunismo”; o massacre econômico sob Yeltsin teve a aprovação incondicional
das burguesias ocidentais e, de facto, Putin é odiado por elas precisamente
pelos seus esforços para reverter uma série de crimes de Yeltsin contra os
povos da ex-URSS.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsmRtnd36ez0fVNmR_ntNaAcBvdq1wLVrcm50CfyG5UO1D9ltYr4XFMT5TeIQYKhNcP-IbNkON44rpoPu0pfHDI6TWKvV7IV-TgBe2Qc3zej6JVFZBgQgvBJjy-DhiiTmd0MZ6xUpIgpU3GriV6xbe4u0P9DyCYYuNzW2AsRgs6wVp67cyDUD1lowMxSIz/s1100/challenger-1-1100x618.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="618" data-original-width="1100" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsmRtnd36ez0fVNmR_ntNaAcBvdq1wLVrcm50CfyG5UO1D9ltYr4XFMT5TeIQYKhNcP-IbNkON44rpoPu0pfHDI6TWKvV7IV-TgBe2Qc3zej6JVFZBgQgvBJjy-DhiiTmd0MZ6xUpIgpU3GriV6xbe4u0P9DyCYYuNzW2AsRgs6wVp67cyDUD1lowMxSIz/w640-h360/challenger-1-1100x618.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Tanques Challenger fornecidos à Ucrânia pelo imperialismo britânico. Na imagem, um Challenger destruído e queimado recentemente, simboliza a derrota da 'contraofensiva' da OTAN para a Rússia</td></tr></tbody></table></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A nova Guerra Fria:
depois da contrarrevolução</b></p>
<p class="MsoNormal">Há um enorme problema com a restauração capitalista em
países onde durante várias décadas o capitalismo não existiu e onde o planejamento
econômico (por vezes vulgar) tomou o seu lugar. Isto está claro agora, quando
uma nova Guerra Fria começou. No início da Guerra Fria, a ideologia do
“Socialismo num só país” levou à situação perversa de que gigantescos Estados
operários deformados, como a URSS e a China, estavam em lados opostos do
conflito geopolítico. Desde o início da década de 1970 até ao colapso da URSS
em 1991, a China “comunista” foi aliada do imperialismo norte-americano contra a
URSS. Lutou aberta e secretamente contra a URSS e os seus aliados em várias
guerras: invadiu o Vietnam em 1979 como “castigo” pela derrubada armada do
Vietnam em 1978 do mais brutalmente irracional de todos os regimes estalinistas
– o “Kampuchea Democrático” de Pol Pot (Camboja). Armou e financiou, em aliança
com os EUA e a Grã-Bretanha, o Khmer Vermelho quando estes se tornaram efetivamente
guerreiros contrarrevolucionários contra o governo pró-vietnamita de Hun Sen no
Camboja durante a década de 1980. A China financiou os mujahedin islâmicos contrarrevolucionários
no Afeganistão durante a década de 1980, na sua guerra apoiada pelos EUA contra
a URSS e os seus aliados nacionalistas de esquerda do Partido Democrático
Popular (PDPA), cuja derrota desempenhou um papel importante na destruição da
URSS. A China financiou atividades anti-soviéticas, aliados anticubanos do
regime do apartheid na África do Sul, como a RENAMO em Moçambique e a UNITA em
Angola, contra governos populistas de esquerda pós-coloniais aliados soviéticos
e cubanos, como a FRELIMO (Moçambique) e o MPLA (Angola). Isto ocorreu quando a
ideologia estatal da China tinha uma coloração muito mais abertamente
“comunista”, em oposição a hoje, quando o mundo inteiro conhece o poderoso setor
capitalista que desempenha um papel importante na China.</p>
<p class="MsoNormal">Uma forma de restauração capitalista ocorreu na China no
início da década de 1990, vinda de cima, através de uma grande camada burguesa,
produto de uma prolongada mercantilização burocrática que começou por volta de
1979 e prosseguiu durante várias décadas, ganhando poder suficiente no Estado
para absorver elementos-chave da economia com o próprio Partido Comunista no
poder. Mesmo Xi Jinping, o atual Líder Supremo do Partido Comunista Chinês, faz
parte desta classe capitalista bilionária que teve a sua gênese dentro do
regime maoísta e tem algumas características marcadamente diferentes da norma
capitalista, particularmente como visto nos países imperialistas onde o poder
estatal é claramente uma ferramenta de poder corporativo. Na China, até certo
ponto, o poder estatal sobrepõe-se ao poder corporativo de uma forma nova e
algo sem precedentes.</p>
<p class="MsoNormal">Tanto a Rússia como a China são, portanto, novas formas de
capitalismo, onde as novas classes burguesas são muito poderosas e, no entanto,
o poder estatal contém muito do que resta das décadas em que a forma dominante
de propriedade era a propriedade estatal e o planejamento econômico. Não o
socialismo, mas sociedades onde as formas de propriedade eram as que
correspondiam ao domínio da classe trabalhadora e podem ser consideradas parte
do que deveria ser a transição para o socialismo. O socialismo, ou a fase
inferior do comunismo, é definido como uma sociedade onde os antagonismos
sociais baseados em classes já não existem, embora o horizonte daquilo que Marx
chamou de “direito burguês” ainda não tenha sido ultrapassado. A desigualdade
social e económica persiste sob o socialismo não entre classes como tais, mas
entre diferentes sectores dos próprios produtores associados, simplesmente
porque a produção social não atingiu o nível de abundância para todos, o que
torna a desigualdade formal irrelevante. Haverá algumas funções até então que
exigirão maior remuneração material simplesmente porque sem isso não serão
realizadas. À medida que o trabalho se torna mais social e gratificante nos
seus próprios termos, é provável que estas sejam as tarefas mais desagradáveis
e/ou perigosas. A um nível mais elevado de riqueza material-produtiva e social,
tais considerações tornar-se-ão cada vez mais irrelevantes, e a sociedade
cruzará o horizonte do “direito burguês” para o comunismo real, o “estágio
superior”. No entanto, esse é um processo que leva tempo. E nem a URSS nem a
China “Vermelha” alguma vez alcançaram a fase inferior do comunismo
(“socialismo”) tal como definida por Marx, muito menos a fase superior.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Limites da contrarrevolução;
outras possibilidades revolucionárias</b></p>
<p class="MsoNormal">Quando a história retrocede através da contrarrevolução,
raramente consegue fazê-lo completamente. A revolução francesa que começou em
1789 foi a maior das revoluções sociais que levou a burguesia ao poder e
derrubou o sistema feudal de propriedade e produção que precedeu o capitalismo
na Europa. Em termos do impacto que causou no impulso à derrubada de formas
locais de feudalismo e, pelo menos inicialmente, à democracia em toda a Europa,
foi um dos maiores acontecimentos da história. A fase radical-democrática da
revolução sob os líderes históricos do partido jacobino, Robespierre, Danton e
Saint-Just, onde a aristocracia francesa foi basicamente exterminada pela
medida severa da guilhotina, foi sucedida pelo Termidor, a tomada do poder por
uma facção mais conservadora e depois pelo Império burguês de Napoleão
Bonaparte. Mas Napoleão, embora o seu governo tenha posto fim de forma decisiva
à fase radical da revolução a nível interno, exportou, no entanto, a revolução
anti-feudal burguesa para grande parte da Europa, quase até Moscou. Após a
derrota final de Napoleão, a ordem feudal na Europa foi danificada
irreparavelmente. No século seguinte, todos os absolutismos feudais, incluindo
a Prússia e a Rússia czarista, foram forçados a introduzir medidas
social-revolucionárias capitalistas a partir de cima para tentar evitar que
lhes fossem impostas a partir de baixo, como na França revolucionária.</p>
<p class="MsoNormal">A derrota final de Napoleão em 1815 levou a uma tentativa de
restaurar a antiga monarquia Bourbon francesa. Luís XVIII e seu sucessor Carlos
X não conseguiram simplesmente restaurar o feudalismo e o absolutismo. O antigo
regime em França era irreparável e, como provou a história do século XIX , o
mesmo aconteceu com a ordem feudal em toda a Europa, que foi convulsionada por
revolução após revolução, de cima para baixo, durante todo o século XIX. A
partir de tais acontecimentos revolucionários burgueses, o próprio movimento da
classe trabalhadora tomou forma e começou a agir como uma força de classe
independente por direito próprio, com as revoluções burguesas entrelaçando-se
com as lutas de classe proletárias numa extensão crescente ao longo do século XIX,
atingindo um ponto alto inicial com a Comuna de Paris: a primeira tentativa de
curta duração de criar um Estado operário na história. Isto ocorreu no final da
guerra franco-prussiana de 1870-71, que foi na verdade o culminar da revolução
burguesa (de cima) que unificou a Alemanha e a criou como uma grande potência
capitalista. Depois disso, vimos a transformação do capitalismo europeu, onde
tais lutas nacionais ainda eram possíveis, em imperialismo, onde potências
capitalistas monopolistas europeias rivais lutaram para dividir o mundo entre
si para a pilhagem.</p>
<p class="MsoNormal">Este processo culminou na Rússia em 1917, em circunstâncias
de guerra mundial imperialista, onde a revolução burguesa, centrada na questão
agrária e na emancipação da população esmagadoramente camponesa do Império
Russo pré-capitalista, foi levada a cabo pelo proletariado no poder. Aquele
proletariado que foi criado pela transplantação da técnica capitalista pelo
Estado czarista numa luta desesperada para competir com as potências
capitalistas-imperialistas europeias que culminou na Primeira Guerra Mundial.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A restauração capitalista
acontece “automaticamente”?</b></p>
<p class="MsoNormal">Tudo isto levanta algumas questões difíceis sobre a Rússia
hoje. Sobre a natureza da restauração capitalista e as perspectivas tanto para
a luta anti-imperialista como para a própria revolução mundial. Desde que o
capitalismo foi restaurado na Rússia na década de 1990, foi aparentemente
consolidado, e ainda assim o imperialismo retomou o seu impulso de guerra
contra a ex-Rússia Soviética com uma vingança que se assemelha à Guerra Fria
contra a URSS quando esta era um Estado operário. Por que deveria acontecer
isso se a restauração capitalista aconteceu na Rússia? Qual é o significado do
atual conflito geopolítico entre a Rússia, a China e o Ocidente? E qual é o
resultado provável, no caso de uma derrota das potências da OTAN?</p>
<p class="MsoNormal">O ensaio de Leon Trotsky intitulado “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Not a Workers and Not a Bourgeois State</i>”, é um complemento
importante à principal obra de Trotsky sobre a degeneração da Revolução Russa, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Revolução Traída</i> (1936), que definiu a
URSS sob o domínio stalinista como um país sob um estado burocraticamente
degenerado de trabalhadores. Foi uma resposta preliminar principalmente a Max
Shachtman, que tinha começado a questionar a natureza proletária da URSS,
Shachtman que mais tarde lideraria uma luta que dividiria o movimento
trotskista dos EUA e causaria grandes divisões no movimento noutros lugares.</p>
<p class="MsoNormal">Not a Workers and Not a Bourgeois State foi escrito em 1937
e começou a pelo menos sugerir a abordagem de algumas questões de
desenvolvimento futuro que estavam ligeiramente além do âmbito da Revolução
Traída. Apresentou alguns pontos importantes sobre a semelhança da relação de
um Estado operário economicamente atrasado e isolado com o imperialismo, e dos
países capitalistas semicoloniais, formalmente independentes, com o mesmo
imperialismo. Vale a pena citar o ensaio de Trotsky porque lança alguma luz
sobre o provável caminho da restauração capitalista em tal situação e,
implicitamente, sobre as prováveis consequências:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“O proletariado da URSS é a classe
dominante num país atrasado onde ainda faltam as necessidades mais vitais. O
proletariado da URSS governa uma terra composta por apenas um duodécimo da
humanidade; o imperialismo governa os restantes onze duodécimos. O domínio do
proletariado, já mutilado pelo atraso e pela pobreza do país, é dupla e
triplamente deformado sob a pressão do imperialismo mundial. O órgão do domínio
do proletariado – o Estado – torna-se um órgão de pressão do imperialismo
(diplomacia, exército, comércio exterior, ideias e costumes). A luta pela dominação,
considerada à escala histórica, não é entre o proletariado e a burocracia, mas
entre o proletariado e a burguesia mundial… Para a burguesia – tanto fascista
como democrática – façanhas contrarrevolucionárias isoladas… não são
suficientes; necessita de uma contrarrevolução completa nas relações de
propriedade e da abertura do mercado russo. Enquanto não for este o caso, a
burguesia considera o Estado soviético hostil a ela. E está certa.</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“O regime interno nos países
coloniais e semicoloniais tem um carácter predominantemente burguês. Mas a
pressão do imperialismo estrangeiro altera e distorce de tal forma a estrutura
económica e política destes países que a burguesia nacional (mesmo nos países
politicamente independentes da América do Sul) apenas atinge parcialmente o
auge de uma classe dominante. É verdade que a pressão do imperialismo sobre os
países atrasados não muda o seu carácter social básico, uma vez que o opressor
e o oprimido representam apenas diferentes níveis de desenvolvimento numa mesma
sociedade burguesa. No entanto, a diferença entre a Inglaterra e a Índia, o
Japão e a China, os Estados Unidos e o México é tão grande que diferenciamos
estritamente entre países burgueses opressores e países burgueses oprimidos e
consideramos que é nosso dever apoiar estes últimos contra os primeiros.</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“A pressão do imperialismo sobre a
União Soviética tem como objetivo a alteração da própria natureza da sociedade
soviética… Desta forma, o domínio do proletariado assume um carácter abreviado,
restringido e distorcido. Pode-se dizer com plena justificação que o
proletariado, governando num país atrasado e isolado, ainda continua a ser uma
classe oprimida. A fonte da opressão é o imperialismo mundial; o mecanismo de
transmissão da opressão – a burocracia. Se nas palavras “uma classe dominante e
ao mesmo tempo oprimida” há uma contradição, então ela decorre não dos erros de
pensamento, mas da contradição na própria situação na URSS. É precisamente por
isso que rejeitamos a teoria do socialismo num só país.” (25 de novembro de
1937, https://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/11/wstate.htm)</p>
<p class="MsoNormal">Esta justaposição da situação das classes dominantes
capitalistas semicoloniais, com a do proletariado no poder num Estado operário
atrasado e isolado, é altamente sugestiva do que Trotsky considerava provável
que acontecesse se o proletariado perdesse o poder como classe. Numa situação
em que o proletariado, mesmo no poder, era oprimido pelo cerco imperialista e
pelo atraso, é óbvio que qualquer regime burguês que o substituísse enfrentaria
as mesmas condições materiais e seria igualmente uma “classe semi-governante e
semi-oprimida” subalterna ao imperialismo. Essa suposição marxista básica,
implícita na passagem acima, embora não explicitamente explicada, é de enorme
importância hoje para a compreensão não apenas da Rússia, mas também da China e, em certa medida, também da Bielorrúsia. <br /><br /> <br /><br /><b>Bielorússia, uma expressão diferente do mesmo fenômeno <br /></b><br /> </p>
<p class="MsoNormal">A Bielorrússia tornou-se um expoente intermediário desse processo que tem a China e a Rússia
como fenômenos com determinações e ritmos próprios. Tendo sofrido um processo
de restauração capitalista mais frágil e curto, reestatizou, a partir de 1996,
parte do que havia sido privatizado e aproveitando-se de sua relação
privilegiada com a Rússia, conseguir preservar uma economia ainda mais estatal
e planificada que a própria Rússia, desenvolvendo como uma extensão
relativamente isolada da mesma, reivindicando uma “economia de mercado
socialmente orientada”. Quem reconhece e lamenta por isso são os informes do
Banco Mundial e do próprio Departamento de Estado dos EUA.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“a partir
do final de 1995, o Governo procurou isolar a sua população da dor da reforma,
protegendo empregos e salários. Isto foi acompanhado por extensos controles
administrativos sobre preços, margens e taxa de câmbio. O Estado manteve o
controlo da maioria dos recursos produtivos e uma parte significativa do PIB
foi atribuída a despesas e subsídios sociais. As reformas orientadas para o
mercado foram muito limitadas. O crescimento econômico foi retomado em 1996,
liderado pelas Empresas Estatais (SOEs).”
https://web.archive.org/web/20071210182026/http://lnweb18.worldbank.org/ECA/eca.nsf/2656afe00bc5f02185256d5d005dae97/8ec2dc1ef03aed3e85256d5d0067dc90?OpenDocument</p>
<p class="MsoNormal">O departamento de estado dos EUA vai
mais além:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“Como
parte da antiga União Soviética, a Bielorrússia tinha uma base industrial
relativamente bem desenvolvida; manteve esta base industrial após a dissolução
da URSS. O país também possui uma ampla base agrícola e um elevado nível de
educação. Entre as antigas repúblicas da União Soviética, tinha um dos mais
elevados padrões de vida. Mas os bielorrussos enfrentam agora o difícil desafio
de passar de uma economia estatal com elevada prioridade na produção militar e
na indústria pesada para um sistema civil de mercado livre.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">Após uma
explosão inicial de reforma capitalista de 1991-94, incluindo a privatização de
empresas estatais, a criação de instituições de propriedade privada e o
desenvolvimento do empreendedorismo, a Bielorrússia sob Lukashenko abrandou
enormemente, e em muitos casos reverteu, o seu ritmo de privatização e de
outras medidas de mercado, reformas, enfatizando a necessidade de uma
"economia de mercado socialmente orientada". Cerca de 80% de toda a
indústria permanece nas mãos do Estado e o investimento estrangeiro tem sido
prejudicado por um clima hostil às empresas. Os bancos, que tinham sido
privatizados após a independência, foram renacionalizados sob Lukashenko. O
governo continuou a nacionalizar empresas em 2005, utilizando o mecanismo
"Golden Share" - que permite o controlo governamental em todas as
empresas com investimento estrangeiro - e outros meios administrativos.”
https://web.archive.org/web/20071114000028/http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5371.htm<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“A teoria é cinzenta, mas a árvore da vida é verde”</b></p>
<p class="MsoNormal">O que realmente enfrentamos são as consequências da contrarrevolução
na URSS. Trotsky também fez algumas observações úteis sobre o curso da
contrarrevolução, real e provável, no contexto das revoluções francesa
(burguesa) e russa (proletária) num artigo anterior, O Estado Operário,
Termidor e Bonapartismo (1935). Falando diretamente sobre a Revolução Francesa,
ele escreveu:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“Depois da revolução democrática
profunda, que liberta os camponeses da servidão e lhes dá terras, a contrarrevolução
feudal é geralmente impossível. A monarquia derrubada poderá restabelecer-se no
poder e cercar-se de fantasmas medievais. Mas já é impotente para restabelecer
a economia do feudalismo. Uma vez libertadas das amarras do feudalismo, as
relações burguesas desenvolvem-se automaticamente. Eles não podem ser
controlados por nenhuma força externa; eles próprios devem cavar a sua própria
sepultura, tendo previamente criado o seu próprio coveiro. (
https://www.marxists.org/archive/trotsky/1935/02/ws-therm-bon.htm )</p>
<p class="MsoNormal">Ele contrasta isso com o que seria provável no caso do
colapso do regime stalinista e da revolução russa com ele:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“É completamente diferente com o
desenvolvimento das relações socialistas. A revolução proletária não só liberta
as forças produtivas dos grilhões da propriedade privada, mas também as transfere
para a disposição direta do Estado que ela própria cria. Enquanto o Estado
burguês, depois da revolução, se limita a um papel policial, deixando o mercado
entregue às suas próprias leis, o Estado operário assume o papel direto de
economista e organizador. A substituição de um regime político por outro exerce
apenas uma influência indireta e superficial sobre a economia de mercado. Pelo
contrário, a substituição de um governo operário por um governo burguês ou
pequeno-burguês levaria inevitavelmente à liquidação dos princípios planejados
e, subsequentemente, à restauração da propriedade privada. Em contraste com o
capitalismo, o socialismo não é construído automaticamente, mas
conscientemente… ”</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“Outubro de 1917 completou a
revolução democrática e iniciou a revolução socialista. Nenhuma força no mundo
pode fazer recuar a reviravolta democrático-agrária na Rússia; nisso temos uma
analogia completa com a revolução jacobina. Mas uma reviravolta kolkhoz é uma
ameaça que mantém toda a sua força e com ela está ameaçada a nacionalização dos
meios de produção. A contrarrevolução política, mesmo que retrocedesse até à
dinastia Romanov, não poderia restabelecer a propriedade feudal da terra. Mas a
restauração ao poder de um bloco menchevique e social-revolucionário seria
suficiente para obliterar a construção socialista. ”</p>
<p class="MsoNormal">Mas o que realmente aconteceu é mais complexo. Tivemos algo
aproximadamente semelhante à “substituição de um governo operário por um
governo burguês ou pequeno-burguês…” e “….a restauração da propriedade privada”
na Rússia desde o colapso da URSS em 1991. Na China, temos políticas implementadas
há décadas – abolição de Kolkhoz (agricultura coletiva) e o incentivo direto ao
enriquecimento capitalista tanto rural como urbano – sob o domínio do Partido
Comunista Chinês – que Trotsky considerou que levaria ao rápido colapso da
União Soviética numa contrarrevolução liderada pelos kulaks no final da década
de 1920. Pelos padrões da luta da Oposição de Esquerda contra o bloco Stalin-Bukharin
e a sua Neo-NEP – é inconcebível que o regime do Partido Comunista Chinês, com
os seus numerosos capitalistas bilionários cuja influência penetra até ao topo
do regime do PCC, poderia ser descrito hoje como um Estado operário. É evidente
que a China hoje é algo fundamentalmente diferente do antigo regime do PCC sob
Mao, e que o poder do Estado hoje é usado para defender e promover o
desenvolvimento capitalista da China, e não para suprimi-lo.</p>
<p class="MsoNormal">E, no entanto, longe de estabilizar o capitalismo mundial
sob o domínio da burguesia imperialista, temos agora um nível considerável de
unidade na luta defensiva dos dois gigantescos antigos estados operários da
Rússia e da China, contra o imperialismo liderado pelos EUA e pela NATO, que
cresce cada vez mais histérica todos os dias. Vale a pena recordar as
observações de Trotsky acima de que: Para a burguesia… façanhas contrarrevolucionárias
isoladas… não são suficientes; necessita de uma contrarrevolução completa nas
relações de propriedade e da abertura do mercado russo. Enquanto não for esse o
caso, a burguesia considera o Estado soviético hostil a ela….”</p>
<p class="MsoNormal">Isto parece ter sido apenas parte da história. Tal como
acontece com as antecipações e teorizações dos marxistas sobre o que poderia
acontecer se uma revolução dos trabalhadores triunfasse num país atrasado, as
teorizações sobre o que aconteceria se tais revoluções fossem posteriormente
derrotadas, mesmo pelos melhores teóricos marxistas, incluindo mais
notavelmente o próprio Trotsky, provaram inadequada para a tarefa. “A teoria é
cinzenta, mas a árvore da vida é verde” diz o velho ditado, mas isso não
significa que alguém deva rejeitar a teoria marxista de uma forma arrogante como
um filisteu. A teoria é um guia para a ação. Mas tal é a profundidade e a
complexidade dos acontecimentos históricos mundiais, quando emergem, que
invariavelmente provocam uma crise nas teorias existentes, uma necessidade de
reexaminar, corrigir e aprofundar a teoria existente para fornecer um guia de
ação atualizado para um novo período.</p>
<p class="MsoNormal">Parece que Trotsky estava certo ao dizer, sobre a revolução
burguesa, que “uma vez libertados dos grilhões do feudalismo, as relações
burguesas desenvolvem-se automaticamente” (ver anteriormente). No entanto, essa
automaticidade não se transfere mecanicamente para uma situação em que não é o
feudalismo que é derrubado pelo capitalismo, mas um Estado operário, baseado na
propriedade socializada, por mais degenerado que seja.</p>
<p class="MsoNormal">A restauração “ao poder” de algo bastante semelhante a “um
bloco menchevique e social-revolucionário” ocorreu na década de 1990 em vários
estados operários governados burocraticamente, mas não parece ter sido
simplesmente capaz de “destruir completamente a construção socialista”. Quando
estados operários degenerados e deformados foram derrubados por forças
pró-capitalistas, não aconteceu, ao contrário do feudalismo, que “as relações
burguesas se desenvolvessem automaticamente”. O que vimos de fato é que o tipo
de “relações burguesas” que se desenvolveram têm sido altamente problemáticas e
deram origem, de facto, a formas de sociedade nas quais a burguesia
imperialista não tem qualquer confiança. A França do século XIX fez as
convulsões revolucionário-burguesas após a derrota de Napoleão, com as suas
revoluções suplementares em 1830, 1848 - que convulsionou toda a Europa - e
1871 - que deu origem à Comuna de Paris, a primeira tentativa na história de
criar um estado dos trabalhadores.</p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><b>A lei da irreversibilidade na
história natural e na história social<o:p></o:p></b></p>
<br />
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"></i></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj34MKJ4X3PdI7myJ41ZnAsyDNgZczkCu3hy1UTf51JWnFF27JUkiGEdSfRun3_wNur3NHOjLFOMU0rKMJWL_EBvbNZSACvGnBc47Qm1hnGYrz9Z-mFksLlQFYSFF864NtoBMr-qIXYCh0UlLpHhbcCYj7Ogi9vj_c04uvk11tsECBqvi2rM7iQlK-b_Okc/s2560/Dollo.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="2560" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj34MKJ4X3PdI7myJ41ZnAsyDNgZczkCu3hy1UTf51JWnFF27JUkiGEdSfRun3_wNur3NHOjLFOMU0rKMJWL_EBvbNZSACvGnBc47Qm1hnGYrz9Z-mFksLlQFYSFF864NtoBMr-qIXYCh0UlLpHhbcCYj7Ogi9vj_c04uvk11tsECBqvi2rM7iQlK-b_Okc/w640-h360/Dollo.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><i><span style="font-size: 9pt; line-height: 12.84px;">Uma vez que um organismo tenha evoluído de uma certa maneira, ele não retornará exatamente à forma anterior. Isto é ilustrado aqui em duas dimensões; na realidade, tanto as biomoléculas como os organismos evoluem em muitas dimensões diferentes.</span></i></p></td></tr></tbody></table><p></p><p class="MsoNormal">De certa forma, não apenas os
fenômenos históricos, mas também os fenômenos complexos das ciências naturais
não retornam ao estágio inicial. O evolucionismo não é linear, mesmo que formas
anteriores se repitam no ambiente, os organismos nunca retornam completamente à
sua forma anterior, como afirmamos nos postulados materialistas da
irreversibilidade de Dollo:</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“um
organismo nunca retorna exatamente a um estado anterior, mesmo que se encontre
colocado em condições de existência idênticas àquelas em que viveu
anteriormente... guarda sempre algum vestígio das etapas intermediárias pelas
quais passou.” Gould, SJ (1970). (Dollo sobre a lei de Dollo: irreversibilidade
e o status das leis evolutivas." Jornal de História da Biologia. https://link.springer.com/article/10.1007/BF00137351)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mesmo sob o risco de sermos acusados
de mecanicistas, como de fato era o autor da Lei, Louis Dollo, embora possamos
sofrer tais acusações por tentar transpor para as ciências sociais leis que
atuam sob as ciências naturais, é inegável o fato de que os fenômenos
históricos “nunca retornam ao estágio anterior”, como demonstramos na
trajetória francesa dos século XVIII e XIX. Na questão dos atuais estados da
Rússia e China, se a pessoa não estiver contaminada pela estúpida propaganda de
guerra midiática imperialista, russófoba e demonizadora do atual governo russo,
é evidente que essa pessoa perceber as profundas diferenças entre a Rússia de
Putin de 2023 e a Rússia do Czar até 1917. Do mesmo modo, os elementos da
restauração do capitalismo na China atual guardam poucas ou nenhuma semelhança
com a forma social do capitalismo chinês antes da revolução de 1949.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Também é inegável que os Estados
capitalistas da Rússia, China e Bielorrússia, potenciam sua ascensão no mundo e
no mercado mundial apoiando-se nos “vestígios das etapas intermediárias” pelas
quais passaram no século XX após os processos de expropriação do capital,
estatização da economia, planificação econômica, conquista de soberania
energética, militar e nuclear, ... ou seja, quando eram regimes de ditaduras
proletárias deformadas. Assim como também merecem estudos mais rigorosos a
evolução dos Estados operários do Leste Europeu que se converteram em
neocolônias da OTAN e da UE. Esses também não voltaram ao capitalismo ao
estágio anterior que se encontravam até a segunda guerra mundial, nem na fração
da Alemanha que por quase meio século se tornou a Alemanha Oriental os junkers
latifundiários voltaram a ser classe dominante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Gould vai mais além em suas deduções
sobre a irreversibilidade da natureza ao afirmar que:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">[Por
exemplo], uma vez que você adota o plano corporal comum de um réptil, centenas
de opções ficam para sempre fechadas e as possibilidades futuras devem se
desdobrar dentro dos limites do design herdado." <span lang="EN-ZA">(Gould, Stephen J. (2007) [1993].
Eight little piggies : reflections in natural history,
https://archive.org/details/eightlittlepiggi0000goul_e0z5).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal">Embora em sua acepção original, pelo
paleontólogo belga Louis Dollo, essa lei seja classicamente aplicada à
morfologia de fósseis, mais tarde ela também passou a ser usada para descrever
eventos moleculares, como mutações individuais ou perdas genéticas, com algumas
respectivas exceções.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todos esses fenômenos podem ser observados
em termos da dialética do desenvolvimento desigual e combinado da restauração
do capitalismo aos Estados operários do século XX.<span style="color: red;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Contrarrevoluções
“desviantes” e histeria imperialista</b></p>
<p class="MsoNormal">O que parece ter surgido naqueles estados operários onde as
revoluções sociais originais foram outrora vitoriosas e derrotadas muitas
décadas mais tarde, são estados capitalistas, mas aqueles onde as relações
capitalistas são modificadas e “deformadas” de forma significativa, e esses
estados também não atuam como cópias dos estados imperialistas, ou tão pouco como
estados vassalos semicoloniais. Nem a Rússia nem a China se enquadram em
nenhuma dessas categorias. Nem ocupam qualquer categoria intermediária entre as
duas – são qualitativamente diferentes de ambas. Isto é muito diferente dos
“Estados satélites” produzidos passivamente, como a maioria na Europa Oriental,
que geralmente se tornaram satélites/vassalos do imperialismo Ocidental, assim como a atual Bielorússia é um satélite da Rússia.</p>
<p class="MsoNormal">O mortal tratamento de choque imperialista na Rússia sob
Yeltsin na década de 1990 produziu uma reação popular tão grande que, dentro da
própria máquina estatal, foi gerado um inimigo, personificado por Putin, que
reverteu muitos dos ataques, e embora não tenha restaurado o status quo anterior,
produziu uma variante de uma “economia mista” social-democrata com concessões
consideráveis ao bem-estar das massas, cuja génese é indiscutivelmente bastante
singular. Num Estado capitalista “puro”, seria necessária a própria ameaça da
revolução para produzir tais concessões que estariam sempre sob ameaça. Na
Rússia pós-soviética, o próprio aparelho estatal, fortemente marcado pela sua origem
num Estado operário, respondeu ao sentimento popular de massas sem tais
convulsões.</p>
<p class="MsoNormal">Algo análogo parece ter acontecido na China, mas também com
algumas diferenças importantes. Uma diferença fundamental é que na China
inicialmente o programa capitalista-restauracionista foi executado a partir de
cima, sem o tipo de guerra económica total e de carnificina contra a população
da classe trabalhadora que aconteceu na antiga URSS. No entanto, ocorreram
ataques menores, tendo um resultado semelhante ao da Rússia. Como descreveu uma
fonte de esquerda:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“… as consequências negativas de
permitir a privatização e o saque dos bens públicos tiveram de ser suportadas
pelos trabalhadores. As demissões em massa continuaram em nome da
“racionalização da gestão”. Os benefícios de assistência social concedidos por
empresas estatais contratadas também desapareceram. Naturalmente, os
trabalhadores ficaram indignados e resistiram. As disputas laborais dispararam…
o número de disputas laborais disparou desde meados da década de 1990, quando a
“privatização” foi realizada extensivamente. O número de participantes em
conflitos laborais em 2003 foi quase cinco vezes superior ao de 1996.”</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“Este aumento nas disputas
trabalhistas aumentou o nível de agitação social. Tal como dentes com gengivas
partidas, os alicerces do regime comunista estremeceram desde as suas raízes.
Depois houve uma ligeira mudança de direção. Em 2005, o Quinto Comitê Central
do Partido Comunista da China anunciou que havia abolido a teoria de “enriquecer
primeiro”, de que 'qualquer um deveria ser rico primeiro' e adotou a teoria de
'Vamos todos viver bem juntos'. o sector privado avança enquanto o sector
estatal recua' de encorajar a propriedade privada em vez da propriedade
estatal, mudou para 'o Estado avança enquanto o sector privado recua' para
'restaurar a parte da propriedade estatal.'” (China: Caráter Social e Classe
Trabalhadora, Grupo Bolchevique da Coreia).</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">Como resultado desta mudança
política, o resultado foi “o número de disputas e o número de participantes
diminuiu significativamente ao longo dos próximos anos” ( ibid) .</p>
<p class="MsoNormal">Estes acontecimentos mostram claramente que tanto na Rússia
como na China o Estado respondeu de forma semelhante, adaptando-se à pressão de
massas da classe trabalhadora e adoptando o que pode ser melhor descrito como
uma receita socialdemocrata de economia mista. Isto foi possível devido à
deformação pós-capitalista dentro destes estados burgueses, que funcionam como
uma correia de transmissão para a pressão das massas e modifica o funcionamento
do próprio estado burguês. De certa forma, esta mudança na luta de classes interna, um pouco mais tarde do que na Rússia, assim como o cerco crescente do imperialismo, na luta de
classes externa, na luta inter-estados opressores e oprimidos, colocou a
China no rumo do bloco com a Rússia de Putin que existe hoje, o que representa
um ganho para a classe trabalhadora. Em ambos os casos, isto foi provocado tanto pela pressão das massas sobre estes Estados
burgueses altamente deformados, quanto pela pressão do grande capital imperialista, forçando-os
a comportar-se de forma semelhante.</p>
<p class="MsoNormal">Outra diferença importante é que a China beneficiou efetivamente
do neoliberalismo ocidental, na medida em que se tornou um repositório chave da
“terceirização” – migração de emprego – dos países imperialistas ocidentais,
cujos governantes capitalistas viam a classe trabalhadora barata, mas altamente
qualificada, da China. No contexto de uma economia aparentemente capitalista, a
restauração foi uma oportunidade para um aumento massivo da taxa de lucro em
relação ao que era possível nos próprios países imperialistas. A China não foi
o único país que atuou como destinatário dessa terceirização, mas o seu
aparelho estatal, que também teve a sua origem numa era de planejamento econômico
estatal, foi capaz de fazer uso dela para embarcar na sua própria
industrialização massiva. Como resultado, a China tornou-se hoje na “oficina do
mundo”, de uma forma que lembra a Grã-Bretanha durante a Revolução Industrial
do Século do século XIX, mas em escala muito ampliada.</p>
<p class="MsoNormal">A verdadeira força motriz da russofobia Ocidental não é o
suposto “autoritarismo” do regime político da Rússia, mas a raiva face à
influência política que as massas russas ainda detêm dentro do que costumava
ser o seu Estado. O ódio ao próprio povo russo é um elemento-chave da
russofobia ocidental de hoje, que se assemelha ao ódio nazi aos judeus pelo seu
“bolchevismo” supostamente inerente. Da mesma forma, a sinofobia de hoje reflete
um ódio semelhante pelas massas chinesas, bem como a raiva do imperialismo face
ao desenvolvimento industrial aparentemente inesperado da China. Isto não
deveria acontecer – a China deveria ser uma mera fonte de lucro, e não um
grande adversário industrial capaz de ameaçar a hegemonia dos EUA. E a Rússia e
a China juntas constituem uma força de compensação ainda mais potente à
hegemonia das potências imperialistas que persiste pelo menos desde finais do
século XIX.</p>
<p class="MsoNormal">Então, o que está na raiz deste paradoxo? Uma sugestão de
resposta pode ser encontrada numa formulação na obra de Engels de 1880, Socialismo
Utópico e Científico, onde ele defende o seguinte ponto sobre a tendência do
capitalismo para a geração de trustes e monopólios:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“Nos trustes, a liberdade de
concorrência transforma-se no seu oposto – em monopólio; e a produção sem
qualquer plano definido da sociedade capitalista capitula perante a produção
segundo um plano definido da sociedade socialista invasora. Certamente, até agora
isto ainda é benéfico e vantajoso para os capitalistas. Mas, neste caso, a
exploração é tão palpável que deve ser destruída. Nenhuma nação tolerará uma
produção conduzida por trustes, com uma exploração tão descarada da comunidade
por um pequeno bando de traficantes de dividendos. (
https://www.marxists.org/archive/marx/works/1880/soc-utop/ch03.htm , ênfase
adicionada)</p>
<p class="MsoNormal">Esta formulação, sobre a “sociedade socialista invasora”,
deriva da ideia básica do marxismo, partilhada por Marx e Engels, de que o “socialismo”
ou “comunismo” que eles consideravam como duas manifestações da mesma coisa
('inferior' e 'superior') representava um modo de produção superior ao
capitalismo:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“O desenvolvimento das forças
produtivas do trabalho social é a tarefa histórica e a justificação do capital.
Esta é apenas a maneira pela qual inconscientemente cria as necessidades
materiais de um modo de produção superior.” (Capital, Vol. 3, Moscou, 1966,
Cap. 15, p. 259)</p>
<p class="MsoNormal">Grande parte da polémica de Trotsky contra os estalinistas nas
décadas de 20 e 30 foi contra a teoria do socialismo num só país, a noção de
que era possível construir um modo de produção socialista completo numa
sociedade qualitativamente mais atrasada do que as potências capitalista-imperialistas
muito mais fortes que o rodeava. Essa crítica mantém toda a sua relevância e
potência. Mas, novamente, Trotsky também observou que, apesar disso, o curso
reacionário do regime stalinista “… ainda não tocou os fundamentos econômicos do Estado
criado pela revolução que, apesar de toda a deformação e distorção, assegura um
desenvolvimento sem precedentes do sistema das forças produtivas.” (Mais uma
vez: A URSS e sua defesa,
https://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/11/ussr.htm )</p>
<p class="MsoNormal">Engels considerou que o modo de produção socialista, que
estava completamente no futuro em 1880 quando escreveu Socialismo: Utópico e
Científico , tinha a capacidade de 'invadir' o capitalismo contemporâneo e,
como uma espécie de expressão inconsciente do processo histórico, afetar o
desenvolvimento do mesmo capitalismo para (de certa forma) antecipar
desenvolvimentos futuros que se concretizariam sob um modo de produção
superior. Esta é apenas uma expressão do conceito marxista básico que o
Socialismo: Utópico e Científico expressa – a tendência objetiva do
desenvolvimento social em direção ao socialismo:</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm;">“As novas forças produtivas já
superaram o modo capitalista de utilizá-las. E este conflito entre as forças
produtivas e os modos de produção não é um conflito engendrado na mente do
homem, como aquele entre o pecado original e a justiça divina. Ela existe, de
facto, objetivamente, fora de nós, independentemente da vontade e das ações
mesmo dos homens que a provocaram. O socialismo moderno nada mais é do que o
reflexo, em pensamento, deste conflito de facto...” (Engels op-cit )</p>
<p class="MsoNormal">A questão é que o processo de restauração capitalista, a
destruição de um Estado operário há muito estabelecido, não pode ser
“automático” da mesma forma que o capitalismo é capaz de acabar com o
feudalismo. A existência de um Estado operário, por mais deformado ou
degenerado que seja, significa que esse Estado já iniciou a transição para um
modo de produção superior, o comunismo. Mesmo que a transição seja bloqueada
pelo atraso social, pelo cerco imperialista e pelo monopólio do poder de uma
burocracia que se opõe e tenta sabotar a revolução mundial e, portanto, a
conclusão da transição, a transição já começou. O trem saiu da estação, mesmo
que esteja parado a apenas algumas centenas de metros de um trilho com muitos
quilômetros de extensão. É extremamente pesado e ainda muito difícil de
simplesmente arrastar de volta ao ponto inicial e além.</p>
<p class="MsoNormal">Portanto, o que temos tanto na
Rússia como na China são formações sociais novas onde o modo de produção capitalista
conseguiu derrotar a formação social do processo de transição anterior, mas, no
entanto, é obrigado a conviver nessa fase com resquícios de uma “sociedade
socialista invasora” que modificou profundamente aquelas sociedades. Os processos
revolucionários anteriores iniciaram algum tipo de transição para o modo de
produção comunista. Esses processos não se desenvolveram na forma de uma
evolução linear, foram interrompidos e sabotados pelo cerco do capitalismo, do
imperialismo e pelas contradições internas originárias desse cerco. Após a
expropriação da burguesia pelos processos revolucionários e uma vez desatado o
processo pós-capitalista de monopolização, centralização e planificação
econômicas, não é mais possível retornar as condições anteriores do modo de
produção capitalista pré-capitalista. Isso gera uma série de conquistas parciais
da sociedade em transição. A restauração do capitalismo não consegue destruir
de forma permanente e por completo ao conjunto das conquistas da sociedade em
transição criada pelo processo revolucionário. A história dos últimos 30 anos
revelou ser muito mais difícil destruir essas conquistas revolucionárias do que
anteriormente fora previsto, inclusive pelo movimento trotskista. Isto
modifica substancialmente o capitalismo da Rússia e da China e produziu novos
tipos daquilo que poderíamos chamar de “Estados capitalistas deformados”, que
evidentemente não são imperialistas. O capitalismo que foi restaurado é fraco,
não tanto face aos seus algozes e inimigos imperialistas, mas face à massiva “deformação”
pós-capitalista nas suas economias “capitalistas”. O capital financeiro e a
transferência sistemática de riqueza das economias menos desenvolvidas não
desempenharam nenhum papel no seu desenvolvimento pós-capitalista, e não há
nenhuma razão material para que isso aconteça agora.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dentro de uma formação social podem coexistir mais de um
modo de produção, de forma desigual e combinada. Neste caso, o modo de produção
pós-capitalista coexiste com 'elementos' (de uma “sociedade socialista,
invasora”) de ditaduras proletárias deformadas, que é, ao mesmo tempo, o germe
de um futuro modo de produção socialista. É importante lembrar, que em grande
parte do mundo semicolonial, o capitalismo coexiste com uma herança
pré-capitalista, e a China e a Rússia coexistem com uma herança
pós-capitalista.</p>
<p class="MsoNormal">Há uma qualidade clássica e dialética na realidade de que o
resultado da contrarrevolução que destruiu os estados operários deformados que
existiram durante várias décadas, deveria ser uma forma de estado capitalista
que incorpora grandes deformações e modificações que decorrem daquelas décadas
sem capitalismo, na medida em que o imperialismo ainda os vê como uma grande
ameaça ao seu domínio e à sua hegemonia.</p>
<p class="MsoNormal">Esses estados capitalistas deformados podem ser de tipos
heterogéneos, dependendo das especificidades da sua história e origens, e não
existe uma bandeira ideológica pré-ordenada que seja imperativa para as suas
tendências políticas dominantes necessariamente defenderem. Embora a China seja
governada pelo Partido Comunista, cuja ideologia é uma bastardização
capitalista do que era o “comunismo” stalinista, mas que na verdade não é mais,
a Rússia é governada pelo presidente cristão ortodoxo burguês (sui-generis) de
centro-direita, Vladimir Putin, líder do partido hegemónico e altamente popular
“Rússia Unida”, cuja autoridade provém em grande parte do programa e da prática
econômica, que beneficiaram enormemente a maioria dos russos desde o fim da
carnificina de Yeltsin.</p>
<p class="MsoNormal">Putin é uma espécie de bonapartista moderado que equilibra
as forças à sua esquerda e à sua direita. À sua esquerda está a principal
oposição, o Partido Comunista da Federação Russa (KPRF), o antigo Partido stalinista
que tem muitos comunistas subjetivos na sua base, mas ainda não determinou o
que realmente representa. À sua direita está a tendência amplamente
“eurasiana”, liderada de forma mais proeminente pelo filósofo Alexander Dugin,
que muitos no Ocidente apelidam de fascista, nacionalista russo, grande
imperialista russo, etc.</p>
<p class="MsoNormal">Um exame atento da política de Dugin revela que ele se opõe
ao nacionalismo étnico, rejeita todo o conceito de Estado-nação explicitamente
na teoria, e realmente olhando para trás na história conseguiu construir uma
lógica "cristã ortodoxa" para o apoio crítico a Lenin e As forças do
Partido Bolchevique de Trotsky na Guerra Civil de 1918-21 contra as forças da
Guarda Branca, principalmente cristãs ortodoxas, que ele muito perspicazmente
rejeita como ferramentas do imperialismo anglo-americano e, portanto,
escravizadores do povo russo (conforme elaborado em seu trabalho de 1997,
Fundamentos da Geopolítica). Assim, Dugin, a pressão da “direita” sobre Putin,
revela-se ainda tendo afinidade com o bolchevismo, o criador do Estado
operário, que ilustra de forma perfeita a peculiar influência deformante do Estado
operário do passado e do seu legado sobre o Estado capitalista atual. Um
suposto “fascista” que defende o apoio crítico ao bolchevismo, enquanto os
verdadeiros fascistas, como Hitler e Mussolini, foram movidos pelo ódio mais
virulento ao bolchevismo.</p>
<p class="MsoNormal">Estes estados burgueses pós-stalinistas deformados provaram
ser capazes, devido aos enormes ganhos produtivos (e desenvolvimentos
militares) que foram obtidos sem o capitalismo, de desafiar o capitalismo
imperialista de forma muito mais eficaz do que quaisquer semi-colónia rebelde.
São muito mais fortes do que qualquer semicolônia devido ao desenvolvimento
independente das forças produtivas que possuem. Em conjunto, a Rússia e a China
podem muito bem ser mais fortes do que os EUA, militar e economicamente. O
arsenal militar-nuclear da Rússia parece mais forte do que o dos EUA. Em vez
disso, à medida que os imperialistas declararam uma nova Guerra Fria cautelosa
mas acelerada contra eles (com elementos “quentes”, como a Ucrânia), eles
provaram ser capazes de liderar países capitalistas semicoloniais, há muito
forçados à dependência e à vassalagem dos imperialistas,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Revolta das Vítimas
do Imperialismo de Hoje</b></p>
<p class="MsoNormal">Temos efetivamente uma revolta de
numerosas semicolônias contra a hegemonia imperialista de natureza económica e política, animada nesse século XXI, pela primeira vez
na história, pela aproximação inédita entre Rússia e China contra o
imperialismo. Essa unidade entre os oprimidos, que tem como núcleo esses dois
gigantes países capitalista deformados por sua trajetória de Estados operários,
se ampliou sob a bandeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) e também da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Mas, foi a partir
da crise econômica do sistema imperialista que teve como epicentro os EUA em
2008 que foi dado o salto de qualidade. Com a estagnação derivada da crise nos
EUA e na União Europeia, a China passa o sistema imperialista e se torna a
principal relação da balança comercial da maioria dos países do mundo, substituindo
os centros imperialistas industrializados no mercado mundial logo a partir de
2009. Na década seguinte, o bloco composto por China e Rússia, depois de
capitular a intervenção militar da OTAN na Líbia, evitou cometer o mesmo erro
na Síria e na Ucrânia. Estava posto o início da segunda guerra fria. O bloco de
nações oprimidas estabeleceu limites para a política expansionista do capital
financeiro, a financeirização neoliberal, em suas economias; e limites para a
política de guerra híbrida contra os governos das demais nações. A expressão
contemporânea dessa resistência econômica e militar está na guerra da Rússia
contra a opressão do governo nazista da Ucrânia, apoiado pela OTAN, sobre as
províncias rebeldes russofonas da própria Ucrânia, no continente europeu; e no
levante múltiplo dos países africanos do Sahel e África Central contra a
dominação imperialista francesa. Simultaneamente, cresce a resistência
monetária ao dólar dos EUA, em todo o planeta, e ao franco CFA, na África
Central.</p>
<p class="MsoNormal">A OCX é um organismo especificamente
euroasiático, como outros recentemente criados. Os BRICS são uma associação
mundial criada no século XXI, assim como o Banco dos BRICS (o Novo Banco de
Desenvolvimento), um contraponto aos mecanismos de controle internacional monetário
do imperialismo, como Banco Mundial e FMI. Em 2013, a China lançou a Nova Rota
da Seda sob o nome de Iniciativa do Cinturão e Rota (em inglês: Belt and Road
Initiative, BRI). A iniciativa chinesa vem sendo comparada pelo ocidente como
uma espécie de Plano Marshall chinês para expandir o poder brando chinês. Mesmo
do ponto de vista puramente do montante de investimentos envolvidos, o plano é
várias vezes superior ao plano Marshall, em valores atualizados. Do ponto de
vista das relações de controle sobre os países que são receptores dos
investimentos chineses, não tem se repetido as formas de coerção imperialistas
e chantagens pela adoção de políticas econômicas ditadas pelos credores típicas
das dos Banco Mundial e FMI.</p><p class="MsoNormal"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTS8lLfF1Bg3dNWgzeDwX-PJ8Ip0NK9wC-hntpzSQvuwZPRxLYGVD59G7BUX-vEfEzNmlrI2cK0xLoU9bXgZ8lopS21dYMNQ2BGSXd4jAiraBGwRhkNS6E7Vmhf6ToL4C_MNnNkAFMDAnF8-hM9TFl8KJAK-0BXgewoj8lFtLKO21aw0hIpGRqZ7BTIVZA/s1024/Map-of-countries-of-the-Belt-and-Road-Initiative-BRI--1024x656.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="1024" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTS8lLfF1Bg3dNWgzeDwX-PJ8Ip0NK9wC-hntpzSQvuwZPRxLYGVD59G7BUX-vEfEzNmlrI2cK0xLoU9bXgZ8lopS21dYMNQ2BGSXd4jAiraBGwRhkNS6E7Vmhf6ToL4C_MNnNkAFMDAnF8-hM9TFl8KJAK-0BXgewoj8lFtLKO21aw0hIpGRqZ7BTIVZA/w640-h410/Map-of-countries-of-the-Belt-and-Road-Initiative-BRI--1024x656.png" width="640" /></a></td></tr></tbody></table></p><p class="MsoNormal">Até abril de 2023 148 países assinaram memorandos com a China de cooperação do BRI</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal">Esses organismos BRICS, BRI, OCX,
etc. sobrepõem-se em várias camadas novas de relações entre os países oprimidos.
Apesar do impulso de guerra imperialista e das sanções econômicas contra
a Rússia, e da ameaça de “sanções” contra qualquer país fora do “clube”
imperialista que não adira às sanções. 20 países candidataram-se para aderir ao
BRICS, incluindo Argentina, Argélia, Arábia Saudita, Egito, Irã, Indonésia e
muitos mais. Seis estão agora a juntar-se à primeira fase – com provavelmente
mais 10 a seguirem-se até à cimeira dos BRICS 11 de 2024, em Kazan.</p>
<p class="MsoNormal">Os BRICS têm algo do sabor do Movimento dos Não-Alinhados
(MNA) liderado por Nkrumah, Nasser, Nehru, Sukharno, etc., juntamente com o
dissidente Tito no início do período pós-guerra. Embora ainda
exista formalmente, sua influência é muito diminuída. O MNA pretendia manobrar
entre os EUA e o bloco soviético na Guerra Fria, compreendendo que a maioria
dos países semicoloniais e as suas burguesias tinham grandes divergências de
interesse com ambos. Mas agora, nessa segunda guerra
fria, o BRICS em fase de expansão, são parte do bloco não imperialista. Há
muito mais pontos em comum entre esses países e a Rússia e a China. A maioria
dos estados burgueses semicoloniais vê os dois ex-estados operários como almas
gémeas, mas mais poderosas. Como vem mudando a relação de forças contra a
dominação imperialista, a partir da Síria e agora com a Ucrânia, quando as
sanções imperialistas contra a Rússia favoreceram a economia de Moscou,
torna-se cada vez menos problemática e cada vez mais ousada, como desafio ao
imperialismo, as relações erroneamente chamadas de sul-sul. Poucos levam a
sério o “comunismo” verbal da China e a Rússia não tem tal obstáculo
ideológico, nem mesmo formalmente. Assim, a principal agência de desafio à
hegemonia dos EUA em favor do mundo multipolar é o BRICS.</p>
<p class="MsoNormal">Tem havido algumas indicações surpreendentes de mudanças no
mundo em detrimento da hegemonia imperialista dos EUA que foram levadas ao auge
pela guerra na Ucrânia. A desdolarização, o abandono do dólar americano como
moeda habitual de realização das transacções internacionais – anteriormente
quase independentemente de quem negocia com quem – tornou-se um grande
movimento. Isto é uma ameaça à estabilidade financeira e ao poder militar dos
EUA, uma vez que os EUA têm sido capazes, durante muitas décadas, de preencher
virtualmente um cheque em branco para os seus militares, com base nos ganhos
recebidos do dólar, que é praticamente a moeda dominante no comércio
internacional. A sua rede mundial de bases militares é financiada através deste
mecanismo. A ascensão do bloco Rússia-China ameaça tudo
isso com sua própria rede de investimentos, em suas próprias moedas e já
contagia controles monetários e financeiros exercidos por países imperialistas
de segunda linha como a França e seu CFA na África Central.</p>
<p class="MsoNormal">Um índice surpreendente de como as coisas estão a mudar é o
do outrora chamado Médio Oriente, cada vez mais
denominado de Sudoeste Asiático, ou Ásia Ocidental, uma mudança linguística
resultante das mudanças geopolíticas. Em acordos mediados pela
diplomacia chinesa, a Arábia Saudita e o Irã, que têm estado num estado de
antagonismo amargo durante muitos anos, como ficou mais claramente expresso na
guerra no Iémen, restauraram relações diplomáticas plenas, e a guerra no Iémen
está aparentemente a terminar. Tanto a Arábia Saudita como o Irã aderirão ao
BRICS no dia 1ºJaneiro de 2024, com os Emirados Árabes Unidos. A Síria, cujo
governo Assad os EUA e os seus aliados tentaram derrubar de forma semelhante à
Líbia e foram impedidos de o fazer porque a Síria recebeu o apoio armado da
Rússia, foi agora restaurada como membro da Liga Árabe depois que governos que
historicamente tem sido títeres dos EUA terem abandonado suas hostilidades em
relação a Damasco. Os EUA estão na defensiva no Sudoeste
Asiático e a China também fez exigências para uma resolução da questão
Israel-Palestina, que certamente se revelará muito mais difícil devido ao
problema da sobreposição da classe dominante de Israel com a dos países
ocidentais. – a base material do muito poderoso lobby israelense.</p>
<p class="MsoNormal">Mas a questão mais ampla é se este conceito de um mundo
multipolar é de alguma forma um antídoto para o capitalismo imperialista. E a
resposta tem que ser de profundo ceticismo em relação a isso. O desenvolvimento
capitalista criou um clube exclusivo de potências capitalistas monopolistas que
basicamente enriqueceram enormemente às custas da maior parte da população
mundial durante um século e meio, com alguns séculos de preparação antes disso
através do mercantilismo e da acumulação primitiva de riqueza, através de meios
como o renascimento da escravatura de trabalhadores
como bens móveis, à escala industrial. A escravidão capitalista só foi
eliminada quando entrou em contradição tanto com a luta pela libertação por
parte desses próprios trabalhadores, quanto com a expansão do mercado
consumidor mundial capitalista. O problema é que um mundo multipolar não
elimina essas potências imperialistas, que inevitavelmente reagirão de alguma
forma, seja em conjunto ou separadamente. A hegemonia dos EUA não é a única
forma possível, e a OTAN que é a expressão atual da dominação imperialista.
Vale a pena recordar que entre as duas guerras mundiais não houve uma hegemonia
imperialista indiscutível – esse papel foi contestado entre a Alemanha, a
Grã-Bretanha e os Estados Unidos e a disputa armada resultante mergulhou o
mundo inteiro na guerra. Tal desenvolvimento no futuro poderia destruir a
própria humanidade.</p>
<p class="MsoNormal">O imperialismo é coerente nos seus objetivos socioeconômicos,
embora possa ser desorganizado por desafios inesperados de outras forças. Não
desaparecerá simplesmente num “mundo multipolar” pacífico. O leão não se
deitará humildemente com as suas vítimas para um bem maior – para o
imperialismo, a maioria da humanidade é apenas alimento para a exploração. O
problema que enfrentam é uma crise histórica – o próprio sistema imperialista declinou através do declínio das taxas de
lucro nos países avançados como resultante dos 30 anos
dourados de expansão (1945-1975), ao ponto que a solução encontrada para isso, a
externalização da força de trabalho industrial, os esquemas de mão-de-obra
barata no estrangeiro e as fraudes financeiras exponencialmente aplicadas no
mercado de papéis especulativos (que podem explodir novamente em uma nova crise
em breve, como registram as quebras bancárias de 2023 nos EUA e UE) não apenas
não sustentam o sistema como criaram uma poderosa situação antítese global
contra a globalização do sistema imperialista, a partir da multiplicação do
proletariado industrial no resto do mundo não imperialista, países oprimidos
poderosamente industrializados. Esta é uma contradição inerente ao
próprio capitalismo, como apontou Marx, e afeta todo o capitalismo.</p>
<p class="MsoNormal">A criação de estados capitalistas pós-stalinistas deformados
como a Rússia e a China, uma nova forma anómala de capitalismo não-imperialista
que utiliza o poder do Estado para compensar os impulsos mais irracionais do
capital, não pode ser simplesmente reproduzida. Porque é necessária a criação
de um Estado operário fundamentalmente falho, e depois a sua ruína, para criar
tal Estado. E outro paradoxo é que foi a força global dos estados imperialistas
existentes ao longo de quase um século e meio que permitiu que esses mesmos
imperialismos atuassem como um clube exclusivo e bloqueiem o desenvolvimento de
outras potências capitalistas em concorrentes imperialistas. Assim, o único
novo imperialismo criado no final do século XX, que não surgiu organicamente,
mas foi transplantado, foi Israel.</p>
<p class="MsoNormal">Existe a possibilidade de que uma derrota estratégica dos
imperialismos existentes por parte destes estados burgueses deformados possa
ter o efeito de criar o espaço político e econômico para a cristalização de
novos estados imperialistas. Os estados semicoloniais mais desenvolvidos que
estão a aderir ao movimento dos BRICS podem muito bem receber os meios de
desenvolvimento econômico ao ponto de serem capazes de explorar países semicoloniais
menos poderosos e, assim, começarem a comportar-se eles próprios como novos
imperialismos. Isto parece ser uma possibilidade, por exemplo, no caso da Índia
ou da Indonésia, cujo rápido desenvolvimento econômico não é restringido por
qualquer tipo de deformidade herdada de uma revolução social anterior.</p>
<p class="MsoNormal">E, acima de tudo, está a questão da destruição palpável do
clima mundial pelo capitalismo com a sua indústria de combustíveis fósseis, um
problema que só pode ser resolvido com o fim da motivação do lucro como força
motriz do desenvolvimento econômico, e a sua substituição pelo planejamento econômico
em a nível global para tornar possível transformar a produção de energia
mundial para utilizar meios que não destruam o ambiente para a habitação humana.
O que está acontecendo atualmente, e não lentamente.</p>
<p class="MsoNormal">Mesmo que os sonhos mais loucos dos teóricos do “mundo
multipolar” sejam realizados, e um novo mecanismo mundial de colaboração
voluntária entre partes distintas do planeta seja capaz de trazer uma nova
racionalidade sustentada às relações internacionais, isso não resolverá o
problema fundamental: a humanidade ainda será afetada pelas contradições do
capitalismo.</p>
<p class="MsoNormal">Este momento contraditório na história do capitalismo nunca
teria sido possível sem a revolução socialista dos trabalhadores e camponeses
de 1917 na Rússia, e depois a revolução secundária, derivada, mas enorme, dos
exércitos camponeses de Mao na China que conduziu ao novo triunfo mundial da
classe trabalhadora em 1949. Será uma situação transitória, a menos que o
problema apontado anteriormente, da dominação do movimento operário,
particularmente nos países avançados, por direções social-imperialistas, em guerra
com aqueles que defendem a perspectiva revolucionária dos Bolcheviques, seja
resolvido de forma progressista. Para resolver esta questão tem de ser criada
uma nova Internacional Comunista, com raízes profundas nos próprios países
imperialistas, capaz de resistir à pressão imperialista e prevalecer. Um
sucessor das tentativas anteriores da Terceira e Quarta Internacionais que por
diversas razões caíram no esquecimento.</p></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-78806140384121840312023-09-03T14:13:00.007-07:002023-09-03T14:13:58.505-07:00ARGENTINA: Pela unidade dos trabalhadores contra o imperialismo e o fascismo!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzS1clo1QbOeq41VhbmbHDj7ByN5Y1GZapqKD2XoOuzPyNAGzLLQa7oQOJRCQtczxvXMbR_lIRGCcpMlb9X2KrMAkjVTVVRUbE2P7lvimfV66EzvUYzc7Hz40b_p1fK6I0XQldM53swyY3HkbONRdpWDdxvfy-lKZ-w8Pjkvxs26Gkux-7zWgH6vVL-yuq/s398/siempre.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="398" height="618" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzS1clo1QbOeq41VhbmbHDj7ByN5Y1GZapqKD2XoOuzPyNAGzLLQa7oQOJRCQtczxvXMbR_lIRGCcpMlb9X2KrMAkjVTVVRUbE2P7lvimfV66EzvUYzc7Hz40b_p1fK6I0XQldM53swyY3HkbONRdpWDdxvfy-lKZ-w8Pjkvxs26Gkux-7zWgH6vVL-yuq/s1600/siempre.jpeg" width="640" /></a><br /><br /> <br />Todos na Plenária Nacional do 21F no dia 8 de setembro!<br /><br />Comitê de Ligação pela IV Internacional<br /><br /><br />Devido à complexidade da sociedade civil argentina e às conquistas da luta contra a ditadura militar (1976-1983), a ofensiva imperialista às vezes precisa se realizar por meio de eleições, como aconteceu com Mauricio Macri, ao contrário de outros países latino-americanos onde ocorreram golpes parlamentares, apoiados pelos poderes das forças armadas, judiciais e midiáticas (Brasil, 2016, Bolívia, 2019, Peru, 2022).<div><br />A recente projeção adquirida por dois fortes candidatos fascistas da burguesia argentina, Javier Milei e Patricia Bulriich, mostra que os agentes do imperialismo atingiram um nível mais elevado da sua escalada golpista no país. Imediatamente perpetraram uma <a href="https://www.metropoles.com/mundo/argentina-vive-madrugada-de-caos-com-onda-de-saques-e-violencia-veja" target="_blank">onda de saques</a>, organizada artificialmente pela direita, aproveitando-se da crescente miséria social do país.<br /><br />O governo peronista de Fernández tenta se equilibrar entre o grande capital e os trabalhadores argentinos que nele votam, buscando a impossível tarefa de reconciliar as classes sociais inimigas, o que resulta no empobrecimento do povo e no enfraquecimento político do governo. O governo não estava disposto a enfrentar a chantagem imperialista e a organizar o povo para defender uma política soberana de desenvolvimento nacional contra o imperialismo e os patrões, razão pela qual lançou uma candidatura da ala direita do peronismo, Massa, para mediar a sua relação com o Estados Unidos, Unidos e com a UE.<br /><br />Devido à sabotagem da economia argentina pelo FMI, houve um salto de qualidade na sua aproximação com a China, que assumiu parte da dívida da Argentina com o FMI, com Pequim substituindo o papel de credor que o FMI (o Banco imperialista) vinha cumprindo em relação a Buenos Aires, com recursos provenientes do câmbio entre os dois países.</div><div><br /></div><div>Durante as últimas quatro décadas, o FMI tem sido um dos principais agentes de controle da economia argentina pelo capital financeiro internacional ligado ao sistema imperialista global. Na Cimeira dos BRICS de 2023, em Joanesburgo, foi acordado que a Argentina aderiria aos BRICS em janeiro de 2024.</div><div><br />O imperialismo corre contra o tempo e pretende abortar o rumo de alinhamento da Argentina com o bloco de nações opostas ao bloco hegemónico liderado pelos EUA, conduzindo o governo e o poder argentino a uma coligação fascista que rompa relações com a China, com o Brasil, aborte a entrada nos BRICS e, contra a corrente da economia mundial, deseja dolarizar a economia argentina. Como muitos analistas têm anunciado, a vitória do fascismo levará o país de uma crise económica ao caos social, um terreno favorável ao fascismo. Tal como as candidaturas fascistas já anunciaram, vêm impor um ataque brutal à vida da população para conseguir a recolonização do país com base na repressão brutal.<br /><br />Como bem resume o manifesto da multissetorial 21F:<br /><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;">“A direita, seja com Milei ou com Bullrich, vem para tudo: para a destruição dos sindicatos e do modelo sindical por filiais, para acordos coletivos e fim da ultraatividade, para a eliminação das compensações, para desvalorizações muito mais brutal pior do que o que estamos a viver, devido à privatização de empresas públicas e à entrega directa de todos os nossos recursos naturais a fundos prósperos. E vieram determinados a impor tudo isso com repressão, custe o que custar, e independentemente da saúde dos trabalhadores." ( <a href="https://somosalameda.org.ar/convocatoria-al-plenario-nacional-de-la-multisectorial-21f-ponernos-la-patria-al-hombro-para-derrotar-al-fascismo/">CONVOCAÇÃO À PLENÁRIA NACIONAL DO MULTISSECTOR 21 F</a> )</div></blockquote><div><br />A primeira e imediata tarefa dos trabalhadores na Argentina e em toda a América Latina é esmagar o fascismo e derrotar todos os agentes do imperialismo para não permitir que a crise se transforme em caos e ao mesmo tempo continuar a lutar por empregos, salários e uma vida digna. para todos."<br /><br />Por esta razão, unimo-nos ao apelo do 21F multissetorial para a convocatória da Sessão Plenária Nacional na sexta-feira, 8 de setembro, às 10h00, contra o fascismo. O 21F é um fórum multissetorial ligado aos movimentos sindicais e sociais ligado ao peronismo e ao Papa Francisco. A TMB também publica e divulga o apelo, apesar das nossas diferenças com o peronismo e com o Papa, por reconhecer o grave momento em que a Argentina é o dominó a cair devido aos golpes de estado e ataques contra-revolucionários do imperialismo.<br />--------------------------------------<br /><br /><br /><br />Abaixo da <a href="https://somosalameda.org.ar/convocatoria-al-plenario-nacional-de-la-multisectorial-21f-ponernos-la-patria-al-hombro-para-derrotar-al-fascismo/">Declaração de 21F</a><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAT9u9-LfhVYFKzM1OBNZr9UzJYBDlScBaJgPvq5b_8VugnLYDrOa83kwaqAmiCAxKA-YFrQ6rBi5vWm8VfBFJ9adi7VMEK8HDEg7qNqxq3Z7kwvXs7zDeqnhl34Sx-BN-x72oHtNudy29IztkW43i6Q59zNMxOK8YmHATnlBUOOl6_dTlxuaZtuDoFI4M/s1200/21F-a5a77630-1d10-4098-b511-1ad1a47364e2.jpeg"><img border="0" height="361" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAT9u9-LfhVYFKzM1OBNZr9UzJYBDlScBaJgPvq5b_8VugnLYDrOa83kwaqAmiCAxKA-YFrQ6rBi5vWm8VfBFJ9adi7VMEK8HDEg7qNqxq3Z7kwvXs7zDeqnhl34Sx-BN-x72oHtNudy29IztkW43i6Q59zNMxOK8YmHATnlBUOOl6_dTlxuaZtuDoFI4M/w640-h361/21F-a5a77630-1d10-4098-b511-1ad1a47364e2.jpeg" width="640" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp01esP6MZs1GpNriS_at9FxCy9VBRz9HSwIfN_KrXhOC-Y190dt6m3MyPKIL3_Rwfy5HJdgIGjevtVAXzq7VbfvKxCzlAiZk9sdY9cme1xkurKuFVU4maeN6F3DYZoP-4jeA06w6lEyZkbr2DGpop6Qih8qfuNvvYsTsPHXq3AEVBFh8y_8g-UWPsFTpv/s1940/21F-Convocatoria1b.png"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp01esP6MZs1GpNriS_at9FxCy9VBRz9HSwIfN_KrXhOC-Y190dt6m3MyPKIL3_Rwfy5HJdgIGjevtVAXzq7VbfvKxCzlAiZk9sdY9cme1xkurKuFVU4maeN6F3DYZoP-4jeA06w6lEyZkbr2DGpop6Qih8qfuNvvYsTsPHXq3AEVBFh8y_8g-UWPsFTpv/w356-h640/21F-Convocatoria1b.png" width="356" /></a><br /><br /><br /><br />PONDO O PAÍS NO OMBRO PARA DERROTAR O FASCISMO CONVOCAÇÃO<br />PARA A PLENÁRIA NACIONAL DO MULTI-SETORIAL 21 F<br />Sexta-feira, 8 de setembro, na Biblioteca dos Caminhoneiros, às 10h.<br /><br /><br />Aos nossos queridos colegas da Multissetorial 21 F<br /><br />Apelamos a todos os 21F multissetoriais que desempenharam um papel destacado na resistência ao governo neoliberal de Macri, na construção da unidade do campo popular e durante a pandemia, para que se reorganizem rapidamente neste momento decisivo para a Pátria.<br /><br />A direita, seja com Milei ou com Bullrich, vem para tudo: para a destruição dos sindicatos e do modelo sindical por ramo, para os acordos colectivos e o fim da ultraactividade, para a eliminação da compensação, para desvalorizações brutais muito piores que as aquele que estamos a viver, devido à privatização de empresas públicas e à entrega directa de todos os nossos recursos naturais a fundos abutres. E vêm determinados a impor tudo isso com repressão, custe o que custar, e sem se importar com o destino dos trabalhadores.<br /><br />O 21 F nasceu da luta contra estes planos antioperários e sempre teve como lema “Colocar a Pátria sobre os nossos ombros” e para além dos erros que o nosso governo da Frente de Todos cometeu, a desilusão que produziu em amplos sectores da população, e até mesmo das dúvidas que alguns possam ter em relação a este ou aquele candidato, é indiscutível que TUDO SERÁ MUITO PIOR se o Peronismo perder, e que DENTRO do Peronismo podemos continuar lutando por uma aposta distributiva com justiça social e por muitos dos pontos que reivindicamos em nosso programa de 21 pontos.<br /><br />Sabemos que diversas organizações multissetoriais continuaram com o trabalho social, comunitário e produtivo, e outras permaneceram praticamente unidas, embora com cada grupo desenvolvendo seu trabalho separadamente, mas alertas caso alguma emergência nos convocasse novamente. A urgência chegou e o fascismo está ao virar da esquina.<br /><br />Sabemos que muitos camaradas do 21F apoiaram a fórmula de Massa, outros de Grabois, outros de Moreno, outros de Schiaretti e até mesmo Libres del Sur ou algum candidato de esquerda nas últimas primárias. Mas agora, face ao avanço do fascismo, é imperativo atacar todos juntos na mesma direcção e impedir que a direita ou a extrema-direita voltem a governar na Argentina.<br /><br />Por tudo isso, convocamos uma plenária nacional com a presença do nosso inspirador e maestro Pablo Moyano, na próxima sexta-feira, 8 de setembro, na Biblioteca dos Caminhoneiros, às 10h. Para quem é da Capital, Província de Buenos Aires, ou quem pode vir, está convidado a participar pessoalmente. Para todos os colegas do interior do país, que não podem viajar, poderão participar pelo Zoom de Ushuaia a La Quiaca.<br /><br />Neste plenário não nos concentraremos na aprovação de projetos de lei ou de estágios, mas em como redobrar a campanha em todo o país para convencer os mais de 11 milhões de compatriotas que, por desilusão e raiva, não foram votar. E falaremos com a verdade, sem esconder os graves problemas que existem, mas não sem avisar que tudo poderá ser infinitamente pior com a volta do direito ao poder. E como nos ensinou San Martín: “Quando a Pátria está em perigo, tudo é permitido, menos não defendê-la”.<br /><br />O 21F foi a espinha dorsal da resistência quando o macrismo venceu em 2017 e com greves, mobilizações e muita militância viramos a situação e conseguimos derrotar a direita. Hoje a Pátria exige que voltemos a campo e coloquemos novamente a Pátria sobre nossos ombros para continuar lutando por uma Argentina justa, livre e soberana e para receber nosso querido Papa Francisco no próximo ano, com um governo peronista.<br /><br />No dia 8 de setembro, às 10h, presencial ou virtual, esperamos todos vocês.<br /><br />Pablo Moyano<br />Secretário Geral da CGT<br /><br />Gustavo Vera<br />Diretor do Comitê Executivo de Combate ao Tráfico e Exploração de Pessoas<br /><br />Coordenação Federal do 21F<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-62488917285611409962023-08-29T22:39:00.002-07:002023-08-29T22:39:41.674-07:00Enquanto comunidades recebem ameaças de morte, governador do Estado acena para ameaçadores<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFnoNmAhXOW8XT3D7drzuNH-bohufCpkR99kFlJZbxoMpKCo48HUgN6DY22wPOrXjk2v3FudLRlWdx129QukNh_BSKCny29fNsqvY0W3jKV7EtS6cVEBHv9saHPruntKMOezhFB7KgdhQ0TEEoKYMfBoSIIgj1jZjG3KcjD1W_1TQNgwhcbXdqPpSIsAiL/s400/PanfletagemJaguaruana.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="225" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFnoNmAhXOW8XT3D7drzuNH-bohufCpkR99kFlJZbxoMpKCo48HUgN6DY22wPOrXjk2v3FudLRlWdx129QukNh_BSKCny29fNsqvY0W3jKV7EtS6cVEBHv9saHPruntKMOezhFB7KgdhQ0TEEoKYMfBoSIIgj1jZjG3KcjD1W_1TQNgwhcbXdqPpSIsAiL/s1600/PanfletagemJaguaruana.jpg" width="360" /></a></div><br /><p>Por <a href="https://opaorganizacaopopular.blogspot.com/2023/08/enquanto-comunidades-recebem-ameacas-de.html" target="_blank">Equipe de Comunicação da OPA</a></p><p>É emblemático! Enquanto oitenta famílias agricultoras Sem Terra saíram às ruas de Jaguaruana (26/08), entregando panfletos e conversando com a população a respeito da luta que ora enfrentam no município para produzir alimentos saudáveis, recebendo todo tipo de ameaça da parte de empresários do camarão (carcinicultores) e políticos locais, a imprensa noticia que o governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas, acena para ampliar privilégios ao mesmo grupo de empresários.</p><p>A atividade empresarial de criação de camarão é uma conhecida devastadora da natureza. Além do uso intenso de produtos químicos, do alto desmatamento e de uma absurda concentração da propriedade da terra, pesquisas revelam que, para se produzir 01 Kg de camarão neste modelo, são necessários de 60 a 80 mil litros de água.</p><p>“Estão matando nosso rio, envenenando nossa terra. A carcinicultura devasta tudo que encontra pela frente! Aí quando nós, agricultores, ocupamos as fazendas abandonadas e degradadas por eles para produzir alimentos saudáveis e criar nossos filhos, nos ameaçam de morte. Dizem que vão expulsar a gente na bala. Mas nós vamos resistir. É direito nosso, e agora estamos aqui na rua explicando isso para o povo”, denuncia emocionada Solange Silva, da Ocupação Gregório Bezerra.</p><p>No panfleto distribuído constam imagens da produção de alimentos nas duas comunidades onde moram as famílias que participaram da panfletagem: a Gregório Bezerra e a Ocupação Dom Fragoso.</p><p>“Produzimos na terra recebendo ameaça toda hora, quando deveríamos era receber incentivos, que são nossos direitos. Todos os dias nós pegamos água a 2 quilômetros na carroça para aguar as plantas. Dois para ir, dois para voltar. Imagina isso aqui com um poço, como seria? Já lutamos por mais de uma, duas, três vezes para o governador receber nossa comissão para encaminhar nossa pauta. Ele promete que vai receber, mas nunca recebe. Como acabar com a fome sem resolver a questão da terra, me diz? Como?!, relatou seu Zé Catarina, da Ocupação Dom Fragoso.</p><p>Segundo a imprensa, o governador do Ceará trabalha para simplificar licenças ambientais para a carcinicultura, o que acarretaria uma devastação ainda maior.</p><p>As duas comunidades fazem parte da Organização Popular (OPA) e, juntas a outras tantas espalhadas pelo Ceará, que passam por problemas semelhantes, lutam para que os governos estadual e federal encaminhem a solução das reivindicações apresentadas.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-11006245733739739672023-08-27T11:17:00.001-07:002023-08-27T11:17:17.064-07:00 Zanin chegou para somar à justiça dos ricos, escravocratas e brancos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMzrb1cIXx6ktMW1i1HFg3dOMvDSuxfPNcdSKXNu9YhxTmicGvg2F1Enju0uykuBUoUivZuwdmK0Q1WcFI5oRVXlUJ5XgK8OnTf9wcjek-HxY2JwjSf3OvhardZ1tOmiWL8ULbdHRcRtg33E0LTR1bqzgsfZi57y9am0H43XppE1OG7DznOG5g53lQ-fP0/s474/zanin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="474" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMzrb1cIXx6ktMW1i1HFg3dOMvDSuxfPNcdSKXNu9YhxTmicGvg2F1Enju0uykuBUoUivZuwdmK0Q1WcFI5oRVXlUJ5XgK8OnTf9wcjek-HxY2JwjSf3OvhardZ1tOmiWL8ULbdHRcRtg33E0LTR1bqzgsfZi57y9am0H43XppE1OG7DznOG5g53lQ-fP0/s1600/zanin.jpg" width="640" /></a></div><br /><p>Humberto Rodrigues</p><p><br /></p><p>Zanin apareceu no cenário político fazendo a defesa do Lula contra o lawfare que se estabeleceu da Lava-Jato contra o PT e seus dirigentes.</p><p>Agora, como novíssimo ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin debutou votando pela criminalização dos pobres em pequenos furtos e pela manutenção da criminalização das drogas, mesmo da maconha para uso pessoal e medicinal.</p><p>Zanin votou para manter a condenação de dois homens pelo furto de um macaco hidráulico, dois galões para combustível e uma garrafa contendo óleo diesel, avaliados em R$ 100. Desse modo, seu voto foi reacionário inclusive do ponto de vista do direito burguês, pois o mesmo reconhece o princípio da insignificância, quando o suposto crime de furto envolve valores muito baixos, como carnes, leite, e utensílios de pequeno valor que quando criminalizado condena trabalhadores a passar anos na prisão. Esse tipo de furto, obviamente, aumenta junto com a miséria crescente da população. Para ser justa a justiça precisa estar sensível com a realidade da população, o que não ocorreu com o voto de Zanin.</p><p>Agora com seu voto medieval no STF na questão das drogas, Zanin se apresenta em favor da política de guerra as drogas do imperialismo. A “guerra as drogas” é uma política do Estado imperialista repassada para os Estados capitalistas vassalos e seus aparatos repressivos. O tráfico de drogas é um empreendimento multinacional do capital, que simultaneamente usa de uma dupla moral contra as periferias dentro dos países e no mundo, contra os bairros proletários e contra os povos oprimidos.</p><p>Lawfare é guerra jurídica. A lei antidroga com a qual Zanin corrobora é uma espécie de lawfare utilizada pelas polícias racistas e pelas milícias, pela justiça dos ricos (sendo a burguesia a maior e principais consumidora da droga) e delegados contra consumidores pobres de drogas, pretos e contra qualquer pessoa que more em um bairro proletário, como justificativa para o terror estatal-policial. Essa política a qual o novíssimo ministro do STF se associa com a continuidade da política da justiça dos ricos, escravocratas e brancos contra o nosso povo excluído, em favor do encarceramento em massa. O jornal do Grito dos Excluídos, edição 2023 acertadamente assim critica o encarceramento em massa no Brasil:</p><p style="text-align: left;"></p><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><p><br /></p><p>“O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 909.061 pessoas presas. Desse total, 44,5% são provisórios, sem julgamento, sem condenação (Conselho Nacional de Justiça – CNJ/2022). Os números mostram que 60% dos que estão presos hoje são negros, pobres e sem escolaridade (INFOPEN, 2017). Segundo estudos, essa é a parcela da população com maiores chances de ser presa por tráfico de drogas e com menos chances de conseguir ser solta em audiência de custódia.” (Jornal Grito dos Excluídos, Ano 29 – NÚMERO 79 – MAIO/JUNHO 2023)</p></blockquote><p></p><p style="text-align: left;"><br />Todo o movimento dos trabalhadores precisa se posicionar contra a justiça dos ricos e sua aporofobia legalizada contra os pobres, contra a maioria da população, contra os trabalhadores.</p><p><br /></p><p><b>Nossa posição sobre a justiça burguesa</b></p><p><br /></p><p>Seguimos a linha dos Bolcheviques Leninistas franceses que elaboraram seu “Programa de Ação” de 1934 defendendo abolição da justiça da burguesia, elegibilidade direta e revogabilidade de mandatos de todos os juízes, defensores públicos, magistrados, extensão do júri popular para todos os crimes e delitos, defendendo que o próprio povo faça justiça. [1].</p><p>Deixamos claro que ao levar as formas representativas ao sistema judicial não depositamos expectativas nele, mesmo que estas reformas democráticas do judiciário venham a ser concretizadas, em si mesmas não mudariam o caráter de classe de tal poder burguês. Também no trato da "coisa julgada" defendemos os direitos civis da população trabalhadora contra os interesses da "justiça dos ricos".</p><p>Seguindo as melhores tradições bolcheviques-leninistas, não compartilha das ilusões reformistas e moralizantes nas instituições políticas da burguesia, que servem como trincheira de defesa de seus interesses de classe.</p><p>Defendemos a criação de tribunais populares sob o controle da população trabalhadora e o fim de todas o aparato repressivo, tribunais burgueses e prisões antiioperários, racistas e machistas, inimigos mortais da revolução social e do conjunto do proletariado. Isto é válido tanto contra a justiça burguesa no plano nacional quanto contra a justiça imperialista no plano mundial que acentua suas condenações, sanções, punições contra os povos oprimidos e seus representantes políticos nesse momento, com foi o próprio lawfare contra Lula e o PT, alvos da do ataque geopolítico do imperialismo contra os BRICS. Devido ao aprofundamento da crise do sistema imperialista mundial, a justiça dos capitalistas e seus serviçais encastelados em seus órgãos de dominação política, aprofundam ainda mais os ataques aos minguados direitos democráticos dos cidadãos trabalhadores, perpetuando assim, as relações de opressão e exploração sobre o conjunto da população explorada.</p><p><br /></p><p><b>Nossa posição sobre as drogas</b></p><p><br /></p><p>Defendemos intransigentemente o direito do controle das pessoas sobre seu próprio corpo, ou seja, ao suicídio, à prévia determinação da eutanásia, ao aborto, a usar os adereços que bem entendam (véus, tatuagens, piercings, silicone,...). Nestes marcos, somos favoráveis à descriminalização das drogas ilegais.</p><p>Mas, uma coisa é defender O DIREITO ao uso de drogas, como parte da luta pelo controle do corpo contra o capital, outra coisa é usar drogas e renunciar, pela via química, ao controle da consciência. Mesmo defendendo a liberdade do uso das drogas ilegais e legais, o marxismo revolucionário considera o uso regular e sistemático dos entorpecentes e do álcool como alienantes. Assim como a religião é o ópio do povo, o “ópio”, ou seja, o conjunto das drogas, obviamente, é o próprio “ópio do povo”, bem utilizado pelo imperialismo para desmoralizar e entorpecer suas vítimas e pelos Estado capitalista para o controle social de minorias. Como afirma o militante negro estadunidense, preso no corredor da morte, Mumia Abu Jamal “a maconha, a cocaína, o LSD e a heroína... foram usadas para destruir a população negra dos EUA”. Um dos dividendos principais da intervenção imperialista na Colômbia, ex-Iugoslávia (Kosovo) e Afeganistão é o aumento do controle do tráfico de drogas em escala planetária pelos cartéis de Washington. O consumo de drogas de efeito mais destrutivo como o crack é cinicamente administrado pelo Estado para exterminar uma parcela da juventude lumpemproletarizada. Em dezembro o Ministério da Saúde declarou que existem 1,2 milhões de pessoas viciadas em crack no Brasil, com perspectiva de causar 300 mil mortes nos próximos 6 anos. A manipulação do tráfico de cada droga para diferentes nichos sociais tem fundamentos diferenciados para o capitalismo cuja perversão vai além dos lucros que a mesma fornece como mercadoria.</p><p>Ainda que as “marchas da maconha” que defendem a descriminalização do uso de drogas possuam uma nítida composição de jovens de classe média, os marxistas formulam suas posições a partir da ótica do que é mais progressivo para os trabalhadores. Se buscamos que os explorados rompam com a alienação da ideologia burguesa e que o proletariado se converta em classe para si, arrastando consigo a juventude, a pequena burguesia e setores semi-proletários, devemos nos posicionar contra o entorpecimento das consciências provocado pelo uso constante das drogas.</p><p>Para os bolcheviques, assim como a religião, as drogas devem ser um tema privado para o Estado, mas não para o partido revolucionário. Lenin afirma:</p><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: left;">“Exigimos que a religião seja um assunto privado em relação ao Estado, mas não podemos de modo nenhum considerar a religião um assunto privado em relação ao nosso próprio partido (...) Em relação ao partido do proletariado a religião não é um assunto privado. O nosso partido é uma associação de combatentes conscientes e de vanguarda pela libertação da classe operária. Essa associação não pode e não deve ter uma atitude indiferente em relação a inconsciência, a ignorância ou ao obscurantismo sobre a forma de crenças religiosas.” (Lenin, “O socialismo e a religião”, Novaia Jizn #28, 03/12/1905).</p></blockquote><p>O combate à inconsciência, à ignorância e ao obscurantismo também deve se dar quando estes se expressam através da droga que oblitera a luta pela superação da ideologia burguesa pela ideologia comunista.</p><p>Assim como com a religião, os bolcheviques também estabeleceram uma posição firme sobre o alcoolismo, inclusive se valendo das medidas excepcionais herdadas do czarismo durante a primeira guerra mundial:</p><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: left;">“Dois fenômenos importantes imprimiram a sua marca no mundo de vida operário: a jornada de oito horas e a proibição da vodka. A liquidação do monopólio da vodka, que a guerra exigia meios tão avultados que o czarismo podia renunciar, como a um pecadilho, aos rendimentos que lhe advinham da venda de bebidas alcoólicas. Um bilhão de mais ou de menos era a diferença mínima. A revolução foi herdeira da liquidação do monopólio da vodka; sancionou o facto, fundando-se, porém em considerações de princípio. É só depois da conquista do poder pela classe operária — poder construtor consciente de uma economia nova — que a luta do governo contra o alcoolismo, luta ao mesmo tempo cultural, educativa e coerciva, adquire toda a significação histórica. Nesse sentido a interdição da venda devido à guerra imperialista, de nenhum modo modifica o facto fundamental de que a liquidação do alcoolismo vem acrescentar-se ao inventário das conquistas da revolução. Desenvolver, reforçar, organizar, conduzir com êxito uma política anti-alcoólica no país do trabalho renascente — eis a nossa tarefa. E os nossos êxitos econômicos e culturais aumentaram paralelamente com a diminuição do números de “graus”. Nenhuma concessão é aqui possível.” (L. Trotsky, “A Vodka, a Igreja e o Cinema”, Do Questões do Modo de vida).</p></blockquote><p>O partido não pode nutrir uma posição administrativa em relação ao ópio do povo. Mas, menos ainda tem o direito de ser complacente com o agravamento da alienação através das drogas. Falamos de toda e qualquer droga que agrave por meios químicos a perda da consciência já falsificada pela ideologia burguesa, pois algumas correntes acabam por manter uma posição ambígua ou omissa sobre o tema elegendo algumas drogas (a maconha, por exemplo) como mal menor diante de outras (o crack). Não bastasse a profunda embriaguez ideológica da juventude hoje, algumas correntes defendem o uso das drogas superestimando os efeitos pretensamente positivos das mesmas, afirmando que podem ser “um estimulante benéfico, social e medicinal”. Não existem drogas confiáveis no capitalismo e a tarefa de desenvolver drogas potenciadoras das habilidades humanas é uma tarefa pós-revolucionária, quando os cientistas socialistas de um Estado operário vão poder juntamente com o proletariado controlar todo o processo produtivo.</p><p>O partido que renuncia de modo liberal ao combate contra o entorpecimento do pensamento causado pela religião ou pelas outras drogas, acaba por renunciar também à luta pela consciência política revolucionária das massas, renuncia à revolução.</p><p><br /></p><p><b>Zanin é mais do mesmo da frente ampla burguesa</b></p><p><br /></p><p>As posições de oposição aos interesses da população trabalhadora sustentadas por Zenin não são raios no céu azul do governo Lula. O ex-advogado de Lula nem é a expressão do que existe de pior das medidas tomadas pelo governo. O teto de gastos de Haddad, por exemplo, é infinitamente mais danoso à população trabalhadora do que os votos de Zanin.</p><p>Todo cerco que realizou o golpe de 2016 e prendeu Lula, bolsonarismo, mídia, capital financeiro, Forças Armadas, Congresso Nacional, STF preparam-se para um novo golpe porque são orquestradas pelos interesses do imperialismo que deseja recapturar o completo controle do governo brasileiro na disputa geopolítica mundial contra o bloco de nações dirigido pela Rússia e China. Diante dessa contradição maior, os comunistas precisam fazer uma frente única com o PT. Mas, não criticar essas posições e outras realizadas pelo governo da frente ampla também ajudam a direita e ao sistema imperialista. As posições de Zanin no STF enfraquecem o apoio popular de Lula e desmoralizam seu governo, prestando um serviço aos inimigos históricos da população trabalhadora, como Zanin tem revelado ser.</p><p><br /></p><p><b>Nota:</b></p><p>[1] “Todos a polícia executora da vontade dos capitalistas, do Estado burguês e suas camarilhas de políticos corruptos deve ser dissolvida. Execução das funções policiais por milícias dos trabalhadores. Abolição da justiça de classe, eleição de todos os juízes, extensão do júri para todos os crimes e delitos; o próprio povo vai fazer justiça por ele mesmo.” (Trotsky Leon, A Program of Action for France, June 1934). http://www.marxists.org/archive/trotsky/1934/06/paf.htm</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-56423212128440719832023-08-16T13:12:00.002-07:002023-08-16T13:12:41.139-07:00ARGENTINA: Larga na frente a candidatura trumpista, antichinesa, defensora da dolarização contra o povo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR2skBQ5dDLPUuQQhXzKBfCIVDy_xKVZbYHfIb52pA_PSO68eljk5L5_-C4HArmGi7hSSl9jYB21fiQWFKirYod3z1d27ERTBdshyetj-Zvn0J5bjVE_7kmTkdf_Gej_xSuW2Vat1DmTB77IkqMlEBU3Hwv7WawxNcCph5fXXKkop8yKZk3_uq9gyjSvXt/s275/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2023.27.00.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR2skBQ5dDLPUuQQhXzKBfCIVDy_xKVZbYHfIb52pA_PSO68eljk5L5_-C4HArmGi7hSSl9jYB21fiQWFKirYod3z1d27ERTBdshyetj-Zvn0J5bjVE_7kmTkdf_Gej_xSuW2Vat1DmTB77IkqMlEBU3Hwv7WawxNcCph5fXXKkop8yKZk3_uq9gyjSvXt/s1600/WhatsApp%20Image%202023-08-14%20at%2023.27.00.jpeg" width="640" /></a><br /><br /><div><a href="http://tmb1917.blogspot.com/" target="_blank">TMB, Argentina</a></div><div><br /></div><div>Nas eleições primárias (PASSO) de domingo, 13 de agosto de 2023, o deputado Javier Milei, do partido "Libertad Avanza", versão argentina do bolsonarismo, sendo o único candidato de seu espaço político prevaleceu como candidato mais votado do país com <a href="https://www.ambito.com/politica/resultados-elecciones-paso-2023-vivo-segui-el-minuto-minuto-n5794133">30% dos votos</a> .</div><div><br /><b>Não uma, mas duas candidaturas de extrema-direita bem votadas <br /></b><br />Cabe esclarecer que candidatos únicos ou vários candidatos de um partido podem se apresentar nas eleições primárias partidárias, como aconteceu com o "Juntos pela Mudança". </div><div><br /></div><div>A "ala dura" dessa agremiação da direita, representada por Patricia Bulriich, prevaleceu sobre a mais "moderada", Horacio Larreta, com resultados de 17% e 11% dos votos, respectivamente.<br /><br />Os analistas destacam a notável vitória do fenômeno Milei, o que discutiremos mais adiante. Mas poucos apontam que as duas candidaturas radicais da direita foram bem votadas.<br /><br /><b>O decadente oficialismo peronista<br /></b><br />Sergio Massa, da "Unión por la Patria" (UP), como é chamada a coalizão oficial, foi o segundo candidato mais votado, superando Juan Grabois no interno da UP, candidato que se apresentava como a ala "esquerda" da UP, que entre seus candidatos somados obteve pouco mais de 27%.<br /><br />Deve-se dizer que houve uma <a href="https://www.pagina12.com.ar/577311-paso-2023-el-voto-de-los-candidatos-a-presidente-y-todo-sobr">alta abstenção</a>, apesar da obrigatoriedade do voto. Votaram não mais do que 69% dos eleitores.<br /><br />A vitória das candidaturas de extrema-direita nas primárias argentinas pode ser um indício de que o declínio do sistema imperialista no Oeste Atlântico e a desindustrialização criam uma nova onda superestrutural e, portanto, política, neofascista.<br /><br />Milei representa uma facção de extrema direita que defende os interesses antichineses do imperialismo estadunidense. Afirmou que “não faria negócios com a China” porque não faz “transações com comunistas”. Mas considerou que romper relações com Pequim não seria um problema porque “poderíamos fazer transações com o lado civilizado da vida”. (<a href="https://eleconomista.com.ar/politica/paso-2023-que-proponen-candidatos-politica-exterior-n65139">PASSO 2023: o que propõem os candidatos em Política Externa?</a> )<br /><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;">“No ano passado [2022], o comércio bilateral entre Argentina e China ultrapassou US$ 25 bilhões, o maior da história entre os dois. Se somarmos a isso a dependência da Argentina do swap de yuans que mantém com Pequim, a ideia de Milei parece pouco aplicável”. ( <a href="https://eleconomista.com.ar/politica/paso-2023-que-proponen-candidatos-politica-exterior-n65139">idem</a> ).</div></blockquote><div><br />Em outras palavras, o programa econômico ce Milei seria desastroso até mesmo para a base econômica capitalista argentina, o que significa que esse programa econômico só poderia se sustentar com uma repressão brutal.<br /><br />É preciso dizer que Milei há muito tem um alinhamento claro <a href="https://www.perfil.com/noticias/actualidad/javier-milei-mi-alineamiento-con-trump-y-bolsonaro-es-casi-natural.phtml">e explícito</a> com Trump e Bolsonaro.<br /><br />O ultraliberalismo, como política econômica de acumulação agressiva de capital, precisa de políticos neofascistas para continuar se impondo contra um proletariado cada vez mais lumpenizado.<br /><br />A desindustrialização leva a um vácuo representado pela ausência de um proletariado altamente concentrado nas grandes cidades, o que influencia o conjunto das relações de poder dentro do conjunto da estrutura de classes em questão.<br /><br />Três tendências políticas degradam, misturam e combinam no cenário político burguês mundial, o liberalismo democrático decadente, o neonazismo e o conservadorismo.<br /><br />Acrescente-se que a geração nascida após a inversão da tendência de redução territorial do capitalismo (em 1989-91) atingiu a maturidade, ou seja, a atual geração de jovens só viu derrotas do proletariado internacional. A classe capitalista aproveita esta virada para a frustração social em relação à direção política burguesa tradicional, ignorando o capital altamente concentrado a que serve essa mesma direção burguesa tradicional.<br /><br />O crescimiento conjunto da extrema direita tanto de Javier Milei como dentro de “Juntos por el Cambio” representada por Patricia Bulrrich mostra a grande possibilidade de que a extrema direita vença as futuras eleições presidenciais na Argentina no primeiro ou segundo turno.<br /><br />As políticas econômicas internacionais centristas e social-liberais do nacionalismo abrem caminho para a extrema direita sair das frustrações das massas com o peronismo. Ainda assim, uma vitória do fascismo é uma derrota profunda para o proletariado.<br /><br />Para deter o avanço da extrema direita na Argentina, o marxismo revolucionário precisa formar uma frente única com todos aqueles que de alguma forma resistem ao fascismo e ao imperialismo, incluindo o nacionalismo peronista que lidera o movimento operário.<br /><br />O trotskismo argentino é o mais forte da América Latina, porque o nacionalismo histórico (peronismo) suprimiu o espaço da social-democracia, que é então ocupado, em certa medida, pelo pseudo-trotskismo. No entanto, o sectarismo morenista-altamirista tolhe o potencial de crescimento do pseudo-trotskismo argentino.<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-26402167418799652892023-08-09T19:35:00.001-07:002023-08-10T04:18:06.926-07:00O imperialismo alimenta a guerra contra a Rússia<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN2CAqot-di2rPEn3Im6i302nW4c2IJBu9tmikDjmH_t72Cj7rZk23OBIlRVt6NyfLFR6BCv1KwineJOsnQuyqAPcqfn90o0BnaUnJ5_CtOn4Xpor-xIs3k6saRBNkl1J6gVTzmyuB83O1GV0cO-p7oIAWr-t6p0mqzDzbmOqe90wF2TBwdL3Wfu0_tGXM/s2048/21dc-aid-promo-superJumbo-v2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1373" data-original-width="2048" height="430" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN2CAqot-di2rPEn3Im6i302nW4c2IJBu9tmikDjmH_t72Cj7rZk23OBIlRVt6NyfLFR6BCv1KwineJOsnQuyqAPcqfn90o0BnaUnJ5_CtOn4Xpor-xIs3k6saRBNkl1J6gVTzmyuB83O1GV0cO-p7oIAWr-t6p0mqzDzbmOqe90wF2TBwdL3Wfu0_tGXM/s1600/21dc-aid-promo-superJumbo-v2.jpg" width="640" /></a><br /><br /></p><p class="MsoNormal">A Guerra da Ucrânia/OTAN/EUA é uma ação militar imperialista
visando desmembrar a Rússia, isolar a China e colonizar o Leste europeu. Por
isso, os trabalhadores de todo o mundo devem apoiar a ação defensiva russa. O
imperialismo usa a guerra contra os povos para expandir seus domínios, lucrar e
explorar mais ainda os trabalhadores.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Muito dinheiro, que poderia estar sendo gasto para melhorar
as condições de vida dos povos, está indo para o complexo industrial militar
que precisa da guerra contra a Rússia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A ajuda total da OTAN, da União Europeia (UE) e seus
parceiros à Ucrânia ultrapassou US$ 160 bilhões (R$ 784 bilhões). Desde
fevereiro de 2022 o governo neonazista da Ucrânia recebeu centenas de tanques,
mais de 4.000 veículos blindados, disse Sergei Shoigu, o ministro da Defesa da
Rússia.<o:p></o:p></p>
<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p class="MsoNormal" style="text-align: left;">"Desde fevereiro do ano passado, a Ucrânia recebeu
centenas de tanques, mais de 4.000 veículos blindados de combate e carros
blindados, mais de 1.100 peças de artilharia de campanha, bem como dezenas de
sistemas avançados de lançamento múltiplo de foguetes e sistemas de mísseis
antiaéreos de fabricação ocidental. A ajuda total da OTAN, da UE e dos seus
parceiros ultrapassou US$ 160 bilhões" (Sputnik, <a href="https://sputniknewsbr.com.br/20230809/shoigu-ucrania-recebeu-do-ocidente-desde-2022-mais-de-4-mil-blindados-centenas-de-tanques-29854665.html" target="_blank">Shoigu: Ucrânia recebeu do Ocidente desde 2022 mais de 4 mil blindados, centenas de tanques</a>).</p></blockquote>Os EUA aumentaram as apostas buscando fornecer aos neonazistas de Kiev armas cada vez mais letais. Washington cometeu um crime de guerra ao incluir no pacote de assistência à Ucrânia munições de fragmentação proibidas por convenção internacional, afirmou o ministro russo.<br /><br />Shoigu lembrou que em maio à Ucrânia foram entregues mísseis guiados de longo alcance Storm Shadow, e agora "os países da OTAN estão estudando ativamente a transferência a Kiev de caças táticos F-16". <br /><br />Em seu discurso Shoigu destacou também que Varsóvia está concebendo planos para formar unidades regulares polonesas-ucranianas para a subsequente ocupação da Ucrânia ocidental. <br /><br />Por fim, o ministro disse que "as ameaças à segurança militar da Rússia exigem uma resposta atempada e adequada. As medidas necessárias para neutralizá-las serão discutidas na reunião e tomaremos as decisões apropriadas".Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-80652048205186202672023-08-05T14:31:00.008-07:002023-08-05T17:56:40.752-07:00ÁFRICA: Viva a luta anti-imperialista no Níger e em toda a África!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVeR3vl8cp6X4Zy-6AFRhkHxwKhsZWp28Y4_H5kEWrXV6ZuIL4elwsHm1pY1CihwZIkR1cVmFdtnrGwg9tfxjtiMhxYqUG9R2r9HNFxZh17zOYwz78LtAqpzFwlRlVRntcBl9CuDPVVxnh1RC6qMLXgrCAq5B8yqKgcXANqzH8S4c6eKrxXKtP6j3tTarw/s1167/WhatsApp%20Image%202023-08-04%20at%2017.45.38.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1167" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVeR3vl8cp6X4Zy-6AFRhkHxwKhsZWp28Y4_H5kEWrXV6ZuIL4elwsHm1pY1CihwZIkR1cVmFdtnrGwg9tfxjtiMhxYqUG9R2r9HNFxZh17zOYwz78LtAqpzFwlRlVRntcBl9CuDPVVxnh1RC6qMLXgrCAq5B8yqKgcXANqzH8S4c6eKrxXKtP6j3tTarw/s1600/WhatsApp%20Image%202023-08-04%20at%2017.45.38.jpeg" width="640" /></a><br /><br /> <br />Christian Romero, Tendência Militante Bolchevique - Argentina<div>Humberto Rodrigues, Partido Comunista - Brasil</div><div><br /></div><div>O "Golpe de Estado" militar no Níger é a expressão mais recente da disputa geopolítica pela África. A disputa entre o imperialismo decadente, baseado na OTAN e liderado pelos EUA, e nações historicamente oprimidas pelo imperialismo, lideradas pela China e Rússia, Estados capitalistas “deformados” por experiências revolucionárias e pós-capitalistas. Após a crise econômica de 2008, o bloco de países liderados por Rússia e China emergiu como competidor do imperialismo no mercado mundial.<br /><br />A partir de então, a ascensão do pólo eurasiano de países com a Rússia, Bielo-Rússia e China, se consolidaram como nações avançadas, sob regimes de capitalismo de estados tecnocráticos, com um grau diferente de herança dos estados operários burocráticos que constituíram até a penúltima década do século XX. Mas, os países que restauram a propriedade privada dos meios de produção e voltam ao capitalismo, não voltam à fase anterior do capitalismo em que estavam antes do processo revolucionário de expropriação da burguesia pelos quais passaram - pois nada volta à existência anterior na história da evolução da vida natural e social. Nesses casos, China, Rússia, Belarússia e outros não retornaram à fase anterior ao ciclo de revoluções sociais do século XX, mas retornaram ao capitalismo contemporâneo sob desenvolvimento desigual e combinado.</div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiimZTa8Nv225VnP1y-s2ho12EtdiGAxfhI_gnbi0h_VivwYmWPJhkRNm_QPILaX8mb-PZp3XyGt89lHcvR5E-DgkfVc03ln8S3SVcJI-Mida1BNKQXgF8MbmRboMPAyFGnFDfLybDlQioduw-SJtdPoUIw4IIxw_DapTIQm4HtsPWL27OSnCCDpUDATfr/s322/R%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="322" data-original-width="300" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiimZTa8Nv225VnP1y-s2ho12EtdiGAxfhI_gnbi0h_VivwYmWPJhkRNm_QPILaX8mb-PZp3XyGt89lHcvR5E-DgkfVc03ln8S3SVcJI-Mida1BNKQXgF8MbmRboMPAyFGnFDfLybDlQioduw-SJtdPoUIw4IIxw_DapTIQm4HtsPWL27OSnCCDpUDATfr/w596-h640/R%20(1).jpg" width="596" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Níger no mapa da África, acima está o deserto do Saara, o Mali, a Argélia e a Líbia.<br />Ao lado e abaixo estão Burkina Faso, o Benin, a Nigéria, Camarões e o Chad.</td></tr></tbody></table><br /><div>A ascensão da influência desse polo eurasiano em outras partes do mundo oprimido, na Ásia, América Latina e África, expressasse agora através do interesse de vários países africanos vissem a oportunidade de disputar, ainda que em parte, o controle dos recursos estratégicos do continente. Isso gera na África e especialmente na África Central e Ocidental um ciclo de golpes, contragolpes e guerras civis. Nesse contexto, surgem forças beligerantes que buscam se vincular ao polo eurasiano em sua tendência de entrar em contradição com as diferentes frações do imperialismo mundial, não apenas as hegemônicas - como os Estados Unidos - mas também as subalternas como a francesa, que foi convulsionada por várias lutas da classe trabalhadora nos últimos anos. Nesse sentido, o último golpe de julho no Níger insere-se nessa última tendência, em oposição ao imperialismo francês.<br /><br />Como exemplo dessa tendência em que se insere o golpe no Níger, ascenderam novos governos em Burkina Faso e Mali anos atrás com um crescente sentimento anti-francês apoiados nas massas oprimidas e uma orientação pró-russa.<br /><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;">“Os golpes de estado experimentados no Mali e no Burkina Faso desde 2020 levaram à formação de juntas militares anti-francesas – isto é, para questionar a política do governo francês na África – que desafiou a tradicional aliança ocidental e fortaleceu, em vez disso, suas relações com a Rússia”. (Viviane Ogou Corbi, Pesquisadora Visitante Júnior, CIDOB, <a href="https://www.cidob.org/publicaciones/serie_de_publicacion/opinion_cidob/2023/burkina_faso_y_mali_expulsan_a_francia_el_rol_del_sentimiento_antifrances_en_el_giro_pro_ruso">Burkina Faso e Mali expulsam a França: o papel do sentimento anti-francês na virada pró-Rússia</a> )</div></blockquote><div><br />O papel econômico e estratégico do Níger no confronto entre a Rússia e as potências ocidentais, especialmente a França, é fundamental, especialmente no fornecimento de urânio, chave para 70% da energia elétrica gerada na França. (<a href="https://es.ara.cat/internacional/africa/golpe-niger-pone-riesgo-centrales-nucleares-francesas_1_4769644.html"> O golpe no Níger põe em risco as usinas nucleares francesas</a>)<br /><br />O papel do neocolonialismo francês na África Central e Ocidental estende-se também ao aspecto das políticas monetárias, como é o caso da Comunidade Financeira Africana ( <a href="https://elordenmundial.com/que-es-franco-cfa/">CFA</a> ). Até então, o Níger e outros países da África Central, ex-colônias francesas, usam o franco CFA como unidade monetária. Por meio desse mecanismo, a França, na prática, exerce poder de veto sobre os respectivos bancos centrais das nações dominadas pelo imperialismo francês.<br /><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;">""Segundo o jornal Liberation, 34,7% das 6.286 toneladas de minério importadas pela França em 2020 vieram do Níger, à frente do Cazaquistão (28,9%), Uzbequistão (26,4%) e Austrália (Desde então, as importações caíram e o urânio nigeriano atualmente abastece entre 10 e 15% das necessidades das usinas francesas, estima o grupo estatal Orano, que explora jazidas de urânio no norte da Nigéria. Níger." a indústria nuclear sendo chave para a matriz energética francesa.” (RT, <a href="https://actualidad.rt.com/actualidad/475009-reportan-niger-suspendio-exportacion-uranio">Relatam que o Níger suspendeu a exportação de urânio e ouro para a França</a> )</div></blockquote><div><br />A França na África Ocidental e Central foi muito agressiva mesmo depois que suas ex-colônias obtiveram a independência formal. Desde 1961, houve 44 <a href="https://truthout.org/articles/the-crimes-of-french-imperialism/" target="_blank">intervenções militares francesas</a> na África.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRjdfXo949RR9dF90sRNrLlq_K8-QocwePpMnNpzvPII8WJaiUpKzzoA6GBwns7-wBaVvd4SPvKv0HXT9-xZTN2MuH8zf--A0C8jDinNZkzPdgBzwyH3qi2gr07nUIfrGwDlEJ8ZNbMZgx-MSUeVmzkX7RUCoDY8yFH-nVT0okPbkmvD8PBsV5IULqjOya/s2560/FrancaArgelia.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="2560" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRjdfXo949RR9dF90sRNrLlq_K8-QocwePpMnNpzvPII8WJaiUpKzzoA6GBwns7-wBaVvd4SPvKv0HXT9-xZTN2MuH8zf--A0C8jDinNZkzPdgBzwyH3qi2gr07nUIfrGwDlEJ8ZNbMZgx-MSUeVmzkX7RUCoDY8yFH-nVT0okPbkmvD8PBsV5IULqjOya/w640-h360/FrancaArgelia.png" width="640" /></a></div><br /><div><br />É necessário também lembrar do golpe de Estado pró-imperialista imposto nos anos 80 em Burkina Faso contra <a href="https://lcligacomunista.blogspot.com/2016/10/thomas-sankara-ha-29-anos-de-seu.html">T. Sankara</a> pelo governo F. Mitterrand (do Partido Socialista Francês), apoiando a reação reganiana-tacherista na África.<br /><br />Hoje, a virada anti-francesa na África central é generalizada e simultaneamente se associa para a busca de uma aliança entre essas nações oprimidas com a Rússia e a China. O atual golpe militar no Níger faz parte dessa tendência. Portanto, não é um golpe pró-imperialista, mas um golpe de Estado que entre em contradição com o imperialismo e que deve ser apoiado por todos os combatentes anti-imperialistas do mundo.<br /><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;">"Os governos de Burkina Faso e Mali notificaram a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na segunda-feira [31 de julho] que uma possível intervenção contra o Níger seria considerada uma declaração de guerra contra eles."</div></blockquote><div><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;">“Por outro lado, eles expressaram sua solidariedade fraterna com o povo nigeriano, que tomou seu destino em suas próprias mãos e assumiu a plenitude de sua soberania diante da história”. e o Mali convidam as forças a estarem prontas e mobilizadas, para dar uma mão ao povo do Níger, nestas horas sombrias do pan-africanismo", conclui o comunicado. (LT9, <a href="https://www.lt9.com.ar/76843-mali-y-burkina-faso-avisan-que-una-intervencion-militar-en-niger-sera-una-declaracion-de-guerra-contra-ellos">Mali e Burkina Faso alertam que uma intervenção militar no Níger será uma declaração de guerra contra eles</a> )</div></blockquote><div><br />O que demostra como na África Central e Ocidental se desenvolve a sensação de ter sido saqueado em seus recursos pelo imperialismo e como crescem as tendências de oposição ao próprio imperialismo. Tudo isso ocorre às vésperas da reunião de lideranças do BRICS na África do Sul, agora em agosto de 2023.<br /><br />Além do estreitamento crescente das relações com a Rússia, também, do ponto de vista económico, existe agora uma aproximação com a China, atualmente após 9 anos de suspensão das suas atividades é retomado o empreendimento para a extração de urânio no Níger em parceria com a empresa chinesa de urânio.<br /><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: left;">“Sabemos que a cooperação chinesa trouxe grandes avanços tecnológicos e acreditamos que podemos aproveitar esses avanços para ter uma operação moderna e lucrativa para nossa economia no quadro de uma parceria ganha-ganha”, disse o ministro de Minas do Níger, Ousseimini Hadizatou Yacouba, de acordo com a própria imprensa do Níger." (Souleymane Yahaya, Le Sahel, <a href="https://www.lesahel.org/exploitation-miniere-le-niger-et-la-compagnie-chinoise-cnuc-saccordent-sur-la-reprise-prochaine-des-activites-de-la-somina/">Exploitation </a><a href="https://www.lesahel.org/exploitation-miniere-le-niger-et-la-compagnie-chinoise-cnuc-saccordent-sur-la-reprise-prochaine-des-activites-de-la-somina/">miniere: Le Niger et la compagnie chinoise CNUC s'accordent sur la reprise prochaine des activités de la Somina</a> )</div></blockquote><div><br />A partir de 26 de julho, começaram as mobilizações da população do Níger, como a relatada no artigo da imprensa nigeriana sobre a população de Dosso, em favor do atual Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), que é como o governo que surgiu após o próprio 26 de julho é conhecido. (Mahamane Amadou, Le Sahel, Dosso /politique: <a href="https://www.lesahel.org/dosso-politique-les-populations-de-dosso-apportent-leur-soutien-au-cnsp-et-aux-fds/">Lespopulations de Dosso apportent leur soutien au CNSP et aux FDS</a> ).<br /><br />Hoje no Níger é vital unir as táticas da Frente Unida Anti-Imperialista, que hoje no próprio Níger é uma frente única com qualquer força beligerante que contrarie o imperialismo, incluindo o exército regular. A tática da Frente Unida Anti-Imperialista deve fundir-se com a estratégia da revolução permanente, pois só haverá verdadeira soberania do povo explorado e oprimido nigeriano sobre os seus recursos estratégicos no âmbito de uma luta internacional desde a própria África Central para transcender a exploração de trabalho assalariado por capitalistas e latifundiários e para a formação de uma federação de repúblicas com base em conselhos de trabalhadores e camponeses da África Ocidental e Central.<br /><br /><b>Fora o imperialismo do Níger!</b></div><div><b>Unir a luta contra o imperialismo com a luta pelo socialismo!</b><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-14079688868713024402023-08-01T20:02:00.002-07:002023-08-01T20:02:51.444-07:00A violência do imperialismo estadunidense<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTi4QIUR6HtCzDUw98BeF0Wt9GLIl4DvqZzb8g9OqdcYQDqn5OxRy5Pq3d26Y-MO9uqHQFiQqoU-A3YFXMctz-b6a2x9fRL07Mt4wdsK5fmaZRBd6tHwfNnhJUqOJIz_VRudW3muJBUc6QBU2blWooAcBoHAR76Dwymym22CAoaiKr2Pm7EFj3T9HjZy3c/s1200/WhatsApp%20Image%202023-08-01%20at%2014.41.15.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTi4QIUR6HtCzDUw98BeF0Wt9GLIl4DvqZzb8g9OqdcYQDqn5OxRy5Pq3d26Y-MO9uqHQFiQqoU-A3YFXMctz-b6a2x9fRL07Mt4wdsK5fmaZRBd6tHwfNnhJUqOJIz_VRudW3muJBUc6QBU2blWooAcBoHAR76Dwymym22CAoaiKr2Pm7EFj3T9HjZy3c/s1600/WhatsApp%20Image%202023-08-01%20at%2014.41.15.jpeg" width="640" /></a><br /><br /></p><p>A ideologia do imperialismo estadunidense o apresenta como
defensor da “democracia” e dos “direitos humanos”.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mentira! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todo trabalhador e trabalhadora precisa saber que qualquer
imperialismo (estadunidense, inglês, francês, japonês ou alemão), por sua própria
natureza, é opressivo, explorador e violento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Durante a guerra de libertação do Vietnã, os Estados Unidos
deixaram cair três vezes mais bombas (por peso) que nos teatros de guerra
europeu e do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. O impacto dos explosivos
sobre o Vietnã foi 100 vezes o impacto combinado das bombas atômicas jogadas
nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os Estados Unidos, também, conduziram uma campanha de
bombardeios “secreta” contra o Laos de 1964 a 1973. O objetivo do imperialismo
estadunidense era apoiar a monarquia do país contra o Pathet Lao (Exército
Popular de Libertação do Laos) e, ao mesmo tempo, evitar o suposto uso do
território pelos vietnamitas para suas linhas de suprimento no sul do Vietnã.
Para isso, os Estados Unidos realizaram 580 mil missões de bombardeio, lançando
cargas completas de bombas a cada 8 minutos, 24 horas por dia, durante 9 anos.
O Laos é considerado o país mais bombardeado do planeta.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mesmo assim, os vietnamitas venceram a guerra contra os EUA.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Disso, fica um alerta. Os trabalhadores não devem confiar no
que dizem os representantes dos países imperialistas, em especial nos ideólogos
dos EUA nem muito menos nos seus representantes aqui no Brasil.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É preciso se guiar pela seguinte regra: o que é bom para o
sistema imperialista mundial não é bom para os trabalhadores e as nações
oprimidas.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVTE2JnrJC8XItYhIOTAKiobYJcN4_L6dO9PiACUC4kh_oak9foEfQNd8QI_PUENOOjRmxAPwI2ren2IDaEsEt8G8rvjrwrGKLAZi1y-6ewwFqz4iwRl1s27w_1FXAnKw5LFiDVh8m7hkJqV1XPYlcrJchPM6d0RIz0S31UCPQE-26B9Rqax076p0ljkrM/s640/WhatsApp%20Image%202023-08-01%20at%2014.45.46.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="589" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVTE2JnrJC8XItYhIOTAKiobYJcN4_L6dO9PiACUC4kh_oak9foEfQNd8QI_PUENOOjRmxAPwI2ren2IDaEsEt8G8rvjrwrGKLAZi1y-6ewwFqz4iwRl1s27w_1FXAnKw5LFiDVh8m7hkJqV1XPYlcrJchPM6d0RIz0S31UCPQE-26B9Rqax076p0ljkrM/w590-h640/WhatsApp%20Image%202023-08-01%20at%2014.45.46.jpeg" width="590" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-81811424314172928622023-08-01T19:57:00.005-07:002023-08-01T19:57:38.972-07:00Servidores vão à luta contra a retirada de direitos promovida pela Secretaria da Educação de Diadema<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKUY27-bnUHLzNiXxn2H_iwst6WcB0SbAjYreeyKNQEUVBw3UKbeiI8S_uUvapeNO2jO1Phwsg9KHYcyfVtu0Jm8JXvKHgaU-GMmrqYLTtZKvu-KVRWn_1WgdXKzW05pExWOhkSJf-mJfZIuGvTNnXFhF-UyRW4uX1x1SkIV6bohjleLrTCgbXccX3N1Ak/s2048/364174110_658637729631170_5244184634670122017_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKUY27-bnUHLzNiXxn2H_iwst6WcB0SbAjYreeyKNQEUVBw3UKbeiI8S_uUvapeNO2jO1Phwsg9KHYcyfVtu0Jm8JXvKHgaU-GMmrqYLTtZKvu-KVRWn_1WgdXKzW05pExWOhkSJf-mJfZIuGvTNnXFhF-UyRW4uX1x1SkIV6bohjleLrTCgbXccX3N1Ak/s1600/364174110_658637729631170_5244184634670122017_n.jpg" width="640" /></a><br /><br /></p><p class="MsoNormal"> Na noite desta segunda-feira
(31), as servidoras e servidores da Secretaria de Educação de Diadema atenderam
à convocação da direção do Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema e
compareceram massivamente na plenária que lotou a sede do sindicato para
debater os ataques e a retirada de direitos promovidos pela Secretaria de
Educação.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A “gota d’agua” foi a
publicação das circulares 168 e 171 de 2023, que trata de “orientações sobre
faltas e substituições”, e na prática, acaba com direitos como a falta abonada
e o abono TRE, além de “regulamentar” a “divisão da ‘turma’ como solução para
“cortar despesas” e não ter que pagar a hora atividade do professor substituto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Frente à retirada de
direitos, falta de diálogo, de canais efetivos de interlocução e de “escuta”
dos trabalhadores por parte dos gestores da SE; e frente ao assédio moral
constante e falta de condições de trabalho, as servidoras e servidores da
Educação aprovaram o seguinte calendário de mobilização e luta:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">✔</span>️ Quinta-feira, dia 3 de
agosto, às 14h: ato na Câmara de Diadema</p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">✔</span>️ Boletim da Educação com
convocação de paralisação e orientação para servidores em estágio probatório</p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">✔</span>️ Debate nos HTPCs das escolas</p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">✔</span>️ Diálogo com a comunidade:
esclarecimento aos pais e carta informando sobre a paralisação</p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">✔</span>️ Quinta-feira, dia 10 de
agosto, Dia de Paralisação: concentração às 8h e às 13h no Sindema</p>
<p class="MsoNormal">Vamos à luta! Juntos
somos fortes!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">📲</span> Acesse e divulgue o
Sindema nas redes sociais: @sindemacomunica.</p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">👍</span> Facebook<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">https://tinyurl.com/37rvekmd<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">🌠</span> Instagram<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">https://tinyurl.com/43uruy6y<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">🖥</span>️ Site<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">https://tinyurl.com/553s4574<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">✍</span>️ Twitter<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">https://tinyurl.com/2j9kb4zk<o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-75807303928296302002023-07-23T17:43:00.007-07:002023-07-23T17:43:54.280-07:00Carta à CUT e a seus sindicatos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFCVsO5igAP2LKyKgoZntiG0k6qKm6lM5HkCbKmeesYUVST8igBmO7qJ0ngFekYms_1eZFG4GPi5Tflh6K_E1vUm9SQlzgvQLdCsN_HpqhFELqvZW-HnXKm2r_i-mRt39Cw6TtMtpxa_sO8T5QDLIApeR-OpLTDDrgcydpxBjDgUxWFav7OPlXKQuKX3sv/s1600/OIP.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="297" data-original-width="474" height="402" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFCVsO5igAP2LKyKgoZntiG0k6qKm6lM5HkCbKmeesYUVST8igBmO7qJ0ngFekYms_1eZFG4GPi5Tflh6K_E1vUm9SQlzgvQLdCsN_HpqhFELqvZW-HnXKm2r_i-mRt39Cw6TtMtpxa_sO8T5QDLIApeR-OpLTDDrgcydpxBjDgUxWFav7OPlXKQuKX3sv/w640-h402/OIP.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto;"><p><br /><a href="https://drive.google.com/file/d/1JkgiRj6kCMJ8UZNpjGJP5Y1h1LnT7BZ7/view?usp=sharing" style="font-weight: 700;" target="_blank">pdf</a><b> </b><span style="font-size: x-small;">para reprodução</span></p><p style="font-weight: 700;">Companheiras e companheiros CUTistas,</p></span><p></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">O Partido Comunista saúda o 14º CONCUT. Nesse ano de 2023, o Partido Comunista aproveita a ocasião para que possamos fazer uma avaliação da conjuntura e das ações necessárias para a maior Central Sindical da América Latina.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Em 2022, a classe trabalhadora abraçou a candidatura Lula pois sabia que era uma oportunidade para tirar Bolsonaro do poder. Foi assim que fomos às ruas, fizemos campanha e enfrentamos os bolsonaristas e todo o aparato estatal utilizado por Bolsonaro em sua campanha. A fração mais consciente da classe trabalhadora apoiou a candidatura Lula, apesar da ampla aliança construída por Lula e o PT com inimigos históricos dos trabalhadores.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">A vitória de Lula foi a vitória da classe trabalhadora que comemorou o fim de um governo fascista de trevas e mortes. Portanto, essa vitória é nossa e não podemos deixar que nos tirem. Elegemos Lula para termos um governo que atenda a pauta da classe trabalhadora, que revogue a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, o “Novo Ensino Médio”, o Teto de Gastos e que reestatize tudo o que foi privatizado.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">A política de ampla aliança com a burguesia trouxe para dentro do Governo setores golpistas que participaram ativamente do golpe contra o governo petista de Dilma Rousseff. Para além disso, tentando construir uma maioria no Congresso brasileiro, o governo Lula amplia suas alianças, trazendo para dentro do Governo até mesmo setores bolsonaristas.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Essa amplíssima aliança impede o Governo de atender às reivindicações da classe trabalhadora como também o impede de se impor aos banqueiros e baixar os juros altíssimos que garantem seus lucros recordes. Impede também que o governo abra o debate no país sobre o fim da independência do Banco Central.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Com isso estamos vendo uma política recuada do governo Lula, que traz uma Reforma Tributária que garante isenção de impostos para o agronegócio e as mineradoras, fortalecendo os setores que mais atacam o MST e os povos indígenas e que </span>financiaram os movimentos fascistas em tentativas de anular o resultado das eleições que deram mandato a Lula. Além disso, temos também o Arcabouço Fiscal que é uma reedição do famigerado Teto de Gastos.</p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Dessa forma, com certeza, o governo Lula não conseguirá atender às reivindicações da classe trabalhadora, afastando-se dela e se enfraquecendo. A possiblidade de enfraquecimento do governo Lula será o objetivo da burguesia que poderá colocar na ordem do dia golpes parlamentares (impeachment) como fez com Dilma em 2016 ou insurgências fascistas como a do 8 de janeiro de 2023 apoiadas por setores que financiaram e organizaram os acampamentos em frente aos quartéis do Exército Brasileiro pedindo intervenção militar, as tentativas de sabotar a diplomação de Lula e a invasão dos prédios dos Três Poderes.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">É bem verdade que nesses últimos seis meses algumas demandas foram atendidas como a retirada da ECT, da CEF e de mais cinco estatais dos programas de privatização e o fim das escolas cívico-militares. Mas a CUT, assim como seus sindicatos filiados, precisa se posicionar firmemente contra a continuidade da política econômica neoliberal de Temer e Bolsonaro e urgentemente iniciar um diálogo com suas bases com o objetivo de preparar a classe trabalhadora para que consigamos a mobilização necessária para anular essa herança maldita e arrancar as nossas reivindicações por aumento salarial, anistia de dívidas, corte de impostos, redução de juros, emprego, terra e teto.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">A CUT precisa retornar às suas origens e a prática de mobilização da classe trabalhadora para assegurar que o governo atenda as reivindicações da população que assegurou sua vitória eleitoral sobre o fascismo. Essa é uma das principais garantias para que não se gestem as condições políticas para a direita se fortalecer e tentar novas insurgências fascistas ou de impeachment contra o governo Lula.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 13.3337px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 20px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-weight: 700;">Viva o 14º CONCUT!</span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none white-space-prewrap" style="font-weight: 700;"> </span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-weight: 700;">Viva a luta da Classe Trabalhadora!</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-weight: 700;">Partido Comunista</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-weight: 700;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjegxeZKW1DiqDoWlgF07AIjXvTPS5ksWhqKzuBnub4T9WODD14stq4MWiqdfP3DcUk4jmTT341TLtcYRVAA15mfPYCt6FgRBHmktaivW6aKvRR7v1L-3I6SjODuW6Y7Wt2kUusMt9hgjG5yWokjD-vlOP4kSTuVLbus3XImYVABL2-ELotpCdugR6wbqfy/s2000/PCCartaC-UT.png" style="font-weight: 400; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2000" data-original-width="1414" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjegxeZKW1DiqDoWlgF07AIjXvTPS5ksWhqKzuBnub4T9WODD14stq4MWiqdfP3DcUk4jmTT341TLtcYRVAA15mfPYCt6FgRBHmktaivW6aKvRR7v1L-3I6SjODuW6Y7Wt2kUusMt9hgjG5yWokjD-vlOP4kSTuVLbus3XImYVABL2-ELotpCdugR6wbqfy/w452-h640/PCCartaC-UT.png" width="452" /></a></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-45850529250314832092023-07-12T09:48:00.000-07:002023-07-12T09:48:00.767-07:00Ocupação Beira-Rio vence segunda tentativa de despejo!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzJyNKDn4kczgeKlpxB8fm0Xk8Z8hngSBzHCzKhucclATn-iUL9QNYlZwyx657EfljF7C5TwqUjI3fbN9Z-OU5aJ5gELZTkHYDVQU2P6CpSQc3PjWNLJC0CbN0INvsyL75RA9nnHD1kD-Ddu-hNB5rRjLLViJMnAdpWcEXJZ1ITSAAYPLkZ0RKGAwPH8A3/s1024/WhatsApp%20Image%202023-07-11%20at%2017.52.48.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="576" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzJyNKDn4kczgeKlpxB8fm0Xk8Z8hngSBzHCzKhucclATn-iUL9QNYlZwyx657EfljF7C5TwqUjI3fbN9Z-OU5aJ5gELZTkHYDVQU2P6CpSQc3PjWNLJC0CbN0INvsyL75RA9nnHD1kD-Ddu-hNB5rRjLLViJMnAdpWcEXJZ1ITSAAYPLkZ0RKGAwPH8A3/s1600/WhatsApp%20Image%202023-07-11%20at%2017.52.48.jpeg" width="360" /></a><br /><br />Humberto Rodrigues, Partido Comunista<br /><br />A Ocupação Beira-Rio, localizada em Teresina, no Piauí, derrotou sua segunda ação de despejo. Tem sido uma por mês. As classes dominantes, que enriquecem às custas da especulação imobiliárias tem tentado, por todos os meios, legais e ilegais, despejar a ocupação Beira-Rio. <br /><br />O terreno é registrado como sendo de interesse público e desde a década de 1970 encontra-se abandonado, sem cumprir nenhuma função social. <br /><br />Na primeira tentativa de despejo, vieram com toda truculência possível. <br /><br />Agentes da Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD) e da Guarda Municipal, ilegalmente até pelas próprias leis deles, sem qualquer mandado judicial ou aviso prévio, destruíram e atearam fogo em barracos e expulsaram os moradores na base de muita violência e prisão de uma liderança da comunidade.<br /><br />Mas, as famílias retornaram e reocuparam a área e fizeram uma ampla denúncia do ocorrido. A prefeitura, comandada pelo prefeito de direita, José Pessoa Leal, do partido Republicanos, publicou matéria oficial dizendo que teria doado o terreno para as famílias.<div><br /><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHtbh5KWrGsMDUml5joVY2Dwrrh_Etu-zaoZ2Z5Qvm_OTsrpQ9HMDx4XC7vzuTN_Up9aDIqS7-FeXsxKh3QmOjuXprRLFhNrEY3bXN7z3NOtObDwB8FsOGLrrIykjmWboJgVxiq8Bxkn11qL7OoD9PJlueYRctPOxzIDBO5zblIcRwF_JpNbvFE00hOERj/s1600/WhatsApp%20Image%202023-07-12%20at%2012.28.29.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="739" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHtbh5KWrGsMDUml5joVY2Dwrrh_Etu-zaoZ2Z5Qvm_OTsrpQ9HMDx4XC7vzuTN_Up9aDIqS7-FeXsxKh3QmOjuXprRLFhNrEY3bXN7z3NOtObDwB8FsOGLrrIykjmWboJgVxiq8Bxkn11qL7OoD9PJlueYRctPOxzIDBO5zblIcRwF_JpNbvFE00hOERj/w296-h640/WhatsApp%20Image%202023-07-12%20at%2012.28.29.jpeg" width="296" /></a></div><br />Mas, apesar do anúncio da prefeitura, a própria prefeitura não tardou a investir novamente contra a comunidade. Dessa vez, de forma “legal”. A mesma prefeitura que assegurou que iria doar as terras a comunidade da Ocupação Beira-Rio entrou com uma ação de despejo contra a comunidade.<br /><br />Na segunda tentativa de despejo, vieram com uma “ordem de despejo”. Um oficial de justiça entregou uma liminar de reintegração de posse, estabelecendo prazo de duas semanas para contestação. <br /><br />As famílias se movimentam no sentido de barrar esta absurda decisão judicial proferia pela justiça dos ricos e especuladores imobiliários que querem abocanhar a área de “interesse público” e não privado. <br /><br />A comunidade e a OPA exigem da prefeitura que cumpra sua promessa. Exige dos governos do Estado e do governo Federal do Partido dos Trabalhadores que atendam aos trabalhadores que lutam pelo mais elementar direito de morar. <br /><br />A luta da comunidade organizada encoraja os bravos e amedronta os covardes. Quando viram que o povo estava organizado, que não desistiu contra sua máxima truculência e prisões, vieram com promessas e depois com formas “legais” de despejo. <br /><br />Mas o povo também não arredou o pé diante da segunda tentativa, o poder judiciário voltou atrás, suspendeu a ordem de despejo e povo ganhou nesse dia 11 de julho.<br /><br />A ocupação Beira-Rio realizou um barramento da onda de despejos que tem ocorrido em Teresina graças a luta organizada do povo. A ocupação tem demonstrado para si mesma e para as outras ocupações da cidade, do estado, do país e do mundo que é possível vencer o monstro se lutarmos de forma organizada e com confiança em nossas forças. <br /><br />É uma grande vitória da organização popular, é uma grande vitória da OPA! Virão outras tentativas de despejo, virão outras vitórias, até o triunfo final sobre o capital!<br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-10542428687926775412023-07-09T11:14:00.004-07:002023-07-09T11:14:50.433-07:00Fim da Liga Socialista. Viva o Partido Comunista!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd0n2yBUxyA9-X95TXi9soFKu9i_BKrxCmVu5EvWNLD0OvPcnUStcJ-gjrrVm1TtChUwy2OxJzCuRWKOz0DyWYxb0Dd1h2qItLSZvgb26P52YwoXpc8hNPOBkvidt0Ch5P6lZGpUQtWnK3KNHQi9aPIICg-2f8UcbgNHwXhgz4h-8ZK9zdmRrRqrjgGgOh/s1600/PCcentralizado.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="2560" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd0n2yBUxyA9-X95TXi9soFKu9i_BKrxCmVu5EvWNLD0OvPcnUStcJ-gjrrVm1TtChUwy2OxJzCuRWKOz0DyWYxb0Dd1h2qItLSZvgb26P52YwoXpc8hNPOBkvidt0Ch5P6lZGpUQtWnK3KNHQi9aPIICg-2f8UcbgNHwXhgz4h-8ZK9zdmRrRqrjgGgOh/w640-h360/PCcentralizado.png" width="640" /></a><br /><br /> Nos dias 30/06, 01/07 e 02/07 de 2023, foi realizado o Congresso que finalizou o processo de fusão de três organizações, a Liga Socialista, Liga Comunista e Liga Marxista. Após um processo de fusão de mais de um ano que conseguiu superar ataques externos e boicotes de outra organização que fazia parte do processo, finalizamos com um congresso que contou com outras organizações marxistas nacionais e internacionais em sua abertura.<br /><br />Após um amplo e democrático debate no qual discutimos a conjuntura internacional e nacional, analisamos a necessidade de um partido revolucionário e com base nas discussões, deliberamos pela criação de um partido revolucionário de quadros, o Partido Comunista.<br /><br />Dessa forma, as três organizações se dissolveram no Congresso e hoje somos o Partido Comunista. Sendo assim, a partir de hoje encerramos nossas publicações nessa página e o Partido Comunista passará a publicar suas matérias na página Folha do Trabalhador (<a href="http://www.folhadotrabalhador.org/">http://www.folhadotrabalhador.org/</a>).<br /><br />Viva a revolução!<br /><br />Viva o Partido Comunista!<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-86365409157981243012023-07-09T11:03:00.008-07:002023-07-09T11:09:25.821-07:00Balanço do congresso do Partido Comunista<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuEj9oTxVkOiZxldo4lfcLpmdagfTVPAgJWGnhwRWTG8BVGHX0gdNTo5KVTnkZJn3VdTwKRSHvVqWse1sp5v0p4wSbu8KljMOLSCiCMaVv7i-pvbnY_p-mBHgaH3m-CwI2UJ9heFCB_hekmYQUKk4hD01oRVZoW_6cluWb5GLGsp6uN-oJCQe5vpJYdMya/s1600/PCiCong.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="2560" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuEj9oTxVkOiZxldo4lfcLpmdagfTVPAgJWGnhwRWTG8BVGHX0gdNTo5KVTnkZJn3VdTwKRSHvVqWse1sp5v0p4wSbu8KljMOLSCiCMaVv7i-pvbnY_p-mBHgaH3m-CwI2UJ9heFCB_hekmYQUKk4hD01oRVZoW_6cluWb5GLGsp6uN-oJCQe5vpJYdMya/w640-h360/PCiCong.png" width="640" /></a><br /><br /><span style="font-family: "Times New Roman", serif; text-align: justify;">Nos
dias 30 de junho, 01 e 02 de julho de 2023 foi realizado o Congresso de
fundação do Partido Comunista. A fundação é uma iniciativa de três ligas de
trabalhadores comunistas: a Liga Marxista, a Liga Comunista e a Liga
Socialista. Após um processo de fusão de mais de um ano o Congresso foi
finalizado e contou com a presença de camaradas do Pará, Ceará, Pernambuco, Espírito
Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, portanto,
oito Estados do país das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">O
fórum reuniu professores das redes públicas federais, estaduais, municipais e
universitários; operários da construção civil; petroleiros; trabalhadores
aposentados; comerciários; bancários; programadores e trabalhadores
técnico-administrativos de universidades. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">O
Congresso recebeu, em sua abertura, saudações de organizações e ativistas do
Brasil e do mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Como
delegações internacionais, participaram diretamente da abertura do Congresso:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Ian
Donovan - Consistent Democrats - Grã Bretanha;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Robert
Montgomery – Consciência de Classe (Class Consciencious) - EUA<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Davey
Heller – Consciência de Classe (Class Consciencious) - Austrália<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">German
Motta – Tendência Militante Bolchevique da Argentina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Enviaram
saudações por escrito:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Partido
dos Comunistas dos EUA;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Grupo
Bolchevique – Coreia do Sul;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Luta
Socialista (Socialist Fight) – Grã Bretanha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Também
participou da abertura o companheiro Marcelo D'Agostini, um dos fundadores do
PT e da CUT, presidente do Sindicato dos Bancários de BH e região em 1987,
Secretário Geral da CUTMG 1992, ex-militante da OSI 1979-1982, ex-militante da
corrente Democracia Socialista 1983-1989.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Como
tradutores simultâneos da atividade o Congresso dispôs do trabalho voluntário
dos camaradas Vinícius Sobral, estudante universitário, e Raphael Bertoche,
programador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Enviaram
vídeos com saudações os camaradas:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Pedro
Paulo – Luta Pelo Socialismo (LPS) – Minas Gerais<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Ildebrando
José Paranhos, diretor do Sindiupes, Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Espírito Santo; Corrente Militância Socialista – Espírito Santo;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">José
de Lima Soares, ex-membro da oposição metalúrgica da cidade de São Paulo, o
MOMSP, um dos fundadores do PT e hoje Professor da Universidade Federal de
Catalão- Goiás;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Pedro
Barbosa, ex-membro da oposição metalúrgica de São Paulo (MOMSP), militante do
movimento negro e atualmente professor universitário em Minas Gerais;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Antônio
Sérgio Guimba, um dos fundadores do PT, ex-militante da OSI, participou do
comando de greve dos bancários em 1979.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Das três organizações que
construíram o processo de fusão, cada uma possui uma trajetória própria, uma
tradição política e se encontram em Estados distintos do país. Inclusive, até o
início do processo de fusão, pode-se dizer que também pertenciam a tradições
internacionais distintas como a 3ª, a 4ª Internacionais e Liga pela 5ª
Internacional. As três organizações deliberaram por se dissolver e a partir de
então construir o Partido Comunista, um partido revolucionário de quadros que
terá como órgãos de divulgação de suas ideias principalmente o site Folha da
Classe Trabalhadora (</span><a href="http://www.folhadotrabalhador.org/"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">http://www.folhadotrabalhador.org/</span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">) e o canal de vídeo Emancipação do
Trabalho (</span><a href="https://www.youtube.com/@emancipacaodotrabalho1913"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">https://www.youtube.com/@emancipacaodotrabalho1913</span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Com base no debate e no estatuto,
aprovado no seu primeiro Congresso, o Partido Comunista é uma organização marxista
que luta pela superação do capitalismo, pelo estabelecimento da Ditadura do
Proletariado e pela conquista do socialismo mundial. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">O Partido Comunista também
compreende que o materialismo-histórico-dialético se faz pensando as questões
do tempo presente. Por isso defendemos o pensamento decolonial marxista que
pensa as lutas de classes a partir de nosso lugar e as contradições e conflitos
históricos que nos formaram e que devem ser combatidos para que possamos,
realmente, nos tornar uma nação igualitária, soberana e ciente de seu papel na
geopolítica mundial. A luta da classe trabalhadora é sempre nacional e
internacional.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">É preciso reavivar o conceito de
lutas de classes dos trabalhadores contra a burguesia em todos seus aspectos. O
pensamento liberal e neoliberal tenta obliterar essa compreensão com o intuito
de confundir e dividir a classe trabalhadora. O chamado de Marx e Engels para a
união continua absolutamente atual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">No
processo de construção, a fusão que se consumou no Congresso conseguiu superar assédios
políticos externos e manobras de uma outra organização que fazia parte do
processo, ações que visavam desviar o potencial da construção da nova
organização através da cooptação para essas organizações já existentes. O
resoluto rechaço a essas tentativas liquidacionistas do processo de fusão deu
mais coesão e firmeza ao nascimento do Partido Comunista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Para além das digressões sobre as
vertentes trotskistas e stalinistas, entendemos que devemos olhar histórica e
dialeticamente para a nossa realidade atual e vislumbrar a necessidade de unir
forças para combater nossos inimigos em comum. O Partido Comunista visa agregar
as forças de esquerda nacionais e internacionais para construirmos uma nova
Internacional Comunista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Viva
a revolução!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Viva
o Partido Comunista!<o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-20162295732296872982023-07-09T10:43:00.001-07:002023-07-09T10:43:24.880-07:00Saudação de Pedro Barbosa ao Congresso do Partido Comuista<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaLR2yrniZKXi1Qg5Gcmxt4h4bwqKNcQKAgQNKaTtOIePeX5r3myCmvYWq5vx3Y46ewkV9QxbWZ9WDBcs363EVAaVlJ7E-Iiw3peqTwzpAmw3IlH6SE1HRrUXeG5CtgIsNKp48AC3siWMjqJ_vXKLERncZ6K_8mk-yF-x8WuJKkmy18GFbao_RF0uXgG_r/s656/pedroBarbosa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="404" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaLR2yrniZKXi1Qg5Gcmxt4h4bwqKNcQKAgQNKaTtOIePeX5r3myCmvYWq5vx3Y46ewkV9QxbWZ9WDBcs363EVAaVlJ7E-Iiw3peqTwzpAmw3IlH6SE1HRrUXeG5CtgIsNKp48AC3siWMjqJ_vXKLERncZ6K_8mk-yF-x8WuJKkmy18GFbao_RF0uXgG_r/s1600/pedroBarbosa.jpg" width="394" /></a><br /><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyNfeQvCWAb2UVfD2HeDnZI3hnYcA0MYDeqn4NeoARr1I3hyV89tveJCtY2Jxwe619JpCS9tN529of6tj0WHw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p>Saudação do querido camarada Pedro Barbosa à abertura do I Congresso do Partido Comunista. Pedro foi membro da oposição metalúrgica de São Paulo (MOMSP), militante do movimento negro
e atualmente professor universitário em Minas Gerais; </p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-23296361577683696092023-07-09T10:28:00.006-07:002023-07-09T10:34:50.815-07:00Saudação de Antônio Sérgio "Guimba" ao Partido Comunista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7BYi6LEFguR8rG_zLh0y90PuJROGYD5cu-bK5LM9ITPsSZPG6ra-rVh9Ja752rFTjL6CHL-sXmEttrJwvy6Ya8OmK-gZJOGyXaPMTwujUaVeFXLxmnTbhATm1K0muE2VAToEwvrbPAFYOOlRzJJnBnEM6r3GlOCAEb3klIkg9ZkaTjr9nc2CExsmIOJH5/s594/guimba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="594" data-original-width="408" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7BYi6LEFguR8rG_zLh0y90PuJROGYD5cu-bK5LM9ITPsSZPG6ra-rVh9Ja752rFTjL6CHL-sXmEttrJwvy6Ya8OmK-gZJOGyXaPMTwujUaVeFXLxmnTbhATm1K0muE2VAToEwvrbPAFYOOlRzJJnBnEM6r3GlOCAEb3klIkg9ZkaTjr9nc2CExsmIOJH5/s1600/guimba.jpg" width="440" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='400' height='322' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwq2pDswuylvQrQvyoqBhYnEhk2RCTHvrQNL5e5tVQdiIBKEBWLsCe-ycYnWXUIeSFT6WlnqPMiPAfxuj7IBw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div><br /></div><div>Antônio Sérgio Guimba, um dos fundadores do PT, ex-militante da OSI, participou do comando de greve dos
bancários em 1979 e em Minas Gerais, e ex-preso político.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-40062702770191037842023-07-09T10:11:00.006-07:002023-07-12T07:32:58.643-07:00PIAUÍ: Quando nem lixo deve ser jogado nas ruas, famílias são novamente ameaçadas de despejo em Teresina!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOwp6gCvVb49WTiG1Ck-cvrD-1PkwND8HWq1dxww-DS8CIq_ndjAV7xOV8pRtgP_4oL73fRAVHpT_7iOr7X7_dA9Ja2vtol_1AOgbCgOwUad3RvJoxYf6OgPoIAljMXqyhMeGs_-UkuwDApu2xp8jz9oh6n69NOJ3s9Fsam-7-P5_WiGKDxoCGFnxJ_oz6/s1600/BeiraRioTodes.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="904" data-original-width="1565" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOwp6gCvVb49WTiG1Ck-cvrD-1PkwND8HWq1dxww-DS8CIq_ndjAV7xOV8pRtgP_4oL73fRAVHpT_7iOr7X7_dA9Ja2vtol_1AOgbCgOwUad3RvJoxYf6OgPoIAljMXqyhMeGs_-UkuwDApu2xp8jz9oh6n69NOJ3s9Fsam-7-P5_WiGKDxoCGFnxJ_oz6/w640-h370/BeiraRioTodes.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div> Coordenação da Organização Popular<br /><br />A Ocupação Beira-Rio, localizada na Zona Sul de Teresina-PI, encontra-se mais uma vez ameaçada de despejo. Sexta-feira passada, primeiro de julho, um oficial de justiça entregou uma liminar de reintegração de posse – uma ordem de despejo –, estabelecendo prazo de 15 dias para contestação. Desde então, as famílias se movimentam no sentido de barrar esta absurda decisão judicial proferia pelo senhor João Gabriel Furtado Baptista, da 2° Vara dos Feitos Públicos da Comarca de Teresina.<br /><br />A primeira ação de despejo contra a comunidade ocorreu há pouco mais de um mês, quando agentes da Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD) e da Guarda Municipal, sem qualquer mandado judicial ou aviso prévio, na base de muita violência, destruíram e atearam fogo em barracos e expulsaram os moradores. As famílias, que lutam pelo direito humano à moradia justamente por não terem para onde ir, retornaram e reocuparam corajosamente a área. O terreno é registrado como sendo de interesse público e desde a década de 1970 encontra-se abandonado, sem cumprir nenhuma função social.<br /><br />A mesma prefeitura, depois da repercussão do feito, que resultou, inclusive, na prisão de uma liderança comunitária, pareceu “arrependida” e publicou matéria oficial que dizia ter doado o terreno para as famílias.<br /><br />“Não dá para confiar nenhum pingo! Ou o povo acredita no povo, na sua organização, na sua união, na sua luta, ou vamos passar mais quinhentos anos de massacres e enganação”, declarou Francisca Tatiana, moradora da Beira-Rio.<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBUVLvWNjsdfQZB4yqCAETdoBim8ZVBMB3jfl7aGWTTYSpMTJYZ3IFxWUJHvR7q-bNV4Ok_VFAtk7OW6KKSfPfkN7c0PyGM5Y01WbsqQKM-7yH7GmTRl9PCwpcpipZXlySfrTgovjz1_8hdmpT-4B3gQsg_TchEgJhsKBtwdsARR8cOflnPSoej6FJHo/s4000/Morador%20Beira-Rio.jpg"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBUVLvWNjsdfQZB4yqCAETdoBim8ZVBMB3jfl7aGWTTYSpMTJYZ3IFxWUJHvR7q-bNV4Ok_VFAtk7OW6KKSfPfkN7c0PyGM5Y01WbsqQKM-7yH7GmTRl9PCwpcpipZXlySfrTgovjz1_8hdmpT-4B3gQsg_TchEgJhsKBtwdsARR8cOflnPSoej6FJHo/w640-h480/Morador%20Beira-Rio.jpg" width="640" /></a><br /><br />O direito à moradia é fundamental para a vida de qualquer ser humano. No entanto, no Brasil, ele é negado para dezenas de milhões de pessoas. Enquanto isso, bancos e grandes empresas multiplicam seus lucros a cada ano, com a sangria dos cofres públicos e, consequentemente, dos corpos da imensa maioria dos brasileiros.<br /><br />Em Teresina, a prefeitura vem encabeçando uma sequência feroz de despejos. São famílias, comunidades inteiras, uma após a outra, lançadas no olho da rua sem qualquer amparo. Como se não fosse justamente do Estado, sustentado pelos impostos pagos pela classe trabalhadora – incluindo os sem teto despejados –, a responsabilidade constitucional de assegurar os direitos básicos a todo ser humano, inclusive o de moradia (Artigo 6° da Constituição Federal). O que fazem é desumano, é cruel, é covardia, é criminoso!<br /><br />Exigimos do Governo Estadual e Federal o devido e urgente posicionamento político, uma vez que, segundo a mesma Constituição, assegurar o direito à moradia também é de competência dessas duas esferas. Governantes, se lavarem suas mãos na pia da omissão, serão eternamente responsabilizados por qualquer mal infringido contra a integridade física ou mental de qualquer uma dessas pessoas – mulheres, homens, crianças, idosos.<br /><br />Também lembramos aos poderes constituídos que a comunidade não quer guerra. As famílias querem moradia, querem sossego, dignidade, querem ser tratadas como gente. Gente que são, gente de direito! Nem lixo deve ser jogado nas ruas, quanto mais um ser humano. Por esse motivo, mobilizaremos toda a união do povo, todo o apoio possível da gente que é gente e resistiremos junto com a comunidade até as últimas consequências. Beira-Rio é OPA, OPA é Beira-Rio!<br /><br /><br /><br />sábado, 8 de julho de 2023<br /><span style="font-size: large;">Beira-Rio resiste e amplia apoios contra despejo<br /></span><br />Thales Emmanuel, militante da OPA.<br /><br />Quando foi perguntado em assembleia lotada se “medo ou confiança”, escutou-se numa só voz: CONFIANÇA!<br /><br />As 53 famílias da Ocupação Beira-Rio (Teresina-PI), por completo, as mais de 20 crianças, as gestantes, os idosos, as mulheres e os homens ergueram suas vozes em assembleia ontem à noite para reafirmar que não vão sair de sua terra, de suas casas. A Ocupação Beira-Rio resistirá até o fim.<br /><br />A coragem vem da necessidade, mas não somente. Vem igualmente da firme compreensão, fortalecida com a construção da resistência, de que gente deve ser tratada como gente.<br /><br /> O dia de ontem foi bastante corrido, muitas reuniões com apoiadores. Quem é sério não tem como não abraçar uma luta tão justa quanto a do direito humano à moradia. Padres, pastores, mãe de santo, deputado, comunidades, organizações populares, sindicatos, o arcebispo de Teresina... Incontáveis são as entidades e personalidades, de vários estados do Brasil, que declaram que estão do lado da vida e contra o despejo. Em conversa realizada na parte da manhã com comissão da comunidade, Dom Juarez lembrou que “A terra é dom de Deus, e os dons de Deus são para todos”.<br /><br />Amanhã, domingo, será o Dia D Poder Popular! Uma manhã de atividades culturais organizada pela e na comunidade. É muita coisa para caber aqui neste pequeno texto. É melhor ir conferir de perto. Começa às 8 horas. Somos todos e todas convidadas!<br /><br />Sobre o juiz que, atendendo a solicitação da prefeitura, ordenou o despejo: foi promovido. No capitalismo, a crueldade é condecorada. Agora, outro magistrado julga o caso: o senhor Lirton Nogueira Santos. Para finalizar, a comunidade faz questão de advertir que “Os poderes constituídos serão os únicos culpados por qualquer atentado cometido contra a vida de qualquer pessoa da Beira-Rio”. Porque é certo que ENQUANTO MORAR FOR UM PRIVILÉGIO, OCUPAR É UM DIREITO!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-63605583499237727012023-07-09T09:57:00.004-07:002023-07-09T10:01:58.845-07:00O Plano da Extrema Direita no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiZrvGlBMM2nKm_FjwTkc_0LVlf1WPiCQV42rxWgXxvPpY2O7SD5RvBtZkoPgNIeE8gPMMpHaeCaRGg69u9JtHKbhCTI4Vs089VdpwOB5gVUmZWTeCaL2sIMnOTFVR2gbEMrOD9dmE3fAH-VN5MpTPdFpxtcr8DN5r6J2zT03_2Y-oMQPUJjpq-npPdn2o/s474/OIP.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="474" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiZrvGlBMM2nKm_FjwTkc_0LVlf1WPiCQV42rxWgXxvPpY2O7SD5RvBtZkoPgNIeE8gPMMpHaeCaRGg69u9JtHKbhCTI4Vs089VdpwOB5gVUmZWTeCaL2sIMnOTFVR2gbEMrOD9dmE3fAH-VN5MpTPdFpxtcr8DN5r6J2zT03_2Y-oMQPUJjpq-npPdn2o/s1600/OIP.jpg" width="640" /></a></div><br /><div><br /></div>* Fábio Sobral<div><br />A extrema direita tem um método de ação comum no mundo. Sua construção obedece a um plano bem detalhado. Ela precisa eliminar forças rivais no mesmo espectro político e centrar forças em criar o caos.<br /><br />A tomada do Partido Republicano dos Estados Unidos pelos “libertários” seguiu a mesma sistemática. Temos lições importantes a aprender desta experiência.</div><div><br />Antes de tudo é preciso dizer o que significa esse rótulo de libertários. Um movimento que surgiu contra a entrada de pessoas negras nas escolas americanas em 1956. Seu mentor intelectual foi James McGill Buchanan, autor da famosa “teoria da escolha pública” e homenageado com o prêmio Nobel de Economia. Na verdade, não há prêmio Nobel de Economia. O correto é prêmio de Economia em homenagem a Alfred Nobel.<br /><br />O nome de sua principal teoria (Escolha Pública) poderia fazer crer em algo que ressalte a importância de uma correta escolha dos interesses do público. Mas não é essa a sua intenção. Ele odiava os regimes democráticos. Odiava os direitos civis, o que nós chamamos de direitos humanos. Odiava funcionários públicos que obedeciam aos interesses da maioria de votantes. Tais funcionários poderiam ser governantes, funcionários de carreira ou parlamentares.<br /><br />Em suma, Buchanan odiava qualquer traço de participação popular. Para combater tal participação ele cria a Escola de Economia da Virgínia, muito mais influente e poderosa do que o movimento neoliberal. Seus tentáculos se espalharam pelas faculdades de Economia dos Estados Unidos. Daí passaram a atrair estudantes de pós-graduação do mundo todo. Do Brasil também.<br />Tais estudantes voltaram para seus países de origem e dirigiram seus próprios programas de pós-graduação. Destes locais atacaram todas as visões divergentes. Expulsaram professores dissonantes. Passaram a ocupar as disciplinas de graduação e a formar militantes em escala quase industrial.<br /><br />Não era preciso formar os estudantes com pleno conhecimento de seus fundamentos filosóficos, então incentivaram a filosofia da meritocracia, uma forma sutil de dizer que as decisões sobre o destino de um país devem estar nas mãos de especialistas, ou melhor, dos seus especialistas.<br /><br />Passaram a ocupar cargos públicos na justiça, promotorias e varas judiciais. Nos bancos privados e no Banco Central. Nas assessorias governamentais e parlamentares. Quantos não foram empregados em governos de esquerda sob o manto da eficiência.<br /><br />Ocuparam as plataformas digitais com algoritmos que selecionam conteúdos favoráveis a eles e os espalham como um incêndio em floresta seca. E algoritmos que escondem e subnotificam os conteúdos desagradáveis aos seus desejos antidemocráticos, racistas e antissociais.<br />Suas táticas envolvem produzir absurdas declarações vindas de pastores, deputados, influenciadores digitais, artistas, apresentadores de TV e de rádio. Tais declarações disparam agentes que atacam escolas, populações oprimidas (negros, mulheres, LGBTQIA+, religiões minoritárias, pobres, nordestinos, indígenas, entre outros) e pessoas com visões políticas distintas.<br /><br />Seu plano divide-se em três frentes: a) ataques brutais com assassinatos, de preferência; b) ataques aos adversários de direita; e c) ataques à esquerda, ou a todos os que querem algum mecanismo de redução das desigualdades e de humanização social.<br /><br />Os ataques brutais querem que os grupos atacados acabem por votar leis que piorem condições de convivência democrática. A instauração de um estado de vigilância que acaba sendo uma armadilha para ser usada mais adiante pela própria extrema direita. Caos em larga escala seguido de militarização da vida.<br /><br />Os ataques aos adversários de direita vão silenciando paulatinamente as vozes da direita moderada, que acredita em regras e instituições. Mesmo a direita autoritária, mas que não é absolutamente fiel. Temos os casos do abandono de Deltan Dallagnol e do próximo abandono de Sérgio Moro, além dos ataques a Tarcísio de Freitas.<br /><br />A extrema direita não quer a existência política de quaisquer pessoas que se oponham ao seu plano de eliminação das sociedades democráticas. Ela quer cães fiéis e dispostos a tudo.<br /><br />A esquerda e os que têm qualquer plano de redistribuição de renda e melhorias sociais para alcançar sociedades mais humanas são seus inimigos mortais. Para eliminar tais inimigos a extrema-direita irá preparar mudanças constitucionais, alterar regras, expulsar das universidades e escolas, das mídias, lentamente preparando o caos militarizado, até que a maioria clame por sua “ajuda” para deter o caos e trazer a “ordem”.<br /><br />Lidamos com o mais perigoso dos inimigos. E ele rasteja lentamente invadindo nossas casas, escolas, universidades, igrejas. Como disse antes, não estamos lutando contra neoliberais que querem privatização de empresas estatais. Lutamos contra um inimigo não compreendido. Um monstro que se esgueira para cortar nossas gargantas em uma longa noite de terror!<div><br /></div>* Professor da UFC nos cursos de Economia Ecológica, Economia e Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) Economista com doutorado em Filosofia pela Unicamp. Fábio Sobral é um economista marxista independente que colabora com artigos e lives para o site Folha do Trabalhador e para o canal Emancipação do Trabalho.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-43998418161642583962023-07-06T16:08:00.004-07:002023-07-06T19:14:58.779-07:00Saudação de Pedro Paulo da corrente Luta Pelo Socialismo (LPS) ao Congresso do PC<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxiL2CdiG6DPPPMoylraRz9Dg33UxL_i9vKd8U2-8HflBB9748mdUkNRMwf6mkFa39blywOjbtWqcYYzqxlMzWGrcgysPcoNwqjcYkbxpGficAckGw-oN6UR4_zl9Df-D8toeH3NtcyyNvXg5ZlWXJbCcVfS4UEwtVh848yV8Fy0FXrA6IZJABIOp4ygqS/s308/PepeLPS.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="305" data-original-width="308" height="634" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxiL2CdiG6DPPPMoylraRz9Dg33UxL_i9vKd8U2-8HflBB9748mdUkNRMwf6mkFa39blywOjbtWqcYYzqxlMzWGrcgysPcoNwqjcYkbxpGficAckGw-oN6UR4_zl9Df-D8toeH3NtcyyNvXg5ZlWXJbCcVfS4UEwtVh848yV8Fy0FXrA6IZJABIOp4ygqS/s1600/PepeLPS.jpg" width="640" /></a><br /><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxUAMz6MgP4RziJx2b5pntKqHbwlda2jQ0ndMsT2m1uC4IV8_mGBHeIRPBwHqCXFfvUC9PKrXvWcwdUcejX2Q' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p>Saudação do camarada Pepê, dirigente histórico das lutas dos trabalhadores dos correios do Brasil, dirigente da corrente <a href="https://www.lutapelosocialismo.org.br/" target="_blank">Luta Pelo Socialismo (LPS)</a>. Pedro Paulo gentilmente fez e enviou um vídeo de saudação ao Congresso de fundação do Partido Comunista, gravado diretamente do 14° CONTECT, Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos, realizado em Brasília no mesmo período do Congresso de fusão das Ligas Marxista, Liga Comunista e Liga Socialista.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-71200046435078791812023-07-06T15:55:00.002-07:002023-07-06T19:29:59.607-07:00Saudação do Grupo Bolchevique da Coreia do Sul ao I Congresso do Partido Comunista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRcgp77jsMtSUVshTaf2nAMCGsR8fimOaOo_9dTk4k0DM5gTs47SLbVpXUjoNW_juFEIjK08dQ7QZhSR4ColS2WxCaZY1hqwHOZ1ILjhJWtSpO_cEk7t07luCvzGcFHQtX7wuj0fq3_PtO0JDzCyQXyxtIz55q09s9naK2pqwQiebH4oiIOeNhdEJTmHzH/s400/GBSKingl.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="307" data-original-width="400" height="492" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRcgp77jsMtSUVshTaf2nAMCGsR8fimOaOo_9dTk4k0DM5gTs47SLbVpXUjoNW_juFEIjK08dQ7QZhSR4ColS2WxCaZY1hqwHOZ1ILjhJWtSpO_cEk7t07luCvzGcFHQtX7wuj0fq3_PtO0JDzCyQXyxtIz55q09s9naK2pqwQiebH4oiIOeNhdEJTmHzH/s1600/GBSKingl.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><a href="https://bolky.jinbo.net/index.php?mid=page_Hecx81" target="_blank">Grupo Bolchevique</a> da Coreia do Sul<br /><p>Parabéns ao Congresso de Fundação do Partido Comunista no Brasil</p><p>Camaradas,</p><p>Soubemos da fundação de um verdadeiro partido revolucionário no Brasil. Nossos corações estão cheios de alegria.</p><p>Nós, o Grupo Bolchevique da Coreia do Sul, saudamos e felicitamos calorosamente a fundação do Partido Comunista no Brasil.</p><p>Numa carta aberta, os camaradas declararam apoio à Rússia na guerra da Ucrânia contra o imperialismo dos EUA e da NATO. A guerra na Ucrânia está agora a dividir fortemente o campo revolucionário e o campo oportunista. Através desta posição sobre a guerra na Ucrânia, acreditamos que reconheceram corretamente o imperialismo como a raiz dos males sociais capitalistas e como a sustentação do sistema mundial e mostraram a vossa determinação em resistir. Através da vossa posição em relação ao governo Lula, também mostraram a vossa determinação em se oporem firmemente à colaboração de classes e a escravidão. Além disso, os camaradas manifestaram o seu apoio militar a Cuba, à Palestina, à Síria, à China, à Coreia do Norte e ao Vietname.</p><p>Não poderíamos estar mais de acordo com a posição dos camaradas sobre estas questões fundamentais do nosso tempo.</p><p>A fundação de uma organização brasileira unida elevará o moral da classe trabalhadora mundial e inspirará a construção de uma liderança comunista internacional. Apesar de não podermos estar convosco, camaradas, teríamos chegado aí em vosso Congresso e partilhado a alegria e a emoção se pudéssemos.</p><p>Este é o momento de grande desvantagem para o imperialismo e de grande vantagem para a classe trabalhadora mundial. Nos últimos anos, têm-se acumulado acontecimentos que enfraqueceram a hegemonia imperialista e elevaram o moral do povo trabalhador em cada país. A derrota dos EUA no Afeganistão foi um acontecimento representativo. Além disso, a estratégia imperialista continua a falhar na Síria, Venezuela, Bolívia, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Norte, Irão, Sri Lanka, Hong Kong, etc. Se voltarem a perder na Ucrânia, as fissuras no sistema mundial imperialista acelerar-se-ão de forma decisiva. É por isso que os saqueadores imperialistas estão a lutar desesperadamente nesta guerra.</p><p>Mas mesmo com as melhores oportunidades, a porta da libertação não se abre por si só. A liderança internacional, armada com coragem inabalável e teoria revolucionária científica, é a chave decisiva para conduzir a classe trabalhadora e a humanidade à libertação. Neste sentido, damos as nossas mais calorosas felicitações aos camaradas que hoje se reuniram para a fundação do Partido Comunista. Juntamente convosco, camaradas, lutaremos para construir a direção internacional.</p><p>-Trabalhadores do mundo, uni-vos!</p><p>-Abaixo a "Colaboração de Classe, Chauvinismo Imperialista", o Primeiro Elo da Cadeia de escravidão Imperialista!</p><p>-Estabelecer um Partido Internacional Revolucionário que quebrará as correntes da escravidão!</p><p>30 de junho de 2023</p><p><a href="https://bolky.jinbo.net/index.php?mid=page_Hecx81" target="_blank">Grupo Bolchevique</a></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-59162744040209435922023-07-04T07:12:00.002-07:002023-07-04T07:12:51.928-07:00Saudação de José de Lima Soares ao Partido Comunista<p><i style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: justify;"></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR3U8wUBL86jDVkp2lrMLC7n6YbdU8YdOczE3BO50Yxl2pCklsGyNNNrbicsl-tY2by4I502ZWVJJK0HppR3MtV7_w_CgRqE9fhHxXaoYvUdrL5bIGuegeOIBVkHz5pPim8h3wh23hkqQC5jqK235xMxNzdtZUpTxLr6BAlzo8rCkVGnMjDn87sHO4ETbO/s1600/Soares1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="659" data-original-width="429" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR3U8wUBL86jDVkp2lrMLC7n6YbdU8YdOczE3BO50Yxl2pCklsGyNNNrbicsl-tY2by4I502ZWVJJK0HppR3MtV7_w_CgRqE9fhHxXaoYvUdrL5bIGuegeOIBVkHz5pPim8h3wh23hkqQC5jqK235xMxNzdtZUpTxLr6BAlzo8rCkVGnMjDn87sHO4ETbO/w416-h640/Soares1.jpg" width="416" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyHGUQiHS31SSR8MyCZQAQIE0H3U7JvvsC79hcuaLDG8RO0-EMSOcoHX_-Lf0CBJbLFyHvWZaFUkIKiAQJYCQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Clique na imagem acima para acessar ao vídeo de saudação do camarada Soares</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div>O camarada Soares, o "Soarão" como era chamado pelos outros militantes à época, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Foi membro do MOMSP (Movimento de Oposição Metalúrgica de São Paulo). Formou-se em Sociologia e Política, fez Mestrado em Sociologia do Trabalho pela Unicamp e Doutorado e Pós-Doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília - UnB. É Professor de Sociologia e pesquisador da Universidade Federal de Goiás – UFG/CAC. É autor dos seguintes livros: O PT e a CUT nos anos 90: Encontros e Desencontros de duas Trajetórias (Fortium, 2005); Sindicalismo no ABC Paulista: Reestruturação Produtiva e Parceria (Universa, 2006) e Ensaios de Sociologia do Trabalho (Ed. Ciência Moderna, 2011). É dirigente sindical da ADCAC, filiada ao Andes (Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior).<div><br /><div><br /></div><div><b>Mais sobre o tema:</b></div><br /><a href="https://lcligacomunista.blogspot.com/2014/08/entrevista-prof-jose-de-lima-soares.html" target="_blank">ENTREVISTA do PROF. JOSÉ DE LIMA SOARES à Liga Comunista</a></div><div><span style="font-size: x-small;">14 de agosto de 2014<br /></span>“A Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo buscava integrar o sindicato e outros organismos de resistência operária na perspectiva da luta de classes.”</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-81360608103185474842023-07-01T17:31:00.003-07:002023-07-01T17:43:43.007-07:00Saudação do CC do Partido dos Comunistas dos EUA ao Congresso de fundação do Partido Comunista<p><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="1536" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmk0_QvQyQOv7JFF1flgrVEEUk8s95Dd9QnBMUs0Y9qVEFG415QEUz0e82ZfpH1z9RRlU9i26RiN2_QwscANhfgfOC0Imc5Cv68z_WKb88YXIfUB9lUygiOAYsxldA0z2i8-aDsbYl62_WLbTpXBF5sMsd1H15CbEpHNLhkWQ_6qci2BerofLE-chJYsG_/s1600/Kulture-Partners_Post-Image_Federal-Arts-Project_waifu2x_art_noise1_scale1.webp" width="640" /><br /><br /></p><p>Caros camaradas,</p><p>O Partido dos Comunistas dos EUA (PCUSA) envia as suas saudações ao congresso de fundação do Partido Comunista, que se realiza de 30 de junho a 2 de julho.</p><p>A hegemonia unipolar dos Estados Unidos está a desmoronar-se rapidamente e os movimentos populares em todo o mundo estão agora na ofensiva pela primeira vez em três décadas. Os russos lutam ativamente contra o Quarto Reich (imperialismo da NATO/UE) na Ucrânia, e a China é agora o líder do mundo em líder do mundo em desenvolvimento, levando o desenvolvimento económico, a prosperidade e a e autodeterminação ao Sul do mundo.</p><p>À medida que a situação global muda rapidamente, os comunistas de todo o mundo precisam entrar em ação. O Brasil é um membro integrante do BRICS e os comunistas brasileiros devem agir-se para aproximar o Brasil da Rússia, da China e da unidade da América Latina. O Brasil precisa de um Partido Comunista combativo que possa unificar os operários e camponeses do Brasil, e este congresso é o primeiro passo na construção desse partido.</p><p>O Partido dos Comunistas dos EUA saúda o Partido Comunista no seu congresso de fundação!</p><p>Viva o Socialismo-Comunismo!</p><p>Viva o Marxismo-Leninismo!</p><p>Viva a Luta Anti-Imperialista!</p><p><br /></p><p>Comité Central</p><p>Partido dos Comunistas dos EUA</p><p><br /></p><p>info@partyofcommunistsusa.net</p><p>P.O. Box 140434 Staten Island, NY 10314-0434</p><p>https://partyofcommunistsusa.net/"</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaEvzcil9R5fZ1WKWgNCK1YBzumUT3gr3ptyw2csdMNDZchQNfJDpd7VfHyHWkYeu-xAgJGXH9SyELFzNArLj5LU6oEJFAZjF_n9QnzbinbZYuhM3nJ4TUWroks0BehWin7GDypr1l_d5sYVqnlDj9FFh_Tt9M06ZacDvOcsDdYeU8bMh3oZmpIRMTcRIK/s570/pcusaGrettings.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="570" data-original-width="491" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaEvzcil9R5fZ1WKWgNCK1YBzumUT3gr3ptyw2csdMNDZchQNfJDpd7VfHyHWkYeu-xAgJGXH9SyELFzNArLj5LU6oEJFAZjF_n9QnzbinbZYuhM3nJ4TUWroks0BehWin7GDypr1l_d5sYVqnlDj9FFh_Tt9M06ZacDvOcsDdYeU8bMh3oZmpIRMTcRIK/w552-h640/pcusaGrettings.jpg" width="552" /></a></div><br /><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-44140103624858386162023-06-22T21:48:00.007-07:002023-06-22T21:48:55.432-07:00ARGENTINA: Abaixo a repressão em Jujuy! Não à reforma reacionária da constituição provincial! Pela liberdade imediata de todos os prisioneiros por lutar!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjYoA_uKYv2iKHrXvG2hvyFY7qqg80ziDs6Cq2fMWvZo6DyiLgC_DLFtVQPa4AEJf15nt664CbT7SouTwxcRs3QOZ7Um3NZHpkhKFbWQBAJThc7bOY9wtF_J-4vdDmtAO29iqIk-LVss2kkZ6rgAhpIW9iaMpMEOV_h3wht7Ahdy1obOKH-gK0zGKV0AI3/s1200/WhatsApp%20Image%202023-06-22%20at%2014.38.15.jpeg"><img border="0" height="361" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjYoA_uKYv2iKHrXvG2hvyFY7qqg80ziDs6Cq2fMWvZo6DyiLgC_DLFtVQPa4AEJf15nt664CbT7SouTwxcRs3QOZ7Um3NZHpkhKFbWQBAJThc7bOY9wtF_J-4vdDmtAO29iqIk-LVss2kkZ6rgAhpIW9iaMpMEOV_h3wht7Ahdy1obOKH-gK0zGKV0AI3/w640-h361/WhatsApp%20Image%202023-06-22%20at%2014.38.15.jpeg" width="640" /></a><br /><br />Tendência Militante Bolchevique - Argentina<div><br />A reforma da constituição em Jujuy, promovida pelo governador de "Juntos" - Morales - representa um ataque aos direitos democráticos dos trabalhadores como a livre circulação, em um claro objetivo de atacar as lutas populares. A reforma também tem um ataque aos direitos dos povos indígenas como no caso de terras públicas e recursos naturais. Nesse contexto, desde o dia 20 de junho, os indígenas mantêm um bloqueio na Rota 9, enquanto os professores continuam a greve, que já está em sua segunda semana. O governo de Morales respondeu com uma repressão feroz.<br /><br />Já em 20 de junho, a <a href="https://www.inforegion.com.ar/2023/06/21/represion-en-jujuy-170-heridos-y-68-detenidos/">repressão</a> do governo Morales contra as mobilizações provocou 170 feridos e mais de 68 detidos.</div><div><br />Pela reforma reacionária da constituição provincial, Morales concorre como candidato dos pesados interesses econômicos que vêm exigindo o aprofundamento do ajuste, além de representar os interesses das grandes multinacionais mineradoras, especialmente em relação ao lítio.<br /><br />Na quarta-feira, 21 de junho, <a href="https://www.ambito.com/politica/trabajadores-mineros-se-sumaron-las-marchas-contra-la-reforma-constitucional-jujuy-n5751264">os mineiros</a> de Purmamarca se uniram às manifestações contra a reforma da constituição provincial. <br /><br />Deve-se notar que Morales manteve a lutadora popular Milagros Salas na prisão por 7 anos. Deve-se notar também que a grande maioria dos convencionalistas da Partido Justicialista de Jujuy <a href="https://www.perfil.com/noticias/politica/respaldo-pj-local-aprobacion-nueva-constitucion-jujuy.phtml">votou a favor da reforma reacionária</a> da constituição provincial.<br /><br />Os trabalhadores e os explorados e oprimidos de Jujuy só podem contar com seus próprios métodos de luta para deter o avanço em seus direitos da reforma reacionária da constituição em Jujuy. Isso deve vir de mãos dadas com a construção de sua própria ferramenta política, um partido que una a luta por interesses imediatos com a defesa dos interesses históricos dos trabalhadores.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-48581117962247686052023-06-21T15:59:00.025-07:002023-06-23T06:12:49.491-07:00A Guerra da Ucrânia e a Terceira Guerra Mundial: o mundo multipolar é uma utopia reformista?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb05o4j5OPxIZuan_tJ3I9Ck2MPRDVvdh3JI6zyKWsu5wj5qJqYSIG3uSp69oeXURLhLw4IiUQW0q9yzSRNzLvW3Bwlj2yN97UgdwQupuqPyzvcZQ0o0LvYRC6lzp83Mu0xT0r_iiHb_EdES03MI2jxzHxzXFjxkAPLn8XcooPnNQH2H8aKqNGlKyueLBT/s1100/BRICS-2015-XI-Putin-1100x550.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="1100" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb05o4j5OPxIZuan_tJ3I9Ck2MPRDVvdh3JI6zyKWsu5wj5qJqYSIG3uSp69oeXURLhLw4IiUQW0q9yzSRNzLvW3Bwlj2yN97UgdwQupuqPyzvcZQ0o0LvYRC6lzp83Mu0xT0r_iiHb_EdES03MI2jxzHxzXFjxkAPLn8XcooPnNQH2H8aKqNGlKyueLBT/s1600/BRICS-2015-XI-Putin-1100x550.jpg" width="640" /></a></div><br /><p><span style="vertical-align: inherit;">Ian Donovan, <a href="https://www.consistent-democrats.org/" target="_blank">Democratas Consistentes</a>, Grã Bretanha</span></p><p><span style="vertical-align: inherit;">A guerra na Ucrânia está em preparação há muitos anos. Suas origens estão na natureza incompleta da contrarrevolução que tomou conta da URSS, e mais centralmente da Rússia, em agosto de 1991. Embora tenha dilacerado a URSS e fraturado o aparato cuja principal função durante décadas foi manter a propriedade estatal dos principais meios de produção, não resultou no desmembramento e destruição da Federação Russa, componente central da URSS. Fraturar o Estado não é o mesmo que obliterar seus componentes administrativos. Muitos elementos importantes sobreviveram, embora em alguns casos sob títulos diferentes. Mas, em muitos casos, eles preservaram atitudes em relação à propriedade e aos vários componentes e classes da sociedade russa que eram simplesmente costumeiras e o foram por muitas décadas, quase como um reflexo automático.</span><br /><br />Este é o contexto para o paradoxo da nova Guerra Fria de hoje. A força motriz da Guerra Fria original foi o antagonismo e a luta de classes: em 1917, impulsionada além do suportável pela primeira guerra mundial imperialista, a classe trabalhadora do Império Russo, apoiada pelo campesinato pobre dentro e fora do uniforme do exército, tomou o poder como classe e começou a tarefa de abolir o capitalismo. A onda revolucionária da qual este fez parte, apesar de convulsionar grande parte da Europa, só foi vitoriosa na Rússia. E isso foi depois de lutar contra a invasão de 13 exércitos estrangeiros, principalmente imperialistas – uma tentativa de contra-revolução de fora em aliança com o estado-maior da 'Guarda Branca' do czar executado. A revolução, na enorme, mas economicamente atrasada Rússia, ficou assim isolada e vítima de uma degeneração que fez com que o proletariado perdesse qualquer controle real do Estado criado pela revolução, que consolidasse uma camada privilegiada de burocratas operários sobre a classe trabalhadora no poder. O problema material é simplesmente que, enquanto o capitalismo imperialista avançado domina a maior parte do globo, uma revolução isolada dos trabalhadores, particularmente em um país atrasado, está em desvantagem material e, apesar do proletariado estar no poder, sofre opressão e privação material das condições de cerco econômico.<br /><br />A única solução para isso é a revolução mundial e a derrubada da burguesia nesses países avançados opressores, para quebrar o cerco. O cerco econômico e militar de um estado operário é uma arma crucial do imperialismo contra tais estados, exceto uma invasão militar direta. Se a revolução se atrasa demais, começa a restauração capitalista, de maneira molecular. Primeiro com a cristalização de camadas privilegiadas que passam a defender a conciliação com o inimigo de classe, racionalizando o isolamento nacional numa 'teoria' de que o socialismo pode ser construído dentro das fronteiras nacionais, abandonando a revolução mundial como objetivo. Continua com a dissolução formal das organizações internacionais e a cristalização gradual e posterior da burocracia operária original por camadas mais abertamente burguesas.<br /><br />Esse tipo de preparação molecular para a restauração capitalista levou várias décadas na URSS. Devido às profundas raízes sociais entre as massas que a revolução cavou, ela só pôde se cristalizar muito lentamente. Enquanto isso se cristalizava, a URSS, sob liderança burocrática desse tipo, lutou contra o gigantesco ataque imperialista de 1941 da Alemanha nazista e depois suportou o bloqueio militar e econômico de décadas do imperialismo dos EUA, expresso através da OTAN desde 1949. Mas a saúde da revolução mundial depende da classe trabalhadora organizada politicamente em escala internacional, ou seja, global, liderada por sua vanguarda política mais consciente e de pensamento claro. Uma vez perdido, se não for recuperado pela ação consciente das massas, a restauração capitalista nas mãos das diversas camadas privilegiadas analisadas acima torna-se praticamente inevitável.<br /><br />Assim, não havia forças com autoridade política e influência social capazes de defender a URSS em agosto de 1991: apenas um remanescente decrépito do regime burocrático anterior tentou preservá-lo contra os piratas aloprados alinhados atrás de Gorbachev e especialmente Yeltsin. Eles eram realmente um bando fraco e quando seu esforço de golpe de três dias falhou, a URSS foi aparente e rapidamente varrida quando Yeltsin, o ex-chefe do Partido Comunista de Moscou, assumiu o controle da Rússia e rapidamente dissolveu o estado central, embarcando em uma massiva exercício de privatização e uma 'terapia de choque' [doutrina de rapina rentista-colonialista aplicada à Rússia nos anos 1990, tendo como modelo o Chile dos anos 1980, sob a ditadura de Pinochet] econômica que forçou milhões de pessoas à fome, desespero e morte enquanto seus padrões de vida eram rapidamente destruídos. A expectativa de vida caiu cerca de 5 anos sob Gorbachev e Yeltsin no início dos anos 1990, algo que só pode ser comparado em tempos de paz durante os anos 20 pela coletivização forçada do campo e sob o terror de Stalin, após a revolta Kulak de 1929 (depois que a burocracia, em sua fase anterior de mercantilização, encorajou as camadas camponesas soviéticas mais ricas a “enriquecerem-se”). Ambos os eventos mataram vários milhões. Mas apenas a fome stalinista é explorada pelo imperialismo e seus agentes para culpar o 'comunismo'; o massacre econômico sob Yeltsin teve a total aprovação das burguesias ocidentais e, de fato, Putin é odiado por elas precisamente por seus esforços para reverter uma série de crimes de Yeltsin contra os povos da ex-URSS.</p><p><br /><b>A Nova Guerra Fria: Depois da Contrarrevolução<br /></b><br />Há um enorme problema com a restauração capitalista em países onde por várias décadas o capitalismo não existiu e algum elemento de planejamento econômico tomou seu lugar. Isso está claro agora, quando uma nova Guerra Fria começou. No início da Guerra Fria, a ideologia do 'socialismo em um só país' levou à situação perversa de gigantescos estados operários deformados, como a URSS e a China, estarem em lados opostos do conflito geopolítico. Desde o início dos anos 1970 até o colapso da URSS em 1991, a China 'comunista' foi aliada do imperialismo dos EUA contra a URSS. Lutou, ora abertamente, ora secretamente, contra a URSS e seus aliados em várias guerras: invadiu o Vietnã em 1979 como “punição” pelo fato do Vietnã ter derrubado pela via armada, em 1978, o mais brutalmente irracional de todos os regimes stalinistas – o “Camboja Democrático” de Pol Pot (Camboja). A China armou e financiou, em aliança com os EUA e a Grã-Bretanha, o Khmer Vermelho quando eles efetivamente se tornaram guerreiros contrarrevolucionários contra o governo pró-vietnamita Hun Sen no Camboja durante a década de 1980. A China financiou os mujahedins islâmicos contrarrevolucionários no Afeganistão durante a década de 1980 em sua guerra apoiada pelos EUA contra a URSS e seus aliados nacionalistas de esquerda do Partido Democrático do Povo (PDPA), cuja derrota desempenhou um papel importante na destruição da URSS. Existiram também os anti-soviéticos e anticubanos financiados pela China, aliados do regime do apartheid na África do Sul, como a Renamo em Moçambique e a UNITA em Angola, contra governos populistas de esquerda pós-coloniais aliados soviéticos e cubanos, como a FRELIMO (Moçambique) e o MPLA (Angola). Foi quando a ideologia estatal da China era muito mais abertamente 'comunista' em coloração, em oposição a hoje, quando o mundo inteiro conhece o poderoso setor capitalista que desempenha um papel importante na China.</p><p>Uma forma de restauração capitalista ocorreu na China no início dos anos 1990, de cima para baixo através de uma grande camada burguesa, produto de uma prolongada mercantilização burocrática iniciada por volta de 1979 e prosseguindo por várias décadas, ganhando poder suficiente no Estado para absorver elementos-chave do próprio Partido Comunista governante. Até mesmo Xi Jinping, o atual Líder Supremo do Partido Comunista Chinês, faz parte dessa classe capitalista bilionária que teve sua gênese dentro do regime stalinista e tem algumas características marcadamente diferentes da norma capitalista, particularmente como visto nos países imperialistas onde o poder estatal é claramente uma ferramenta de poder corporativo. Na China, até certo ponto, o poder estatal se sobrepõe ao poder corporativo de uma maneira nova e sem precedentes.<br /><br />Tanto a Rússia quanto a China são, portanto, formas de sociedades híbridas, onde o capitalismo é muito poderoso e ainda assim o poder do estado contém muito do que restou das décadas em que a forma dominante de propriedade era a propriedade estatal e o planejamento econômico. Não o socialismo, mas sociedades onde as formas de propriedade correspondiam ao domínio da classe trabalhadora e podem ser consideradas parte do que deveria ser a transição para o socialismo. O socialismo, ou a fase inferior do comunismo, sendo definido como uma sociedade onde os antagonismos sociais baseados em classes não existem mais, embora o horizonte do que Marx chamou de "direito burguês" ainda não tenha sido cruzado. A desigualdade social e econômica persiste sob o socialismo não entre classes como tal, mas entre diferentes setores dos próprios produtores associados, simplesmente porque a produção social não atingiu o nível de abundância para todos a ponto de tornar irrelevante a desigualdade formal. Haverá algumas funções até então que exigirão maior remuneração de material simplesmente porque sem isso não serão realizadas. À medida que o trabalho se torna mais social e gratificante em seus próprios termos, é provável que essas sejam as tarefas mais desagradáveis e/ou perigosas. Em um nível maior de riqueza material produtiva e social, tais considerações se tornarão cada vez mais irrelevantes, e a sociedade cruzará o horizonte do 'direito burguês' para o comunismo real, atingirá o 'estágio superior'. Isso, porém, é um processo que leva tempo. E nem a URSS nem a China "Vermelha" alcançaram sequer o estágio inferior do comunismo ("socialismo") conforme definido por Marx, muito menos o estágio superior.</p><p><br /><b>Limites da Contrarrevolução; Mais possibilidades revolucionárias<br /></b><br />Quando a história retrocede através da contrarrevolução, raramente consegue fazê-lo completamente. A revolução francesa que começou em 1789 foi a maior das revoluções sociais que levaram a burguesia ao poder e derrubaram o sistema feudal de propriedade e produção que precedeu o capitalismo na Europa. Em termos de seu impacto ao fornecer o ímpeto para a derrubada das formas locais de feudalismo e, pelo menos inicialmente, para a democracia na Europa, foi um dos maiores eventos da história. A fase radical-democrática da revolução sob os líderes históricos do partido jacobino, Robespierre, Danton e Saint-Just, onde a aristocracia francesa foi basicamente varrida pela dura medida da guilhotina, foi sucedida pelo Termidor, a tomada do poder por uma facção mais conservadora, e depois o Império burguês de Napoleão Bonaparte. Mas Napoleão, embora seu governo tenha encerrado decisivamente a fase radical da revolução em casa, exportou a revolução burguesa antifeudal por grande parte da Europa, quase até Moscou. Mesmo após a derrota final de Napoleão, a ordem feudal na Europa foi danificada de forma irreparável. No século seguinte, todos os absolutismos feudais, incluindo a Prússia e a Rússia czarista, foram forçados a introduzir medidas capitalistas social-revolucionárias de cima para tentar evitar que fossem impostas a eles por baixo, como na França revolucionária.<br /><br />A derrota final de Napoleão em 1815 levou a uma tentativa de restaurar a antiga monarquia Bourbon francesa. Luís XVIII e seu sucessor Carlos X não conseguiram simplesmente restaurar o feudalismo e o absolutismo. O antigo regime na França era irreparável e, como provou a história do século XIX , também o foi a ordem feudal em toda a Europa, que foi convulsionada por revolução após revolução, de cima para baixo, ao longo do século XIX . A partir desses eventos revolucionários burgueses, o próprio movimento da classe trabalhadora tomou forma e começou a agir como uma força de classe independente por direito próprio, com as revoluções burguesas se entrelaçando com as lutas de classe do proletariado em uma extensão crescente ao longo do século XIX, atingindo um ponto alto inicial com a Comuna de Paris: a primeira tentativa de curta duração de criar um estado operário na história. Isso ocorreu no final da guerra franco-prussiana de 1870-71, que foi de fato a culminação da revolução burguesa (de cima) que unificou a Alemanha e a criou como uma grande potência capitalista.</p><p><br /></p><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><span style="color: #383838; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: #f6c7b7; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; font-size: 19px; height: auto;"><img alt="" class="wp-image-2657" decoding="async" height="470" loading="lazy" sizes="(max-width: 1024px) 100vw, 1024px" src="https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/ParisCommune-1024x752.jpg" srcset="https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/ParisCommune-1024x752.jpg 1024w, https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/ParisCommune-300x220.jpg 300w, https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/ParisCommune-768x564.jpg 768w, https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/ParisCommune.jpg 1078w" style="border-radius: 3px; border: 0px; box-sizing: border-box; height: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle;" width="640" /></span></span><br /><br /></figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><p style="margin-bottom: 0.875em;"><span style="vertical-align: inherit;">A culminância desse processo ocorreu na Rússia, onde a revolução burguesa, centrada na questão agrária e na emancipação da população predominantemente camponesa do Império Russo pré-capitalista, foi realizada pelo proletariado no poder. Esse proletariado havia sido criado pelo transplante da técnica capitalista pelo estado czarista em uma luta desesperada para competir com as potências capitalistas-imperialistas europeias, disputa que culminou na Primeira Guerra Mundial.</span><br /><br />Este entrelaçamento das revoluções burguesa e proletária teve consequências fatídicas para a revolução proletária do século XX , que ainda hoje nos impacta. A Rússia era um estado onde o capitalismo monopolista imperialista havia sido enxertado de cima para baixo em um país ainda predominantemente agrário, onde as relações pré-capitalistas predominavam no vasto campo. Como Trotsky apontou em "Resultados e Perspectivas" (1906), a única maneira pela qual as tarefas essenciais da revolução burguesa poderiam ser realizadas era através da tomada do poder pelo proletariado e a expropriação do capital na mais fraca das grandes potências burguesas, as quais, toda a existência estava ligada ao regime czarista. Essa perspectiva foi realizada em outubro de 1917 pelos bolcheviques, conforme teorizado por Lenin nas "Teses de Abril", que replicaram as conclusões de "Resultados e Perspectivas" e levaram diretamente à tomada do poder pelo proletariado, com o apoio do campesinato que via no proletariado seu emancipador. Mas isso aconteceu no contexto da guerra imperialista que convulsionou a Europa e levou o proletariado à revolta em muitos países contra o imenso sofrimento da guerra.<br /><br />Foi esse entrelaçamento único da revolução proletária com a burguesia nas condições russas, e os debates programáticos que cercaram como lidar com isso, que deram um ímpeto à criação de um partido que pudesse combinar os dois conjuntos de tarefas revolucionárias. Isso inevitavelmente levou a uma política consideravelmente diferente dos debates e perspectivas políticas dos partidos da classe trabalhadora nos principais protagonistas: Grã-Bretanha, França, Alemanha, Áustria-Hungria e, posteriormente, Itália, Japão e Estados Unidos. Nessas nações imperialistas avançadas, as tendências socialdemocratas que dominavam o proletariado foram imperceptivelmente seduzidas pelos benefícios materiais do imperialismo para apoiar suas “próprias” classes dominantes na guerra, e os internacionalistas foram marginalizados pelos social-imperialistas.<br /><br />Na Rússia, a necessidade imperiosa de derrubar o infante e fraco imperialismo russo para acertar as contas com o czarismo e sua tirania social sobre os trabalhadores e camponeses, uma vez que as complexidades programáticas dessa situação foram resolvidas em 1917, impulsionou o mais radical e revolucionário movimento social e partido democrático/comunista na Europa à cabeça das massas russas para a tomada do poder estatal pela classe trabalhadora. Isso deu um grande impulso à revolução do proletariado europeu em uma situação em que o atraso pró-imperialista do movimento proletário na Europa imperialista não poderia estar mais em contraste com o partido russo. Os partidos trabalhistas burgueses pró-imperialistas em toda a Europa conduziram milhões de trabalhadores ao massacre interimperialista. Nos Estados Unidos não havia nenhum verdadeiro partido dos trabalhadores.<br /><br />Em meio à onda revolucionária, que ocorreu como resultado da matança em massa da guerra imperialista, apesar da traição dos social-imperialistas, a (Terceira) Internacional Comunista foi formada. Seu objetivo era derrotar os social-imperialistas e substituí-los por verdadeiros partidos de massas da classe trabalhadora cujo programa era a revolução social em escala internacional. Infelizmente, enquanto a onda revolucionária estava no auge, apesar das grandes conquistas obtidas nos países anteriormente beligerantes pelos partidos comunistas, a socialdemocracia provou ser forte demais para ser simplesmente deixada de lado por novos partidos no sentido imediato. A onda revolucionária causada pela enorme carnificina da guerra foi vitoriosa apenas na Rússia.<br /><br />A enorme força da revolução permitiu que o recém-fundado Exército Vermelho derrotasse os contrarrevolucionários Guardas Brancos entre 1918 e 1921. No processo, eles tiveram que lutar contra uma invasão de 13 exércitos principalmente imperialistas, em toda a extensão da Rússia da Europa para o Extremo Oriente. No entanto, em nenhum outro lugar os jovens partidos comunistas conseguiram tomar o poder. Este isolamento da revolução criou uma nova situação até então desconhecida na história e não prevista pelos primeiros marxistas clássicos. O proletariado estava no poder em um país materialmente atrasado, cercado por estados capitalistas-imperialistas mais avançados, mais produtivos e, em última análise, mais poderosos. Esta situação fez com que o proletariado, pela primeira vez no poder, mas isolado, fosse submetido a uma nova forma de opressão por parte do seu poder de Estado, simplesmente em virtude das opressivas circunstâncias materiais de privação material, bloqueio e cerco capitalista. Por um período de vários anos, essa opressão levou à atrofia dos órgãos diretos de dominação da classe trabalhadora, os sovietes, e à cristalização de uma burocracia privilegiada no Estado operário. Por sua vez, isso deu origem, nas próximas gerações, a uma classe capitalista aspirante que inevitavelmente derrubaria o estado operário se os trabalhadores não conseguissem detê-la.</p><p style="margin-bottom: 0.875em;"><br /></p><div class="wp-block-image" style="margin: 0px 0px 1em;"><figure class="aligncenter size-full is-resized" style="clear: both; display: table; margin: 0px auto;"><img height="625" src="https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/trotsky-on-lenin.jpg" width="640" /><br /><figcaption class="wp-element-caption" style="caption-side: bottom; display: table-caption; margin-bottom: 1em; margin-top: 0.5em;"><span style="font-size: x-small;">Trotsky (esquerda) com Lenin</span></figcaption></figure></div><b>A restauração capitalista acontece 'automaticamente'?<br /></b><br />Tudo isso levanta algumas questões difíceis sobre a Rússia hoje, sobre a natureza da restauração capitalista e as perspectivas tanto para a luta anti-imperialista quanto para a própria revolução mundial, agora que o capitalismo foi restaurado na Rússia na década de 1990, aparentemente consolidado e ainda assim o imperialismo retomou seu impulso de guerra contra a ex-Rússia soviética com uma vingança que lembra a Guerra Fria contra a URSS quando era um estado operário. Por que deveria ser assim se a restauração capitalista aconteceu na Rússia? Qual é o significado do atual conflito geopolítico entre a Rússia, a China e o Ocidente? E qual é o resultado provável, no caso de uma derrota das potências da OTAN? É o conceito de mundo multipolar, que foi teorizado como um possível resultado dos conflitos da Rússia com o Ocidente,<br /><br />O ensaio de Leon Trotsky intitulado "<a href="https://www.marxists.org/portugues/trotsky/1937/11/25.htm" target="_blank">Um Estado não operário e não burguês</a>" (1937) , é um importante complemento para a principal obra de Trotsky sobre a degeneração da Revolução Russa, "<a href="https://www.marxists.org/portugues/trotsky/1936/revolucaotraida/index.htm" target="_blank">A Revolução Traída</a>" (1936), que definiu a URSS sob o domínio stalinista como um "estado operário que se degenerou burocraticamente". Foi uma resposta preliminar principalmente a Max Shachtman, que havia começado a questionar a natureza proletária da URSS e mais tarde lideraria uma luta que dividiria o movimento trotskista dos EUA e causaria grandes divisões no movimento em outros lugares.<br /><br />"<a href="https://www.marxists.org/portugues/trotsky/1937/11/25.htm" target="_blank">Um Estado não operário e não burguês</a>" foi escrito em 1937 e começou a pelo menos sugerir algumas questões de desenvolvimento futuro que estavam um pouco além do escopo já postulado na "<a href="https://www.marxists.org/portugues/trotsky/1936/revolucaotraida/index.htm" target="_blank">Revolução Traída</a>". Ele fez alguns pontos importantes sobre a semelhança da relação de um estado operário economicamente atrasado e isolado com o imperialismo, e aqueles de países capitalistas semicoloniais, formalmente independentes, com o mesmo imperialismo. Vale a pena citar o ensaio de Trotsky porque ele lança alguma luz sobre o caminho provável da restauração capitalista em tal situação e, implicitamente, sobre as consequências prováveis:</figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><br /><blockquote class="wp-block-quote" style="border-bottom-color: rgb(222, 0, 0); border-bottom-width: initial; border-bottom: solid rgb(222, 0, 0); border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-width: 0.25em; border-left: 0.25em solid; border-right-color: rgb(222, 0, 0); border-right-width: initial; border-right: solid rgb(222, 0, 0); border-style: solid; border-top-color: rgb(222, 0, 0); border-top-width: initial; border-top: solid rgb(222, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 1.75em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 1em;"><br />“O proletariado da URSS é a classe dominante em um país atrasado onde ainda faltam as necessidades mais vitais da vida. O proletariado da URSS governa em uma terra que consiste em apenas um doze avos da humanidade; o imperialismo domina os onze doze avos restantes. A dominação do proletariado, já mutilada pelo atraso e pobreza do país, é dupla e triplamente deformada sob a pressão do imperialismo mundial. O órgão de domínio do proletariado – o Estado – torna-se um órgão de pressão do imperialismo (diplomacia, exército, comércio exterior, ideias e costumes). A luta pela dominação, considerada em escala histórica, não é entre o proletariado e a burocracia, mas entre o proletariado e a burguesia mundial… Para a burguesia – tanto fascista quanto democrática – façanhas contrarrevolucionárias isoladas… não bastam; precisa de uma contrarrevolução completa nas relações de propriedade e na abertura do mercado russo. Enquanto não for assim, a burguesia considera o Estado soviético hostil a ela. E está certa.<br /><br />“O regime interno nos países coloniais e semicoloniais tem um caráter predominantemente burguês. Mas a pressão do imperialismo estrangeiro altera e distorce tanto a estrutura econômica e política desses países que a burguesia nacional (mesmo nos países politicamente independentes da América do Sul) atinge apenas parcialmente o auge de uma classe dominante. A pressão do imperialismo sobre os países atrasados não muda, é verdade, seu caráter social básico, pois o opressor e o oprimido representam apenas diferentes níveis de desenvolvimento em uma mesma sociedade burguesa. No entanto, a diferença entre a Inglaterra e a Índia, o Japão e a China, os Estados Unidos e o México é tão grande que diferenciamos rigorosamente entre países burgueses opressores e oprimidos e consideramos nosso dever apoiar os últimos contra os primeiros.<br /><br />“A pressão do imperialismo sobre a União Soviética tem como objetivo a alteração da própria natureza da sociedade soviética... Com isso, o domínio do proletariado assume um caráter abreviado, limitado, distorcido. Pode-se dizer com toda a razão que o proletariado, governando um país atrasado e isolado, continua sendo uma classe oprimida. A fonte da opressão é o imperialismo mundial; o mecanismo de transmissão da opressão – a burocracia. Se nas palavras 'uma classe dominante e ao mesmo tempo uma classe oprimida' há uma contradição, então ela não decorre de erros de pensamento, mas da contradição da própria situação na URSS. É precisamente por isso que rejeitamos a teoria do socialismo em um só país”. <em style="color: currentcolor; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 0.8125em; font-weight: bold;">25 de novembro de 1937, https://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/11/wstate.htm</em> </blockquote><p style="margin-bottom: 0.875em;"><span><span style="vertical-align: inherit;">A justaposição da situação do capitalista semicolonial das classes dominantes, com o do proletariado no poder em um estado operário atrasado e isolado, é altamente sugestivo do que Trotsky considerava provável que acontecesse se o proletariado perdesse o poder como classe. Em uma situação em que o proletariado, mesmo no poder, era oprimido pelo cerco e pelo atraso imperialista, é óbvio que qualquer regime burguês que o substituísse enfrentaria as mesmas condições materiais e seria também uma “classe semigovernante e semioprimida”, sujeita ao imperialismo. Essa suposição marxista básica, implícita na passagem acima, embora não explicitada, é de enorme importância hoje para entender não apenas a Rússia, mas também a China,</span><br /><br /></span><span style="vertical-align: inherit;">O que realmente enfrentamos são as consequências da contrarrevolução na URSS. Trotsky também fez algumas observações úteis sobre o curso da contrarrevolução, real e provável, no contexto das revoluções francesa (burguesa) e russa (proletária) em um artigo anterior "O Estado Operário, Termidor e Bonapartismo" </span>(1935). Falando diretamente sobre a revolução francesa, ele escreveu:</p><p style="margin-bottom: 0.875em;"><span style="vertical-align: inherit;"><br /></span></p><blockquote class="wp-block-quote" style="border-bottom-color: rgb(222, 0, 0); border-bottom-width: initial; border-bottom: solid rgb(222, 0, 0); border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-width: 0.25em; border-left: 0.25em solid; border-right-color: rgb(222, 0, 0); border-right-width: initial; border-right: solid rgb(222, 0, 0); border-style: solid; border-top-color: rgb(222, 0, 0); border-top-width: initial; border-top: solid rgb(222, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 1.75em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 1em;">“Depois da revolução democrática profunda, que liberta os camponeses da servidão e lhes dá a terra, a contrarrevolução feudal é geralmente impossível. A monarquia derrubada pode restabelecer-se no poder e cercar-se de fantasmas medievais. Mas já é impotente para restabelecer a economia do feudalismo. Uma vez liberadas dos grilhões do feudalismo, as relações burguesas se desenvolvem automaticamente. Eles não podem ser controlados por nenhuma força externa; eles próprios devem cavar sua própria sepultura, tendo previamente criado seu próprio coveiro." <em style="color: currentcolor; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 0.8125em; font-weight: bold;">https://www.marxists.org/archive/trotsky/1935/02/ws-therm-bon.htm</em></blockquote><p style="margin-bottom: 0.875em;"><span style="vertical-align: inherit;">Ele contrasta isso com o que seria provável no caso do colapso do regime stalinista e da revolução russa com ele:</span></p><blockquote class="wp-block-quote" style="border-bottom-color: rgb(222, 0, 0); border-bottom-width: initial; border-bottom: solid rgb(222, 0, 0); border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-width: 0.25em; border-left: 0.25em solid; border-right-color: rgb(222, 0, 0); border-right-width: initial; border-right: solid rgb(222, 0, 0); border-style: solid; border-top-color: rgb(222, 0, 0); border-top-width: initial; border-top: solid rgb(222, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 1.75em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 1em;"><br />“É completamente diferente com o desenvolvimento das relações socialistas. A revolução proletária não apenas liberta as forças produtivas dos grilhões da propriedade privada, mas também as transfere à disposição direta do Estado que ela mesma cria. Enquanto o Estado burguês, depois da revolução, se limita a um papel de polícia, deixando o mercado às suas próprias leis, o Estado operário assume o papel direto de economista e organizador. A substituição de um regime político por outro exerce apenas uma influência indireta e superficial sobre a economia de mercado. Pelo contrário, a substituição de um governo operário por um governo burguês ou pequeno-burguês levaria inevitavelmente à liquidação dos princípios planejados e, posteriormente, à restauração da propriedade privada. Ao contrário do capitalismo, o socialismo é construído não automaticamente, mas conscientemente… ”<br /><br />“Outubro de 1917 completou a revolução democrática e iniciou a revolução socialista. Nenhuma força no mundo pode reverter a reviravolta agrária-democrática na Rússia; nisto temos uma analogia completa com a revolução jacobina. Mas uma reviravolta kolkhoziana é uma ameaça que mantém toda a sua força, e com ela está ameaçada a nacionalização dos meios de produção. A contrarrevolução política, mesmo que recuasse para a dinastia Romanov, não poderia restabelecer a propriedade feudal da terra. Mas a restauração do poder de um bloco menchevique e social-revolucionário seria suficiente para obliterar a construção socialista”. ibid</blockquote><p> Mas o que realmente aconteceu é mais complexo. Tivemos algo mais ou menos semelhante à “substituição de um governo dos trabalhadores por um governo burguês ou pequeno-burguês…” e “….a restauração da propriedade privada” na Rússia desde o colapso de 1991 da URSS. Na China, temos políticas implementadas há décadas – abolição de Kolkhoz (agricultura coletiva) e o encorajamento nu do enriquecimento capitalista rural e urbano – sob o governo do Partido Comunista Chinês – que Trotsky considerou que levaria ao rápido colapso da União Soviética em uma contrarrevolução liderada pelos kulaks no final da década de 1920. Pelos padrões da luta da Oposição de Esquerda contra o bloco Stalin-Bukharin e seu Neo-NEP – é inconcebível que o regime do Partido Comunista Chinês, com seus numerosos capitalistas bilionários cuja influência penetre até o topo do regime do PCC, poderia ser descrito hoje como um estado operário. É evidente que a China hoje é algo fundamentalmente diferente do antigo regime do PCC sob Mao, e que o poder do Estado hoje é usado para defender e promover o desenvolvimento capitalista da China, não para suprimi-lo.</p><p style="margin-bottom: 0.875em;">E, no entanto, longe de estabilizar o capitalismo mundial sob o domínio da burguesia imperialista, agora temos um nível considerável de unidade na luta defensiva dos <b>dois gigantes ex-estados operários da Rússia e da China</b>, contra o imperialismo liderado pelos EUA/OTAN, que cresce cada vez mais histérica todos os dias. Vale a pena relembrar as observações de Trotsky acima:</p><blockquote class="wp-block-quote" style="border-bottom-color: rgb(222, 0, 0); border-bottom-width: initial; border-bottom: solid rgb(222, 0, 0); border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-width: 0.25em; border-left: 0.25em solid; border-right-color: rgb(222, 0, 0); border-right-width: initial; border-right: solid rgb(222, 0, 0); border-style: solid; border-top-color: rgb(222, 0, 0); border-top-width: initial; border-top: solid rgb(222, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 1.75em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 1em;">Para a burguesia … façanhas contra-revolucionárias isoladas … não bastam; precisa de uma contrarrevolução completa nas relações de propriedade e na abertura do mercado russo. Enquanto não for assim, a burguesia considera o Estado soviético hostil a ela..."idem</blockquote><p> Isso parece ter sido apenas parte da história. Assim como as antecipações e teorizações dos marxistas sobre o que poderia acontecer se uma revolução dos trabalhadores triunfasse em um país atrasado, as teorizações do que aconteceria se tais revoluções fossem posteriormente derrotadas, mesmo pelos melhores teóricos marxistas, incluindo principalmente o próprio Trotsky, provaram ser inadequadas para a tarefa. “A teoria é cinza, mas o verde é a árvore da vida” é um velho ditado, mas isso não significa que alguém deva descartar a teoria marxista de uma maneira arrogante e burra. A teoria é um guia para a ação. Mas tal é a profundidade e a complexidade dos eventos históricos mundiais, quando eles emergem, que invariavelmente causam uma crise nas teorias existentes, uma necessidade de reexaminar, corrigir e aprofundar a teoria existente para fornecer um guia atualizado de ação para um novo período.</p><p style="margin-bottom: 0.875em;">Parece que Trotsky estava correto ao dizer, sobre a revolução burguesa, que “uma vez libertada dos grilhões do feudalismo, as relações burguesas se desenvolvem automaticamente” (ver anteriormente). No entanto, essa automaticidade não se transfere mecanicamente para uma situação em que não é o feudalismo que é derrubado pelo capitalismo, mas um estado operário, porém degenerado, baseado na propriedade socializada.<br /><br />A restauração “ao poder” de algo bastante semelhante a “um bloco menchevique e social-revolucionário” ocorreu na década de 1990 em vários estados operários burocraticamente governados, mas não parece ter sido simplesmente capaz de “obliterar completamente a construção socialista”. Quando estados operários degenerados e deformados foram derrubados por forças pró-capitalistas, não aconteceu, ao contrário do feudalismo, que “as relações burguesas se desenvolvessem automaticamente”. O que de fato vimos é que o tipo de “relações burguesas” que se desenvolveram foi altamente problemático e de fato deu origem a formas híbridas de sociedade nas quais a burguesia imperialista não tem nenhuma confiança. A França do século XIX fez convulsões burguesas-revolucionárias após a derrota de Napoleão, com suas revoluções suplementares em 1830, 1848 – que convulsionou toda a Europa – e 1871 – que deu origem à Comuna de Paris, a primeira tentativa na história de criar uma estado dos trabalhadores.</p><p style="margin-bottom: 0.875em;"><br /><b>Contra-revoluções 'desviantes' e histeria imperialista<br /></b><br />O que parece ter surgido naqueles estados operários onde as revoluções sociais nativas já foram vitoriosas e derrotadas muitas décadas depois, são estados híbridos onde as relações capitalistas são modificadas de forma significativa, e esses estados não funcionam nem como cópias dos estados imperialistas, ou como estados vassalos semicoloniais. Nem a Rússia nem a China se enquadram em nenhuma das categorias. Ao contrário dos 'estados satélites' produzidos passivamente, como a maioria na Europa Oriental, que geralmente se tornaram satélites/vassalos do imperialismo ocidental.<br /><br />O tratamento de choque mortal do imperialismo na Rússia sob Yeltsin na década de 1990 produziu uma reação popular tão grande que dentro da própria máquina do estado, um inimigo foi gerado, personificado por Putin, que reverteu muitos dos ataques e, embora não tenha restaurado o status quo anterior, produziu uma variante de uma “economia mista” social-democrata com concessões consideráveis ao bem-estar das massas, cuja gênese é indiscutivelmente bastante singular. <b>Em um estado capitalista 'puro', seria necessária a ameaça da própria revolução para produzir tais concessões que estariam sempre sob ameaça. Na Rússia pós-soviética, o próprio aparato estatal, fortemente marcado por sua origem em um estado operário, respondeu ao sentimento popular de massa sem tais convulsões.</b><br /><br />Algo análogo parece ter acontecido na China, mas também com algumas diferenças importantes. Uma diferença fundamental é que na China, inicialmente, o programa capitalista-restauracionista foi realizado de cima, sem o tipo de guerra econômica total e carnificina da população da classe trabalhadora que aconteceu na ex-URSS, sob Ietsin. Outra diferença fundamental é que a China realmente se beneficiou do neoliberalismo ocidental na medida em que se tornou um repositório chave de 'terceirização' - migração de empregos - dos países imperialistas ocidentais, cujos governantes capitalistas viam a classe trabalhadora barata mas altamente educada da China no contexto da aparente restauração capitalista como uma oportunidade para uma taxa maciçamente aumentada de lucro em relação ao que era possível nos próprios países imperialistas. A China não foi o único país que atuou como destinatário dessa terceirização, mas seu aparato estatal, que também teve sua origem em uma era de planejamento econômico estatal, soube usá-la para embarcar em sua própria industrialização massiva. Como resultado, a China tornou-se a “oficina do mundo” de hoje, de uma maneira que lembra a Grã-Bretanha durante a Revolução Industrial do século XIX, mas em escala muito mais ampla.<br /><br />A verdadeira força motriz da russofobia ocidental não é o suposto 'autoritarismo' do regime político da Rússia, mas a raiva pela influência política que as massas russas ainda mantêm dentro do que costumava ser seu estado. O ódio ao próprio povo russo é um elemento-chave da russofobia ocidental de hoje, que se assemelha ao ódio nazista aos judeus por seu suposto “bolchevismo” inerente. Da mesma forma, a sinofobia de hoje é a fúria do imperialismo diante do aparentemente inesperado desenvolvimento industrial da China. Isso não deveria acontecer – a China deveria ser uma mera fonte de lucro, não um grande adversário industrial capaz de ameaçar a hegemonia dos EUA. E a Rússia e a China juntas são uma força de compensação ainda mais potente contra a hegemonia das potências imperialistas que persiste, pelo menos, desde o final do século XIX.</p><br />Então, o que está na raiz desse paradoxo? Uma sugestão de resposta pode ser encontrada em uma formulação na obra de Engels, <a href="https://www.marxists.org/portugues/marx/1880/socialismo/index.htm" target="_blank">Do Socialismo Utópico ao Socialismo Cientifico</a> (1880), onde ele faz o seguinte comentário sobre a tendência do capitalismo para a geração de trustes e monopólios:<div class="wp-block-image" style="background-color: #f6c7b7; color: #383838; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 19px; margin: 0px 0px 1em;"><figure class="alignleft size-full" style="display: table; float: left; margin: 30px 1em 0.5em 0px;"><img alt="" class="wp-image-2659" decoding="async" height="400" loading="lazy" sizes="(max-width: 320px) 100vw, 320px" src="https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/Engels-Utopian-Scientific.jpg" srcset="https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/Engels-Utopian-Scientific.jpg 320w, https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/Engels-Utopian-Scientific-240x300.jpg 240w" style="border-radius: 3px; border: 0px; box-sizing: border-box; height: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle;" width="320" /></figure></div><p> </p><blockquote class="wp-block-quote" style="border-bottom-color: rgb(222, 0, 0); border-bottom-width: initial; border-bottom: solid rgb(222, 0, 0); border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-width: 0.25em; border-left: 0.25em solid; border-right-color: rgb(222, 0, 0); border-right-width: initial; border-right: solid rgb(222, 0, 0); border-style: solid; border-top-color: rgb(222, 0, 0); border-top-width: initial; border-top: solid rgb(222, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 1.75em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 1em;">“Nos trusts, a liberdade de competição se transforma em seu oposto – em monopólio; e a produção sem um plano definido da sociedade capitalista capitula perante a produção segundo um plano definido da sociedade socialista invasora. Certamente, isso ainda beneficia e beneficia os capitalistas. Mas, neste caso, a exploração é tão palpável, que deve desmoronar. Nenhuma nação tolerará a produção conduzida por trustes, com uma exploração tão descarada da comunidade por um pequeno bando de negociantes de dividendos. <a href="https://www.marxists.org/archive/marx/works/1880/soc-utop/ch03.htm" style="color: #de0000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 0.8125em; font-weight: bold; text-decoration-line: none;">https://www.marxists.org/archive/marx/works/1880/soc-utop/ch03.htm </a><em style="color: currentcolor; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 0.8125em; font-weight: bold;">, grifo nosso</em></blockquote><p style="margin-bottom: 0.875em;"><br /><span style="vertical-align: inherit;">Esta formulação, sobre a 'sociedade socialista invasora', decorre da ideia básica do marxismo, compartilhada por Marx e Engels, aquele 'socialismo' ou 'comunismo' que eles consideravam como duas manifestações da mesma coisa ('inferior' e 'superior') representava um modo de produção superior ao capitalismo:</span><br /><br /></p><blockquote class="wp-block-quote" style="border-bottom-color: rgb(222, 0, 0); border-bottom-width: initial; border-bottom: solid rgb(222, 0, 0); border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-width: 0.25em; border-left: 0.25em solid; border-right-color: rgb(222, 0, 0); border-right-width: initial; border-right: solid rgb(222, 0, 0); border-style: solid; border-top-color: rgb(222, 0, 0); border-top-width: initial; border-top: solid rgb(222, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 1.75em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 1em;">“O desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social é a tarefa histórica e a justificação do capital. Esta é apenas a maneira pela qual ele cria inconscientemente os requisitos materiais de um modo de produção superior”. Capital, vol. 3, Moscou, 1966, cap. 15, pág. 259</blockquote>Grande parte da polêmica de Trotsky contra os stalinistas nos anos 20 e 30 era contra a teoria do socialismo em um só país, a noção de que era possível construir um modo de produção socialista completo em uma sociedade qualitativamente mais atrasada do que as potências capitalistas-imperialistas muito mais fortes. que o circundava. Essa crítica mantém toda a sua relevância e potência. Mas, novamente, Trotsky também observou que, apesar disso, o curso reacionário do regime stalinista “… ainda não tocou nas bases econômicas do Estado criado pela revolução que, apesar de toda a deformação e distorção, assegura um desenvolvimento sem precedentes das forças produtivas” (<a href="https://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/11/ussr.htm" target="_blank">Mais uma vez: a URSS e sua defesa</a>)<br /><br /><p style="margin-bottom: 0.875em;"><span style="vertical-align: inherit;">Engels considerou que o modo de produção socialista, que </span>em 1880 era algo que pertencia completamente ao futuro quando escreveu <a href="https://www.marxists.org/portugues/marx/1880/socialismo/index.htm" target="_blank">Do Socialismo Utópico ao Socialismo Cientifico</a>, tinha a capacidade de "invadir" o seu capitalismo contemporâneo e, como uma espécie de expressão inconsciente do processo histórico, afetar o desenvolvimento do mesmo capitalismo para (de certa forma) antecipar desenvolvimentos futuros que se concretizariam sob um modo de produção superior. Esta é apenas uma expressão do conceito marxista básico que <a href="https://www.marxists.org/portugues/marx/1880/socialismo/index.htm" target="_blank">Do Socialismo Utópico ao Socialismo Cientifico</a> expressa - a tendência objetiva do desenvolvimento social em direção ao socialismo:</p><p style="margin-bottom: 0.875em;"><br /></p><blockquote class="wp-block-quote" style="border-bottom-color: rgb(222, 0, 0); border-bottom-width: initial; border-bottom: solid rgb(222, 0, 0); border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-width: 0.25em; border-left: 0.25em solid; border-right-color: rgb(222, 0, 0); border-right-width: initial; border-right: solid rgb(222, 0, 0); border-style: solid; border-top-color: rgb(222, 0, 0); border-top-width: initial; border-top: solid rgb(222, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 1.75em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px 0px 0px 1em;">“As novas forças produtivas já superaram o modo capitalista de usá-las. E este conflito entre forças produtivas e modos de produção não é um conflito engendrado na mente do homem, como aquele entre o pecado original e a justiça divina. Ela existe, de fato, objetivamente, fora de nós, independentemente da vontade e das ações até mesmo dos homens que a provocaram. O socialismo moderno nada mais é do que o reflexo, em pensamento, desse conflito, real, de fato...” Engels op. cit.<span style="color: #383838; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 19px; font-style: italic;"> </span></blockquote>A questão é que o processo de restauração capitalista, a destruição de um estado operário há muito estabelecido, não pode ser "automático" da maneira pela qual o capitalismo é capaz de acabar com o feudalismo. A existência de um estado operário, por mais deformado ou degenerado que seja, significa que esse estado já iniciou a transição para um modo de produção superior, o comunismo. Mesmo que a transição seja bloqueada pelo atraso social, pelo cerco imperialista e pelo monopólio do poder de uma burocracia que se opõe e tenta sabotar a revolução mundial e, assim, a própria conclusão da transição, ... a transição já começou. O trem deixou a estação, mesmo que esteja parado apenas algumas centenas de metros abaixo de uma linha de muitos quilômetros de extensão. É extremamente pesado e ainda muito difícil simplesmente arrastar de volta ao seu ponto de partida e além.<br /><br />Então, o que temos na Rússia e na China são formas de sociedade onde o capitalismo parece ter sido restaurado, mas a “sociedade socialista invasora” modificou e bloqueou a transição para trás. Os regimes anteriores iniciaram algum tipo de transição para o modo de produção comunista, embora tenha sido sabotado e bloqueado por esses mesmos regimes, e a existência dessas conquistas parciais se mostrou muito mais difícil de destruir do que se previa anteriormente, inclusive pelo movimento trotskista em suas tentativas fragmentárias de abordar o que aconteceria se o capitalismo fosse restaurado. Isso modifica substancialmente o capitalismo da Rússia e da China e tem produzido híbridos anômalos, que não são eles próprios imperialistas (por que eles seriam, os antigos estados operários não operavam em uma base capitalista, muito menos em uma base capitalista predatória e monopolista?).<br /><br />Os híbridos podem ser de tipos heterogêneos, dependendo das especificidades de sua história e origens, não havendo uma bandeira ideológica pré-estabelecida que seja imperativa para que suas tendências políticas dominantes necessariamente sustentem. Embora a China seja governada pelo Partido Comunista, cuja ideologia é uma bastardização capitalista do que era o 'comunismo' stalinista, mas na verdade não é mais, a Rússia é governada pelo presidente cristão ortodoxo burguês de centro-direita (sui-generis) Vladimir Putin, líder do partido hegemônico e altamente popular 'Rússia Unida', cuja autoridade decorre em grande parte do programa e da prática econômica, que de forma tangível e indiscutivelmente beneficiou enormemente a maioria dos russos desde o fim da carnificina de Ieltsin.<br /><br />Putin é uma espécie de bonapartista moderado que equilibra forças à sua esquerda e à sua direita. À sua esquerda está a principal oposição, o Partido Comunista da Federação Russa (KPRF), o antigo partido stalinista que tem muitos comunistas subjetivos em sua base, mas ainda não determinou o que realmente representa. À sua direita está a tendência amplamente 'eurasiana' liderada de forma mais proeminente pelo filósofo Alexander Dugin, que muitos no Ocidente apelidam de fascista, nacionalista russo, grande imperialista russo, etc. Esse tipo de demonização foi usado para justificar o assassinato em agosto de 2022 de sua filha, a cientista política e jornalista Dariya Dugina, provavelmente por terroristas nazistas ucranianos em parceria com agências de inteligência ocidentais, que estão engajados em uma campanha contínua de assassinato e terrorismo contra apoiadores públicos de A resistência da Rússia à guerra por procuração do Ocidente na Ucrânia. O objetivo deles era o próprio Dugin, não sua filha, mas eles entenderam errado.<br /><br />Um exame minucioso da política de Dugin revela que ele se opõe ao nacionalismo étnico, rejeita todo o conceito de estado-nação explicitamente em teoria e, na verdade, olhando para trás na história, conseguiu construir uma justificativa "cristã ortodoxa" para o apoio crítico a Lenin e As forças do Partido Bolchevique de Trotsky na Guerra Civil de 1918-21 contra as forças da Guarda Branca, principalmente cristãs ortodoxas, a quem ele perspicazmente descarta como ferramentas do imperialismo anglo-americano e, portanto, escravizadores do povo russo (como elaborado em seu trabalho de 1997, Foundations of Geopolitics). Assim, Dugin, a pressão da 'direita' sobre Putin, é revelado como um híbrido e um ilustrador perfeito da natureza híbrida do estado. Um suposto 'fascista' que defende o apoio crítico ao bolchevismo, enquanto os fascistas reais, como Hitler e Mussolini, foram movidos pelo ódio mais virulento ao bolchevismo. <br /><br />Dugin é demonizado como uma espécie de nazista pelas potências ocidentais que apóiam os nazistas, o que anda de mãos dadas com as representações de Putin como uma figura de Hitler na mídia reacionária. Supõe-se que Dugin seja o “Cérebro de Putin” neste suposto esforço absurdo de Hitler. Qualquer um pensaria que Dugin, portanto, é um defensor da dominação mundial russa, ou algo assim. Mas não: Dugin também é autor de um livro de 2021 intitulado 'A Teoria do Mundo Multipolar' que, longe de defender a dominação mundial de alguém, pede a colaboração voluntária de uma variedade de 'civilizações' para garantir que ninguém seja capaz de exercer o domínio mundial dominação (ou 'dominação de espectro total' como os neocons dos EUA colocam - eles realmente querem hegemonia/dominação mundial). Dugin rejeita os estados-nação e tem um esquema em que essas 'civilizações' – uma delas centrada na Rússia cristã ortodoxa – fazem parte dessa multipolaridade colaborativa. Ele realmente quer uma 'civilização' centrada na Rússia fortalecida e mais amplamente influente para desempenhar um papel influente no mundo, e algumas de suas ideias e propostas estão profundamente em desacordo com o marxismo e a perspectiva da libertação humana, mas isso está muito longe da representação russofóbica. Ele é subjetivamente hostil ao imperialismo ocidental, embora de uma forma bastante semelhante (mutatis mutandis) aos sentimentos que movem os clérigos xiitas militantes no Irã ou no Líbano, nada parecido com o nazismo. A política e a literatura de Dugin requerem um nível de análise que está além do escopo deste artigo e terá que esperar. Aqui apenas arranhamos a superfície do fenômeno.<br /><br /><b>Esses estados híbridos pós-stalinistas provaram ser capazes, devido aos enormes ganhos produtivos (e desenvolvimentos militares) obtidos sem o capitalismo, de desafiar o capitalismo imperialista com muito mais eficácia do que quaisquer semicolônias rebeldes anteriores ou contemporâneas.</b> Em vez disso, como os imperialistas declararam uma nova Guerra Fria cautelosa, mas acelerada contra eles (com elementos 'quentes', como a Ucrânia), eles se mostraram capazes de liderar países capitalistas semicoloniais, há muito forçados à dependência e vassalagem aos imperialistas, em revolta contra a hegemonia imperialista.</figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><br /></figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><br /><b>A revolta das vítimas do imperialismo de hoje<br /></b><br />Temos efetivamente uma revolta de numerosas semicolônias contra a hegemonia imperialista dos EUA de natureza econômica e política, sob a bandeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e também da Organização de Cooperação de Xangai (SCO). Esses corpos se sobrepõem, embora a SCO seja especificamente eurasiana, enquanto o BRICS é mundial. Apesar do impulso de guerra imperialista e das sanções econômicas contra a Rússia, e da ameaça de 'sanções' contra qualquer país fora do 'clube' imperialista que não aderir às sanções, 20 países se inscreveram para ingressar no BRICS, incluindo Argentina, Argélia, Arábia Saudita, Egito, Irã, Indonésia e muitos outros. O BRICS antes de sua adesão abrangiam a população de 40% da humanidade… a adesão dos esperançosos recém-chegados sem dúvida abrangeria a maioria da população dos países do globo.<br /><br />Os BRICS tem algo do sabor do Movimento Não-Alinhado (NAM) liderado por Nkrumah, Nasser, Nehru, Sukharno, etc. junto com o dissidente liberal-stalinista Tito no início do pós-guerra. Embora ainda exista formalmente, sua influência é muito diminuída. O NAM pretendia manobrar entre os EUA e o bloco soviético na Guerra Fria, entendendo que a maioria dos países semicoloniais e suas burguesias tinham grandes divergências de interesse com ambos. Mas agora há muito mais semelhança entre esses países e a Rússia e a China, a maioria dos estados burgueses semicoloniais os vê como almas gêmeas, porém mais poderosas, e tendo mudado a relação de forças contra a dominação imperialista de uma forma que não é problemática para tais países. regimes burgueses. Poucos levam a sério o 'comunismo' verbal da China e a Rússia não tem tal obstáculo ideológico, mesmo formalmente. Assim, o principal órgão de contestação à hegemonia estadunidense em favor do mundo multipolar são os BRICS.<br /><br />Houve algumas indicações surpreendentes de mudanças no mundo em detrimento da hegemonia imperialista dos EUA que vieram à tona pela guerra na Ucrânia. A desdolarização, o alijamento do dólar americano como moeda habitual com a qual são feitas as transações internacionais – antes quase independentemente de quem negocia com quem – tornou-se um grande movimento. Isso é uma ameaça à estabilidade financeira e ao poder militar dos EUA, já que os EUA têm conseguido, por muitas décadas, assinar praticamente um cheque em branco para seus militares com base nos ganhos recebidos do dólar, sendo praticamente a moeda dominante no comércio internacional. Sua rede mundial de bases militares é financiada por meio desse mecanismo. A ascensão do bloco Rússia-China ameaça tudo isso, já que o BRICS criou seu próprio banco de desenvolvimento, o <a href="https://www.ndb.int/" target="_blank">NDB</a>, e também está discutindo a criação de uma nova moeda acordada para transações internacionais.</figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><br /></figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><span style="font-size: x-small;"><img height="428" src="https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/Saudi-Iran-China-1024x684.jpg" width="640" />Arábia Saudita/Irã Détente, intermediado pela China. Irã e Arábia Saudita buscam adesão ao BRICS<br /></span> <br /><br />Um índice surpreendente de como as coisas estão mudando está no Oriente Médio. Em acordos mediados pela diplomacia chinesa, a Arábia Saudita e o Irã, que estão em um estado de amargo antagonismo há muitos anos, como expresso de forma mais aguda na guerra do Iêmen, restauraram relações diplomáticas plenas, e a guerra do Iêmen aparentemente está diminuindo. A Síria, cujo governo de Assad os EUA e seus aliados tentaram derrubar de maneira semelhante à Líbia e foram impedidos de fazê-lo porque a Síria recebeu apoio armado da Rússia, agora foi restaurada como membro da Liga Árabe depois que ex-clientes dos EUA abandonaram seus antagonismo. Os EUA estão na defensiva no Oriente Médio e a China também fez exigências para um acordo sobre a questão Israel-Palestina,<br /><br />Mas a questão mais ampla é se esse conceito de mundo multipolar é de alguma forma um antídoto para o capitalismo imperialista. E a resposta deve ser um profundo ceticismo em relação a isso. O desenvolvimento capitalista criou um clube exclusivo de potências capitalistas monopolistas que basicamente se enriqueceram massivamente às custas da maior parte da população mundial por um século e meio, com alguns séculos de preparação antes disso através do mercantilismo e da acumulação primitiva de riqueza por meios como a reativação da escravidão em escala industrial, que só foi eliminada quando se tornou um obstáculo ao desenvolvimento capitalista. O problema é que um mundo multipolar não acaba com essas potências, que inevitavelmente irão contra-atacar de alguma forma, seja em conjunto ou separadamente. A hegemonia dos EUA não é a única forma possível, e a OTAN é a expressão atual da dominação imperialista. Vale lembrar que entre as duas guerras mundiais não houve uma hegemonia imperialista indiscutível – esse papel foi disputado entre Alemanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos e a resultante disputa armada mergulhou o mundo inteiro na guerra. Tal desenvolvimento no futuro poderia destruir a própria humanidade.<br /><br />O imperialismo é coerente em seus objetivos socioeconômicos, embora possa ser desorganizado por desafios inesperados de outras forças. Ele não irá simplesmente desaparecer em um 'mundo multipolar' pacífico. O leão não se deitará humildemente com suas vítimas para o bem maior – para o imperialismo, a maioria da humanidade é apenas forragem para exploração. O problema que eles enfrentam é uma crise histórica – o próprio sistema capitalista entrou em decadência devido ao declínio das taxas de lucro nos países avançados a tal ponto que somente a terceirização, esquemas de mão de obra barata no exterior e fraudes financeiras em escala industrial, como Credit Default Swaps etc. podem manter a taxa de lucro. Essa é uma contradição inerente ao próprio capitalismo, como Marx apontou, e afeta todo o capitalismo.<br /><br />A criação de estados híbridos capitalistas/pós-capitalistas como a Rússia e a China, uma nova forma anômala de capitalismo não-imperialista que usa o poder do estado para compensar os impulsos mais irracionais do capital, não pode ser simplesmente reproduzida. Porque é preciso a criação de um estado operário fundamentalmente débil, e depois sua ruína, para trazer tal híbrido à existência. E outro paradoxo é que foi a força total dos estados imperialistas existentes ao longo de quase um século e meio que permitiu que esses mesmos imperialismos agissem como um clube exclusivo e bloqueassem o desenvolvimento de outras potências capitalistas em competidores imperialistas. Assim, o único novo imperialismo criado no final do século XX , que não surgiu organicamente, mas foi transplantado, foi Israel.<br /><br />Existe a possibilidade de que uma derrota estratégica para os imperialismos existentes por esses estados híbridos possa ter o efeito de criar o espaço político e econômico para a cristalização de novos estados imperialistas. Os Estados semicoloniais mais desenvolvidos que estão entrando na onda dos BRICS podem muito bem receber os meios de desenvolvimento econômico a ponto de serem capazes de explorar os países semicoloniais menos poderosos e, assim, começar a se comportar como novos imperialismos. Isso parece uma possibilidade, por exemplo, com a Índia e a Indonésia, cujo rápido desenvolvimento econômico não é restringido por nenhum tipo de estado híbrido herdado de uma revolução social anterior.<br /><br /></figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;">E, acima de tudo, está a questão da destruição palpável do clima mundial pelo capitalismo com sua indústria de combustíveis fósseis, um problema que só pode ser resolvido com o fim do lucro como força motriz do desenvolvimento econômico e sua substituição pelo planejamento econômico em a nível global para tornar possível transformar a geração de energia do mundo, para usar meios que não destruam o meio ambiente para a habitação humana. O que está acontecendo atualmente, e não lentamente.</figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><br /></figure><figure class="wp-block-image size-large" style="margin: 0px 0px 1em;"><span style="font-size: x-small;"><img height="426" src="https://www.consistent-democrats.org/wp-content/uploads/2023/06/Dugin.jpg" width="640" />Alexander Dugin<br /></span> <br /><br />Mesmo que os sonhos mais loucos dos teóricos do mundo multipolar sejam realizados, e um novo mecanismo mundial de colaboração voluntária entre pedaços discretos do planeta seja capaz de trazer uma nova racionalidade sustentada para as relações internacionais, isso não resolverá o problema fundamental: a humanidade ainda sofrerá com as contradições do capitalismo. Todas as diferentes 'civilizações' no esquema do 'mundo multipolar' de Alexander Dugin são basicamente construídas sobre alguma forma de capitalismo, independentemente da 'cultura' e, portanto, estão sujeitas a algumas ou todas essas contradições, mesmo abstratamente sem o papel do imperialismo estabelecido estados capitalistas. A ideia de que tal configuração poderia superar a tendência do capitalismo à guerra e à barbárie é, de fato, um reformismo utópico.<br /><br />Este momento contraditório na história do capitalismo nunca teria sido possível sem a revolução socialista dos trabalhadores e camponeses de 1917 na Rússia, e depois a revolução secundária, derivada, mas enorme, dos exércitos camponeses de Mao na China, levando a 1949. Provará ser um momento fugaz, a menos que o problema apontado anteriormente, da dominação do movimento operário, particularmente nos países avançados, pelos social-imperialistas, em guerra com aqueles que estão na perspectiva revolucionária dos bolcheviques, seja resolvido. Para resolvê-lo, uma nova Internacional Comunista deve ser criada, com raízes profundas nos próprios países imperialistas, capaz de resistir à pressão imperialista e prevalecer. Um sucessor das tentativas anteriores da Terceira e Quarta Internacionais que por diversas razões caíram no esquecimento.</figure>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-19742514037999621762023-06-19T06:20:00.002-07:002023-06-19T06:20:31.237-07:00Carta aberta da Liga Marxista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi22e5a324h3eUB7muJ5zMJ1lw7AbPubFMIRvr_idDLW8WM-d-0S-TsF-OMoBbE2RJc0oWMBiO6zfxHm6Ys7xnWdKHLCQ8fbwIXmRoMYA-JIAwNO2QNdqfWwjwmiz8oa7SikRuEt0yjk8igYiwBsRgsyQQdkn-9_CmXiQrP1srY8uNW5wN72KNSV5_tPVm4/s394/LMlogo1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="394" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi22e5a324h3eUB7muJ5zMJ1lw7AbPubFMIRvr_idDLW8WM-d-0S-TsF-OMoBbE2RJc0oWMBiO6zfxHm6Ys7xnWdKHLCQ8fbwIXmRoMYA-JIAwNO2QNdqfWwjwmiz8oa7SikRuEt0yjk8igYiwBsRgsyQQdkn-9_CmXiQrP1srY8uNW5wN72KNSV5_tPVm4/s1600/LMlogo1.jpg" width="640" /></a></div><p><br /></p><p>A Liga Marxista - movimento marxista-leninista erigido por militantes que saíram
da Unidade Popular– UP de Pernambuco - vem tornar pública sua adesão ao
Congresso que se realizará nos dias 01 e 02 de julho de 2023 de maneira remota/online
com a participação da Liga Socialista e da Liga Comunista. Esse Congresso visa unificar
essas três correntes e fundar um novo Partido Comunista no Brasil.</p><p>Em consonância com os encontros anteriormente realizados entre essas Ligas, o
Partido que irá surgir tem algumas características fundamentais que defendemos:</p><p>1. Visa ser uma força política capaz de agregar as esquerdas do Brasil para o
enfrentamento contra o capitalismo e o imperialismo dos EUA.</p><p>2. É preciso, portanto, compreender que o que une a esquerda revolucionária no país
é, antes de tudo, o fato de sermos marxistas. Para além das digressões sobre as
vertentes trotskistas e stalinistas, entendemos que devemos olhar histórica e
dialeticamente para a nossa realidade atual e vislumbrar a necessidade de unir forças
para combater nossos inimigos em comum.</p><p>3. Apoiamos a Rússia na guerra contra o imperialismo dos EUA e da OTAN, bem
como repudiamos o governo nazifascista de Zelensky. Reconhecemos que a Rússia
é capitalista, mas o imperialismo dos EUA iniciou o confronto em busca de
hegemonia internacional sem respeitar acordos prévios e isso é uma violência
contra o povo e a classe trabalhadora russa.</p><p>4. Reconhecemos o papel fundamental, para o Brasil, do BRICS e a possibilidade de
autonomia que ele pode nos conferir.</p><p>5. Compreendemos que as esquerdas, no cenário atual do Brasil, devem apoiar o
governo Lula, mas não sem entender suas limitações e criticar o caráter de
conciliação de classes e o papel que o Centrão, a Extrema Direita e o capital
estrangeiro estão exercendo sobre o Governo de Lula. O PT, a CUT e os partidos e
movimentos sociais de esquerda que apoiam o Governo devem ter em mente a
necessidade premente de convocar o povo às ruas para fortalecer as medidas que o
mesmo exigiu ao retirar o fascista do Bolsonaro do poder: reestatização das
empresas nacionais privatizadas; revogação imediata das reformas trabalhista e
previdenciária; reforma tributária; investimentos maciços na educação, saúde,
moradia e transporte públicos; reforma agrária já; respeito aos povos originários;
combate perene contra o racismo; defesa da luta LGBTQIA+ e retorno do
crescimento econômico e retomada do processo de soberania do Brasil. Além do
povo na rua – ação fundamental – defendemos a imediata retirada do cínico e
bolsonarista Campos Neto do Banco Central: sua política de juros exorbitantes
atravanca o crescimento do país e beneficia apenas os rentistas nacionais e,
especialmente, estrangeiros. </p><p>A Liga Marxista também compreende que o materialismo-histórico-dialético se faz
pensando as questões do tempo presente. Por isso defendemos o pensamento
decolonial que pensa a polissemia das lutas de classes a partir de nosso lugar e as
contradições e conflitos históricos que nos formaram e que devem ser combatidos para
que possamos, realmente, nos tornar uma nação igualitária, soberana e ciente de seu
papel na geopolítica mundial.</p><p>Nenhuma anistia para os golpistas dos atos de 08 de janeiro: que seus direitos
políticos sejam cassados e todos presos.</p><p>A Liga Marxista apoia a luta contra o imperialismo levada a termo por Cuba, bem
como apoia a Palestina, a Síria, a China, a Coreia do Norte e o Vietnã, além de se
solidarizar com o povo do Sudão e de Kosovo.</p><p>Saudamos todas e todos os revolucionários do mundo e seguiremos firmes na
defesa do marxismo-leninismo. Rumo ao Congresso de fusão e de construção do
Partido Comunista.
Assina essa carta a diretoria da Liga Marxista de Pernambuco:</p><p>Almir Monteiro (Servidor Público aposentado)</p><p>José Carlos Marçal ( Professor Doutor de Filosofia da UFRPE)</p><p>Manuel Aires (Sociólogo e membro do Comitê Memória, Verdade e Justiça)</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279475773952593485.post-28660354791953475872023-06-15T18:33:00.011-07:002023-06-21T19:47:45.117-07:00Balanço da participação do Comitê de Ligação na III Conferência Nacional dos Comitês de Lutas<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf3_t0c3a0kz9H6gUshbvim55HZbeNSBvfT61C1wBVJuPEsZJ-ncjsWrDsr2WylA0AempCZ_zzdyShL5oyDHUNYwCfNlTYUjsDnOtG3PzkIRAvsUNMZrZ9ZlLSfTHdJSTZ-4iGtvEG31zAO60Zz4HFgKTfZ-fnX_rXSq468u95RUg7qdVr16Yd21ZC6A/s1158/Pericles3.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="871" data-original-width="1158" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf3_t0c3a0kz9H6gUshbvim55HZbeNSBvfT61C1wBVJuPEsZJ-ncjsWrDsr2WylA0AempCZ_zzdyShL5oyDHUNYwCfNlTYUjsDnOtG3PzkIRAvsUNMZrZ9ZlLSfTHdJSTZ-4iGtvEG31zAO60Zz4HFgKTfZ-fnX_rXSq468u95RUg7qdVr16Yd21ZC6A/s1600/Pericles3.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Intervenção no plenário geral de Péricles, da Liga Socialista e professor, por Minas Gerais</span></td></tr></tbody></table><br /> Nos dias 10 e 11 de junho, cerca de 500 pessoas participaram
da III Conferência Nacional dos Comitês de Lutas organizada pelo PCO. A
atividade foi realizada em São Paulo, na Quadra do Sindicato dos Bancários que
já abrigou tantas plenárias, assembleias, congressos e conferencias da classe
trabalhadora.<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFu3VRyCN3hw3eGREEUoyDhFTBkyWjG56KmA7luqrP0Zv16HE6oweZyn2cSJkDaUjOD3-00PiYaeJmvgHvoYgZS_jpODbnUaMp6LOaRLBKCGhjs3dOGb7ST6_vQx-DS0TnmHxWydWVzJF1EmMl_-u8w37EfUAE2I63EOR-qGFQBNNavO9YwkWVZvvGsg/s1600/WhatsApp%20Image%202023-06-15%20at%2022.18.47.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFu3VRyCN3hw3eGREEUoyDhFTBkyWjG56KmA7luqrP0Zv16HE6oweZyn2cSJkDaUjOD3-00PiYaeJmvgHvoYgZS_jpODbnUaMp6LOaRLBKCGhjs3dOGb7ST6_vQx-DS0TnmHxWydWVzJF1EmMl_-u8w37EfUAE2I63EOR-qGFQBNNavO9YwkWVZvvGsg/w640-h360/WhatsApp%20Image%202023-06-15%20at%2022.18.47.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Intervenção na reunião setorial de negros de Levi, operário da construção civil, pelo Espírito Santo<br /></span></td></tr></tbody></table><p>O número de participantes militantes e lutadores sociais foi
menor que na I e II Conferência. Uma das causas disso foi o boicote político
tácito do PT à atividade. Se a I Conferência foi realizada em pleno processo
eleitoral contra a eleição de Bolsonaro e de luta pela libertação de Lula,
contando inclusive com a presença da presidente nacional do PT, Gleise Hoffman,
e a II, durante o governo Bolsonaro, nessa III Conferência, durante o governo
da frente ampla e do PT, já não interessava mais tanto ao partido governante
animar Comitês de Luta como antes. Os membros do partido esperados e anunciados
não foram, como a própria Hoffman, o deputado estadual petista Eduardo Suplicy
e dirigentes da CUT. Outras figuras de destaque do movimento, também
anunciadas, como Maria Lucia Fattorelli, dirigente da associação Auditoria
Cidadã da Dívida não compareceu.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKxMIcUqvPEojSNHe2LmGiw6KFWl6MLLOGW9VyUJygykbhGq6iKTmDcNvl10Pl8IkA0rdeqgRSdF9t5t8Y4BCHJh9iQnyxdKCv9VEN8jKV0qriv8ZAMndzslCum9vJkKvsWCH5sPdoEs9MGFanZZmP8jX0Yf9QRyAjW7OMcluu-BN9VvpvrgbMhGhk-Q/s1126/WhatsApp%20Image%202023-06-10%20at%2013.32.09.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="588" data-original-width="1126" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKxMIcUqvPEojSNHe2LmGiw6KFWl6MLLOGW9VyUJygykbhGq6iKTmDcNvl10Pl8IkA0rdeqgRSdF9t5t8Y4BCHJh9iQnyxdKCv9VEN8jKV0qriv8ZAMndzslCum9vJkKvsWCH5sPdoEs9MGFanZZmP8jX0Yf9QRyAjW7OMcluu-BN9VvpvrgbMhGhk-Q/w640-h334/WhatsApp%20Image%202023-06-10%20at%2013.32.09.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Intervenção no plenário geral do camarada Luciano, servidor público federal no Ceará</span></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal">O Comitê de Ligação é composto pela Liga Comunista, Liga Socialista
e Liga Marxista. Camaradas do CL estiveram uma participação unificada na III
Conferência Nacional de Luta, reunindo trabalhadores dos correios, professores,
operários da construção civil, servidores públicos federais, aposentados e
militantes do movimento popular, lideranças comunitárias. O Comitê de Ligação
conseguiu reunir uma bancada formada por delegações distintas cidades e de
vários estados, como MG, SP, ES e CE (os camaradas da Liga Marxista, de Pernambuco, não puderam participar dessa Conferência).</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP_QYAftjypa4tg29DdJ5ZRiI1YpL3Nmk0PdZrp2xuWoqzbkGl_b5km-L0lV14B8NP5FumtYrwpwdy2S2vjv_gsheSbMFjSoaigctvYStF9KdQDu6uPTWx-cEVzcjVTD_CJo5pzoPhBNDoxW9yFkcfmjB5TIq-CVsOExHu-VVHw-03PoqbtOXuL6aHsg/s1353/Banca.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="965" data-original-width="1353" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP_QYAftjypa4tg29DdJ5ZRiI1YpL3Nmk0PdZrp2xuWoqzbkGl_b5km-L0lV14B8NP5FumtYrwpwdy2S2vjv_gsheSbMFjSoaigctvYStF9KdQDu6uPTWx-cEVzcjVTD_CJo5pzoPhBNDoxW9yFkcfmjB5TIq-CVsOExHu-VVHw-03PoqbtOXuL6aHsg/w640-h456/Banca.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Banca da LC na Conferência, na foto, os camaradas Hugo, Levi e German (TMB-Argentina)</span></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal">Com intervenções firmes, nossos camaradas apresentaram a
linha política desenvolvida nos últimos seis meses no Comitê de Ligação.
Defendemos o mandato popular dado a Lula contra a extrema direita (bolsonarismo
e cia) e a direita (imperialismo, Centrão, oligarquias, latifúndio), mas com
independência política de classe e com duras críticas às políticas antipopulares
do governo de frente ampla.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirqhu6PrILreq2HU_iV07pkbxiS-XfZN5uCRTPcYMNSW4u1Y0oY65zp4dFmYTGlRsLVj9o8yPJG1Y3KWDdUN-phAcGkksSEtD6vrgEKriAko1kkl9v4n5ltLSEulQU4RS8Qbi24yKaKcWeXXTX83P2IvwMCpu2QrXL7c1nv_McPRhD95HB2c_nRjYPVQ/s1600/Hugo1.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirqhu6PrILreq2HU_iV07pkbxiS-XfZN5uCRTPcYMNSW4u1Y0oY65zp4dFmYTGlRsLVj9o8yPJG1Y3KWDdUN-phAcGkksSEtD6vrgEKriAko1kkl9v4n5ltLSEulQU4RS8Qbi24yKaKcWeXXTX83P2IvwMCpu2QrXL7c1nv_McPRhD95HB2c_nRjYPVQ/w640-h360/Hugo1.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Intervenção na reunião setorial de negros de Hugo, professor, de São Paulo<br /></span></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal">Como nossos militantes observaram em suas falas para a
plenária geral, a política do PT repete os mesmos erros que favoreceram ao
golpe de 2016 contra o governo do PT e não se espelha em experiências como a da
Venezuela, que vem sofrido investidas do imperialismo e da direita, bloqueios
econômicos, invasões externas, tentativas de golpes parlamentares, militares,
lawfares, desde 2.000 e tem sobrevivido a todos esses ataques, desarmando os
golpistas e armando a população.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvFOqRzGeQLMYqAx__kHkTV7tpxcO9URfUYCc8rP6KsHeIprVSPzCGlOmNO4fS1lk8NW64V4uNGynJwdRhUDpVJL6SZEL1ic_n2Fg42gGnt6yT64tae-V_PMu9_sUmMLgCzCSE-3gKgOBcVBaM8Uz5s2-ODDQiJkJXGldzNGOwFR5pN0ZArmPD_Y1sOg/s1600/WhatsApp%20Image%202023-06-10%20at%2013.31.05.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvFOqRzGeQLMYqAx__kHkTV7tpxcO9URfUYCc8rP6KsHeIprVSPzCGlOmNO4fS1lk8NW64V4uNGynJwdRhUDpVJL6SZEL1ic_n2Fg42gGnt6yT64tae-V_PMu9_sUmMLgCzCSE-3gKgOBcVBaM8Uz5s2-ODDQiJkJXGldzNGOwFR5pN0ZArmPD_Y1sOg/w640-h360/WhatsApp%20Image%202023-06-10%20at%2013.31.05.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Intervenção no plenário geral do camarada Érico, LC em São Paulo<br /></span></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal">A continuidade da política econômica golpista e neoliberal
pelo governo da frente ampla, a continuidade da desmobilização dos
trabalhadores, da CUT nos atos de primeiro de maio, desmoraliza a base social
de Lula e fragiliza o governo Lula frente as manobras golpistas da direita e do
imperialismo.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3JZ-TzLpXxsDNorYGdd4Cd-CV7SAAU7SARxEny7JY1_GqlIm7jRbPqjZKrVdf8gsrQnzWh7rZ1XER3y7W41GNVh7GzYPvQYZbOM2RTJSjCbwR-c2855Yd_2IlupMj3vvOKv8REAwgB-Pe1RNCUpfowFDyNj9-KdVZo_ClEQGN83pIG8ukuxdBdNRgvQ/s1600/WhatsApp%20Image%202023-06-10%20at%2013.34.03.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3JZ-TzLpXxsDNorYGdd4Cd-CV7SAAU7SARxEny7JY1_GqlIm7jRbPqjZKrVdf8gsrQnzWh7rZ1XER3y7W41GNVh7GzYPvQYZbOM2RTJSjCbwR-c2855Yd_2IlupMj3vvOKv8REAwgB-Pe1RNCUpfowFDyNj9-KdVZo_ClEQGN83pIG8ukuxdBdNRgvQ/w640-h360/WhatsApp%20Image%202023-06-10%20at%2013.34.03.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Imagem de parte da delegação presente na Conferência</span></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal">Foram as intervenções da delegação do Comitê de Ligação no
debate sobre o "Plano de Ação: propostas organizativas para os Comitês de
Luta" que incluíram no documento final da III Conferência questões
fundamentais da luta de classes e de crítica ao governo da frente ampla, a saber:</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">1.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A defesa
da REVOGAÇÃO das reformas trabalhista, previdenciária, do novo ensino médio, do
arcabouço fiscal. Reestatização da Eletrobrás e de todas as demais empresas
nacionais estratégicas privatizadas desde os governos neoliberais da década de
1990, passando pelos governos do PT (CSN, USIMINAS, VALE, BR Distribuidora,
campos do Pré-sal, etc.);<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">2.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>NENHUMA
ANISTIA contra os golpistas e fascistas que tomaram o poder entre 2016 a 2023,
que fossem expropriados, tivessem seus direitos políticos cassados e fossem
criminalizados e presos pelo que fizeram contra a classe trabalhadora;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">3.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Também
foram os delegados do Comitê de Ligação que reivindicaram incluir a defesa de
países oprimidos como a PALESTINA, A SÍRIA, A CHINA E A CORÉIA DO NORTE (o documento original já mencionava Cuba, Irã, Venezuela e Rússia), ameaçados
ou atacados nesse instante pelo imperialismo e seus agentes, como é o caso da
Palestina e da Síria.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9rexTVBmtYjyQRiqKDJjxPAh2R0fTQ1VMpsWGOo6FYA6-zemKerLVEwvlUnC4kAO9nTGWqieoJNIOraFOcZeggWN710vx112LaXrbqu-_Kit9bD2YB-mDnZ2DzDSwlp-JkQqUqawjZT34IvJHZP9Gb51MKSCX8o-_DAaqVaw3bqNIQPbJnLxirl-LX9S/s1600/WhatsApp%20Image%202023-06-21%20at%2017.07.05.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9rexTVBmtYjyQRiqKDJjxPAh2R0fTQ1VMpsWGOo6FYA6-zemKerLVEwvlUnC4kAO9nTGWqieoJNIOraFOcZeggWN710vx112LaXrbqu-_Kit9bD2YB-mDnZ2DzDSwlp-JkQqUqawjZT34IvJHZP9Gb51MKSCX8o-_DAaqVaw3bqNIQPbJnLxirl-LX9S/w360-h640/WhatsApp%20Image%202023-06-21%20at%2017.07.05.jpeg" width="360" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Uma plenária do CL na Conferência</span></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal">A certeza é a justeza de nossa política ficou confirmada
pela concordância na plenária e nos trabalhos de grupos. Não tivemos um só
argumento contrário às nossas intervenções.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Agora, voltamos às nossas cidades com a tarefa de levar o
debate político para nossas bases e organizações sindicais e populares.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Documento do Comitê de Ligação distribuído na III Conferência:</p><p class="MsoNormal"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none"><b><span style="font-size: medium;">Camaradas da III Conferência Nacional dos Comitês de Lutas,</span></b></span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">A eleição de Lula foi uma grande vitória da classe trabalhadora sobre o fascista Bolsonaro, apesar da ampla aliança construída por Lula e seu partido. Apesar de termos derrotado Bolsonaro nas eleições, o fascismo continua vivo no país a espera da frustração das expectativas do povo com Lula. Através do Centrão, do BC, do judiciário e da mídia corporativa o golpismo burguês e o imperialismo seguem à espreita, fortalecendo-se com a política neoliberal, de ajuste econômico, arrocho salarial e de conciliação do governo.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Nós, organizados em um Comitê de Ligação para construir um novo partido comunista e revolucionário no país, alertamos para a necessidade de mobilização da classe trabalhadora para combater a direita e a extrema-direita que se juntam a todo momento para chantagear e para derrotar o governo.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Somente a mobilização da classe trabalhadora pode garantir o mandato de Lula. Essa mobilização deve partir principalmente da CUT e do PT, que são ferramentas de luta construídas pela classe trabalhadora para enfrentar o capital.</span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none white-space-prewrap"> </span></p><p class="MsoNormal"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none"></span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Precisamos colocar as reivindicações imediatas na ordem do dia. Somente com uma pauta definida e que atenda as necessidades dos trabalhadores conseguiremos uma grande mobilização para defender o governo e ao mesmo tempo cobrar dele políticas que nos contemple.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Temos que debater e colocar em pauta a revogação das reformas da previdência e trabalhista; a reestatização da Eletrobras e da Petrobras; o fim das privatizações inclusive de portos e aeroportos; e um salário mínimo que dê dignidade ao trabalhador. Só assim, conseguiremos uma ampla mobilização da classe trabalhadora que garantirá o sucesso do governo Lula como um governo de esquerda.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">Finalmente, gostaríamos de abrir uma discussão sobre a guerra na Ucrânia. Os países que sofrem bloqueio e sanções do imperialismo, como Cuba, Venezuela, Irã, China e Rússia são nossos aliados nessa luta.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none">A Rússia vem sendo ameaçada desde os acordos de Minsk, que nunca foram respeitados pelo imperialismo estadunidense e europeu. O imperialismo vem cercando a Rússia através dos países vizinhos com o claro objetivo de isolá-la, impedindo assim seu crescimento. Por isso, o ataque da Rússia à Ucrânia é na verdade uma atitude defensiva no sentido de tentar impedir que esse isolamento seja concluído. Por isso, o Comitê de Ligação apóiam a Rússia nessa guerra contra a OTAN.</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 16.0003px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 24px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-style: italic; font-weight: 700;">Com Lula, contra o fascismo e o golpismo!</span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none white-space-prewrap" style="font-style: italic; font-weight: 700;"> </span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 16.0003px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 24px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-style: italic; font-weight: 700;">Com a Rússia, contra o imperialismo!</span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 14.667px; --line-height: 1.52; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 22px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none"></span></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 16.0003px; --line-height: 1.5; font-family: "YAFcf7zkXN0 0", _fb_, auto; line-height: 24px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-style: italic; font-weight: 700;">Construir o partido revolucionário para derrotar o capital e construir o governo dos trabalhadores e o socialismo</span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none white-space-prewrap" style="font-style: italic; font-weight: 700;"></span></p><p class="MsoNormal"><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0